A presidente Dilma Rousseff usou ontem a reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o "Conselhão", para rebater críticas da oposição, da imprensa e de economistas, antecipando estratégia para a campanha eleitoral de 2014. Para uma plateia de ministros, empresários e representantes sindicais, Dilma discursou reafirmando o que tem chamado de "pilares da estabilidade" econômica e defendendo suas políticas.
Em resposta a oposicionistas, em especial ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, disse que antes de o PT chegar ao poder "não existia" cadastro único de programas sociais. Na semana passada, ela disse não ter herdado "nada" do antecessor tucano, ao que ele respondeu dizendo que ela "usurpou" seus projetos e que ela era "ingrata".
Criado em 2001 pelo ex-presidente tucano, o cadastro foi ampliado repetidas vezes durante os últimos dez anos de gestão petista. É por meio dele que o governo decide quais serão os beneficiados por programas sociais como o Bolsa Família e o Brasil sem Miséria. Ambos foram bandeira de Dilma em 2010 e devem novamente ser o carro-chefe da campanha no ano que vem.
Na semana passada, a presidente anunciou que o governo vai zerar a extrema pobreza no Brasil ao assegurar a todos os cadastrados renda mensal acima de R$ 70. "Nós tivemos, óbvio, de fazer toda uma engenharia, uma tecnologia social. Criamos um cadastro, porque não existia cadastro. É conversa que tinha cadastro. Nós levamos um tempão para fazer. E para limpar o cadastro, e para ver se não tinha gente em duplicidade? E até hoje fazemos isso", disse Dilma.
A troca de farpas entre petistas e tucanos começou na semana passada, quando Dilma foi lançada à reeleição por Lula na festa do PT para comemorar os 10 anos do partido no poder federal.
(Folha de São Paulo)
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