sábado, 30 de março de 2013

VINDE À LUZ!



O livro mais vendido do mundo e que narra a história da humanidade desde os primórdios da civilização, a Bíblia Sagrada, conta que o Senhor falou a Moisés dizendo: 

«Vai, desce, porque o teu povo, aquele que tiraste do Egito, está pervertido
 

Relendo as escrituras, verificamos que Deus escolheu um povo a quem confiar as Suas promessas.
A história da salvação de antemão anunciada, narrada e explicada pelos autores reconhecidos como profetas, encontra-se nos livros do Antigo Testamento. E os que creem aceitam esses testemunhos como a inspiração da verdadeira palavra de Deus, o que faz com que esses livros conservem um valor perene, por mais que, ao longo dos séculos, forças que veem nos dogmas religiosos obstáculos às suas "Novas Ordens" de controle da sociedade tentem, insistentemente, desmoralizar seus seguidores para substituir a crença na Palavra pela obediência às suas determinações.

O Senhor alertou: "E o povo será oprimido; um será contra o outro, e cada um contra o seu próximo; o menino se atreverá contra o ancião, e o vil contra o nobre."
Isaías 3:5


Os opressores do meu povo são crianças, e mulheres dominam sobre ele; ah, povo meu! Os que te guiam te enganam, e destroem o caminho das tuas veredas.
Isaías 3:12


Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem das trevas luz, e da luz trevas; e fazem do amargo doce, e do doce amargo!
Isaías 5:20

É perceptível a dor de um Pai diante da maldade de seus filhos. Nem por isso desiste ou abandona, simplesmente aponta caminhos e convoca alguns de seus filhos para que nos conduza nessa jornada. Vai quem quer, cada qual no seu tempo, mas ninguém pode alegar ignorância porque o anúncio antecede à Sua vinda. Está tudo lá, no Velho Testamento.

Tais livros, apesar de conterem imperfeições, revelam a sabedoria humana desde o início de tudo, o que caracteriza a existência de uma orientação pedagógica desde que surgiu a primeira forma de vida racional. Não há, portanto, como negar que há um Criador que nos transmite, de alguma maneira, os princípios necessários à boa convivência, os mesmos que os intolerantes a essa ideia tentam subverter. Não me refiro aos ateus ou aos seguidores de religiões não cristãs, mas aos que não respeitam, pior, atacam e tentam aniquilar qualquer forma de ligação do homem com o divino.

Insisto na observação de que tanto a leitura quanto a interpretação da história devem sempre considerar as circunstâncias culturais e a época em que ocorreram os fatos. Servem, sobretudo, como lição para que momentos obscuros não se repitam.

Mas a força da fé resiste e os devotos perseveram. Por isso, os fieis recebem tais ensinamentos como admiráveis tesouros, nos quais confiam e buscam praticar no seu dia-a-dia, como também no caminho para a salvação.

Assim fala o Senhor, ainda na leitura de Isaías: «Eu respondi-te no tempo da graça, e socorri-te no dia da salvação. Defendi-te e designei-te como aliança do povo, para restaurares o país e repartires as heranças devastadas, para dizeres aos prisioneiros: ‘Saí da prisão!’ E aos que estão nas trevas:‘Vinde à luz!’ Ao longo dos caminhos encontrarão que comer, e em todas as dunas arranjarão alimento...»

A pregação do Novo Testamento manifesta a plena significação à nova Aliança que, para os cristãos, está alicerçada no sangue de Cristo.
Os Evangelhos iluminam e explicam Seus passos entre nós, os quais vivenciamos nas cerimônias religiosas e, no dia da Ressurreição, enfim exultamos de alegria.

"FELIZ PÁSCOA!"

O BEIJO QUE INCLUI E O QUE VALE COMO UM TAPA

Sobre beijos e tapas

Por Reinaldo Azevedo

A semana termina sob o signo do beijo. Falemos, então, de beijos. E também de tapas. 
Vejam esta imagem.


Acima, o então cardeal de Buenos Aires, Jorge Bergoglio, beija os pés de pacientes de AIDS internados numa instituição da capital argentina na Missa de Lava-Pés de 2001. Ele preferia realizar o ritual da Quinta-Feira Santa fora das igrejas. Avancemos 12 anos.

 

Vocês veem aí o agora papa Francisco, em Roma, numa instituição que abriga adolescentes infratores. Ele lavou, secou e beijou os pés de 12 jovens. Repete o gesto de Jesus com os apóstolos na Última Ceia. É a primeira vez que um papa celebra a Missa de Lava-Pés fora da Basílica de São Pedro ou de São João de Latrão. Havia duas moças entre os 12 jovens, uma delas muçulmana, a exemplo de outro detento. Mulheres e muçulmanos jamais haviam participado dessa cerimônia. 

Falemos de outros beijos.


Essa foto vocês já conhecem. Durante uma solenidade de premiação de teatro, na segunda passada, as atrizes Fernanda Montenegro e Camila Amado trocaram um beijo na boca. Foi uma tentativa de acertar um tapa no deputado Marco Feliciano (PSC-SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara. A Quinta-Feira Santa no Brasil também teve o seu beijo polêmico, que rompeu limites, como se vê abaixo.

A TV Globo fez uma megaevento para anunciar a programação de 2013. No palco, vestidas de noiva, as atrizes Fernanda Torres e Andréa Beltrão beijaram-se na boca. O evento foi gravado. A cena foi ao ar. Os presentes aplaudiram entusiasmados. O recado estava dado. Era para Feliciano. Fernandinha é filha da Fernandona.

Retomo
Quando o cardeal Bergoglio se ajoelhava diante de pacientes de AIDS e quando o agora papa repete o gesto diante de presidiários, vemos a Igreja Católica a reconhecer a plena humanidade dos que mais sofrem e dos que foram excluídos, ainda que, no caso desse segundo grupo, na origem do mal que os aflige, existam escolhas erradas, crimes e pecados.  

Francisco nos fala, no entanto, de um Deus que perdoa — havendo a disposição de não errar mais —, ainda que os infratores devam acertar suas contas com as leis dos homens.

A Igreja abraça, nunca rechaça; convida ao perdão e ao arrependimento em vez de condenar; acolhe em vez de excluir. Mas isso não ignifica que ela renuncie a seus fundamentos. 

É compreensível que, na era do pragmatismo tosco, uma religião que repudie o pecado (para ficar no vocabulário religioso), mas acolha o pecador cause certo estranhamento. Quando Francisco lava os pés dos presidiários, não está condescendendo com seus crimes. Tampouco está dizendo que as leis que os encarceraram são injustas. Ele os está abrigando na condição de filhos de Deus; ele está reconhecendo que nem o crime lhes tirou a humanidade.

Então isso tudo nos será assim tão estranho? Acho que não! Os que somos pais sabemos que a difícil tarefa de educar consiste em abraçar os filhos, mas não os seus erros. O exercício do amor incondicional — e não vejo como se possa ser pai e mãe de outro modo — repudia o erro, mas acolhe os errados.

“Ah, mas essa Igreja que se ajoelha é puro exercício de hipocrisia…” Será mesmo? Os governos das nações mais ricas da Terra, os potentados empresariais, as organizações não governamentais as mais poderosas, nem todos esses entes reunidos conseguem fazer o trabalho social que faz a Igreja Católica mundo afora. Se ela fosse apenas uma entidade benemerente, já seria uma expressão formidável do humanismo. 

Ocorre que ela convida também a uma ética que transcende a sua própria obra social. E é aí que começam os questionamentos. “Mas por que não concorda com tal coisa? Por que censura aquela outra?”. Porque tem valores derivados daquela que considera ser a verdade revelada. E não vai mudar.

É uma farsa, por exemplo, essa história de que a Igreja rejeite os gays. Ela convive com a realidade de fato. Mas não vejo como — e não há quem veja — ela possa igualar os casamentos hétero e homossexual porque isso fere o seu entendimento essencial de como deva se formar uma família. Não vai acontecer. O norte da instituição continuará a ser o de sempre. Mas não se tem notícia de que homossexuais foram expulsos de instituições católicas ou moralmente agredidos em suas dependências.

O papa que beija os enfermos, os transgressores, os que estão à margem atualiza a mensagem do Cristo. 

É um beijo a favor dos homens, mesmo daqueles que não comungam de sua crença — a exemplo dos dois muçulmanos convidados a participar da cerimônia.

Agora as atrizes
Alguns gostariam, para que pudessem ver confirmados seus próprios preconceitos, que eu saísse aqui a condenar as mulheres que andaram trocando beijos públicos para protestar contra o deputado Marco Feliciano. “Ah, olhem lá, o Reinaldo, aquele reacionário…” Mas eu não condeno, não! Se o Brasil inteiro sair se beijando — desde que a Comissão de Direitos Humanos e Minorias possa fazer seu trabalho sem ser atacada por um tropa de choque —, está bom para mim. Mas também não quer dizer que eu aprove. 

Eu quero é ver respeitadas as instâncias da democracia e do estado de direito. Eu torço é para que a imprensa brasileira pare de tratar desordeiros como humanistas exemplares. E que se note: não são desordeiros porque defendam casamento gay ou sei lá o quê, mas porque impõem a sua vontade ao arrepio dos fundamentos democraticamente pactuados.
(...)
 
O que estou dizendo, meus caros, é que os tais “beijos contra” , atenção para isto!, como parte dos esforços para retirar Feliciano da comissão, revelam, então, uma à primeira vista insuspeitada dimensão de intolerância — que vem a ser o exato oposto daquilo que proclamam.
(...)

Há o beijo que inclui e aquele que pretende valer por um tapa. 
Um leva ao esclarecimento; o outro, ao obscurantismo influente.

Vale ler na ÍNTEGRA.

O PASTOR E A MILITÂNCIA

Ruy Fabiano

Devo ser um dos poucos que, neste momento, não se alia aos que se arvoram em justiceiros do deputado Marcos Feliciano. Não se trata de estar de acordo com suas ideias.

Não estou, nem professo seu credo religioso, nem subscrevo seus métodos de cobrança do dízimo. Não pelo dízimo em si, instituído há milênios por Abraão e confirmado por Moisés para a manutenção dos serviços religiosos, que, como se sabe, têm um custo, a ser compartilhado pelos que os utilizam.

Na origem, o dízimo correspondia à décima parte dos ganhos dos fiéis. Nos termos e nas proporções em que hoje é cobrado por alguns segmentos religiosos – como o do próprio Feliciano -, equivale a uma verdadeira extorsão.

Ele, porém, não é o único a fazê-lo, nem o faz às ocultas, nem estreou agora. Se até aqui os guardiões da lei nada fizeram contra essa prática (o que é espantoso), é natural que prospere. Quantos Felicianos há por aí enriquecendo às custas dos pobres?

Entretanto, o que se vê, sobretudo no período eleitoral, é uma exaltação, por parte de candidatos e partidos, a esses personagens. O populismo político se abraça ao populismo religioso e o resultado é um desserviço – moral, econômico e espiritual – à coletividade. Desmoralizam-se os agentes políticos e religiosos, num congraçamento altamente profano e danoso.


A candidata Dilma Rousseff bateu às portas de Marcos Feliciano (e de pastores assemelhados), em 2010, para pedir-lhe apoio – a ele e a seu rebanho extorquido. E ele não hesitou em atendê-la, postando um vídeo na internet.

Como não tem o hábito de agir de graça, nem mesmo em seu ofício religioso, deduz-se que alguma contrapartida lhe foi acenada. Ei-lo, portanto, à frente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, no cumprimento de um acordo. E eis o PT e seus aliados, beneficiários de seu apoio nas eleições, indignados com o pagamento da promissória eleitoral que eles mesmos firmaram.

Mobilizam aparato ainda maior que o que recebeu a blogueira cubana Yoani Sánchez, dando ao pastor-deputado uma projeção que jamais teria em circunstâncias normais.

Considerando-se que o barulho em curso é desproporcional ao número de adeptos de cada parte – os evangélicos são bem mais numerosos que o cortejo militante em ação -, é provável que o deputado se reeleja ano que vem com um número bem mais expressivo de votos que os que obteve em 2010.

Feliciano está sendo acusado de racista e homofóbico. Nenhuma dessas acusações, no entanto, se sustenta. Disse, é verdade, palavras descabidas quanto ao negro, derivadas, no entanto, de uma interpretação tosca da Bíblia.

Ignorância, e não racismo, já que ele próprio descende de negros e já explicou isso dezenas de vezes, num mea culpa público. Homofóbico muito menos, pois não incitou à prática de violência ou exclusão social.

O que fez foi condenar uma prática que está na doutrina que professa, inscrita há séculos num livro – a Bíblia, no Velho e Novo Testamentos –, à venda em toda a parte e em todos os idiomas.

Considerar homofobia a condenação, do ponto de vista espiritual, de uma prática – que, diga-se, é moralmente condenada pelas três maiores religiões monoteístas do planeta, judaísmo, cristianismo e islamismo -, configura ignorância ou má fé. Ou ambas.

Se assim é, a lei brasileira, por coerência, precisa retirar de circulação não apenas a Bíblia, mas também o Alcorão. E proibir a prática dos respectivos cultos. Mais ainda: proibir a visita do Papa Francisco ao Brasil, já que, nesse aspecto – a condenação moral à prática do homossexualismo -, subscreve Feliciano.

O incontestável desvio moral e legal de Feliciano é o que menos é mencionado: sua prática extorsiva, que, acima de tudo, viola o preceito religioso do dízimo e a lei da economia popular.

Isso, porém, parece secundário. Tanto assim que a presença de dois condenados pelo Mensalão na Comissão de Constituição e Justiça da mesma Câmara – João Paulo Cunha (presidente!) e José Genoíno, ambos do PT –, não parece sensibilizar a militância, nem provocar improvisos cênicos irônicos por parte de atrizes consagradas.

Quantos dízimos extorsivos há no mensalão?

Pois é. E aí, o que é mais escandaloso: os mensaleiros, condenados pela Justiça, na Comissão... de Justiça, ou Feliciano onde está?

A lei oferece caminhos para impugnar Feliciano: o Judiciário, instituição que funda o que chamamos de civilização.

Os militantes-justiceiros, milícias do pensamento, preferem o grito, a coação física, os slogans, expedientes estranhos à democracia e, no entanto, familiares ao totalitarismo.

Leia em O pastor e a militância

GOLPISTAS DE ARAQUE


Nelson Motta, O Globo

Zé Dirceu e Rui Falcão não devem ter notado, mas a mesma pesquisa do Ibope que deu 76% de aprovação à presidente Dilma revelou que 38% dos entrevistados acham o noticiário da mídia favorável ao governo, 34% consideram neutro, e só 11% avaliam como negativo. 

Que imprensa golpista de araque é essa que trata tão bem o governo petista? E ainda precisa ser controlada?

Mais de 500 emissoras de televisão, 11 mil rádios, 5 mil revistas e centenas de jornais, sem contar os incontáveis sites e blogs, inúmeros mantidos por verbas oficiais, são a prova viva da liberdade e pluralidade de opinião no Brasil.

Qualquer proposta de real democratização da mídia começa pela proibição de que políticos controlem meios de comunicação. E para isto nem é preciso uma nova lei, basta aplicar com rigor a que está em vigor, e juízes que obriguem Sarney, Renan, Collor, Jader Barbalho e todos os políticos — e seus parentes e laranjas — que têm rádios, jornais e televisões, a cumpri-la.

Na Venezuela, a Globovision, ultima rede de televisão que ainda fazia a possível oposição a Chávez, jogou a toalha e foi vendida a um empresário chavista. Na Argentina, os empresários kirchneristas já dominam a maior parte dos meios de comunicação. E tanto a mídia governista platina como a bolivariana faturam a parte do leão das verbas oficiais de publicidade, que crescem a cada ano. 

É esse “controle social” que eles sonham para o Brasil.


Mas mesmo se um dia essa sonhada “Lei Dirceu” for discutida, já será tarde demais: a internet será acessível a todos e incontrolável, dando à liberdade de informação e opinião um poder que tornará qualquer tentativa de controlar jornais, revistas e televisões tão defasada quanto inútil.

Não há conflito de opinião, calúnia ou difamação, em qualquer mídia, que não possa ser resolvido na Justiça, onde cada um responde pelo que diz e faz. Já são muitos, serão cada vez mais, os mentirosos e difamadores que pagam pesadas indenizações e são obrigados a humilhantes retratações públicas.
Mas nenhuma Lei de Meios teria evitado a denúncia, a cobertura, o julgamento e a condenação do mensalão.

DILMA NEGA SEU AMOR E SEU CARINHO. SERÁ QUE O CORAÇÃO DO NORDESTINO AINDA É SEU?

O gado morre de fome no nordeste!

"O gado morre de fome no Nordeste porque o governo é incompetente para levar o milho até ele. É revoltante! Agora anuncia a liberação de apenas R$ 500 mil à CONAB para compra do produto. Só no nababesco passeio a Roma, Dilma e seus coadjuvantes gastaram mais que isso."

Senador Álvaro Dias

Seca no Nordeste afeta 10 milhões de pessoas
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A baixa temperatura dos oceanos Pacífico e Atlântico é a causa da falta de chuva na região

Foto: Marcos Michael/JC Imagem


Seis estados do Nordeste brasileiro ainda sofrem com a seca, que afeta 10 milhões de pessoas. Na Bahia, em Alagoas, Sergipe, Pernambuco, na Paraíba e no Rio Grande do Norte chove apenas em pontos isolados, o que não resolve a situação, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A baixa temperatura dos oceanos Pacífico e Atlântico é a causa da falta de chuva na região.

No Recife, mesmo com a chuva na noite de domingo (3) o racionamento nas áreas planas começou na sexta-feira (1°) e 82 bairros da região metropolitana são afetados. De acordo com a Secretaria de Recursos Hídricos e Energéticos de Pernambuco, a medida foi adotada porque uma das barragens opera com apenas 19% da capacidade.

O sistema prevê que as áreas planas do Recife terão 20 horas com água e 28 horas sem. Nas áreas de morro, o racionamento já era a medida utilizada como prevenção. O rodízio foi adotado levando em consideração a situação dos principais reservatórios de água que abastecem a região, já que no mês de fevereiro choveu apenas 30% do esperado.

O índice de chuva abaixo da média nesses estados é 75%. O restante corresponde à quantidade igual ou acima da média. De acordo com o Inmet, não há previsão de chuva para os próximos cinco dias em Alagoas, Sergipe e na Bahia, que estão com o maior número de municípios ainda em situação de emergência.

No sul dos estados do Maranhão e do Piauí a chuva tem sido constante desde outubro. No Maranhão choveu 190 milímetros (mm) dos 230 mm esperados para todo o mês de fevereiro. Em Teresina, choveu mais que o esperado, 200 mm. Para o Inmet, esses dados indicam que “a situação nesses estados está se normalizando”. No litoral entre Natal e o Recife também chove, mas ainda é muito pouco para abastecer a população.

Fonte: Agência Brasil

O BICHO DA INFLAÇÃO

Míriam Leitão

A inflação está alta, o governo passa mensagens ambíguas sobre que prioridade tem o combate à inflação na política econômica; há dúvidas sobre a autonomia do Banco Central, e parte da alta de preços tem sido camuflada ou adiada. Mesmo assim, a taxa vai estourar o teto da meta no trimestre que começa semana que vem. E é esta a maior ameaça ao crescimento.

A presidente pode ficar brava com a maneira como a sua frase foi noticiada, mas o que ela disse foi exatamente isso: “eu não concordo com políticas de combate à inflação que olhem a questão da redução do crescimento econômico”. Essa era o final de uma declaração que ela havia começado dizendo que era o ministro da Fazenda quem falava sobre a inflação e que terminou criticando “o remédio que mata o paciente”.

Três erros. Primeiro: o Banco Central é o responsável pelo cumprimento das metas de inflação, e o ministro da Fazenda deve cuidar da política fiscal, suporte indispensável de qualquer estabilidade. Segundo: é exato o oposto do que a presidente disse. O que deveria causar a ela incredulidade é a possibilidade de manter o crescimento num ambiente de alta de inflação. E terceiro, em inflação não usar remédio é que ameaça o paciente.


Por sua natureza, a inflação, quando sobe, consome renda e capacidade de consumo, desorganiza a economia, aumenta a incerteza e isso leva à retração dos investimentos. Uma inflação baixa e previsível é o melhor ambiente para a construção de um projeto de crescimento.

Leia mais em O bicho inflação

O EXERCÍCIO DA INTOLERÂNCIA NA DEMOCRACIA

O Globo (Editorial)

Há dias no centro de acirrado conflito político-ideológico na Comissão dos Direitos Humanos da Câmara, o deputado Marco Feliciano (PSC-SP), diante de mais uma manifestação de grupos organizados contra sua eleição para presidente da comissão, mandou prender um dos manifestantes.

Mais um motivo para aumentar a pressão de representantes das chamadas minorias contra o deputado, conhecido por defender posições conservadoras e, em alguns casos, condenáveis, como é a homofobia. Feliciano, no entanto, agiu de maneira correta.


A manifestação ultrapassou limites não só da urbanidade, mas da própria lei. Tentativas de agressão e de invasão do ambiente privado do escritório do deputado precisavam, mesmo, ser reprimidas com os instrumentos de que dispõe o Estado para garantir a segurança pública e de qualquer pessoa.

Nas últimas semanas, observa-se uma perigosa tendência de militantes, das mais diversas causas, de ultrapassar limites, com o uso da violência em atos públicos. Espera-se que as autoridades, de todas as instâncias administrativas, estejam atentas e passem a agir para desestimular esta escalada de agressividade.

A pressão até física contra a blogueira cubana Yoani Sanchez, em visita ao Brasil, foi demonstração clara da intolerância de grupelhos radicais de organizações de esquerda. A escritora teve de ser protegida por seguranças.

Outro avanço de sinal ocorreu na inauguração do Museu de Arte do Rio (MAR), quando Merval Pereira, colunista do GLOBO, quase foi agredido por uma dessas turbas, e teve o carro atacado, numa reedição tropical da ação de bandos nazifascistas contra judeus, comunistas, ciganos etc. nos tempos de Hitler e Mussolini.

Leia mais em O exercício da intolerância na democracia

sexta-feira, 29 de março de 2013

A NECESSÁRIA PASSAGEM PARA O FUTURO

 

História é paixão, também razão. São portas e janelas abertas que nos permitem enxergar os caminhos por onde passaram acontecimentos de todo tipo, sempre considerando as circunstâncias culturais e a época em que ocorreram tais fatos. Servem, sobretudo, como lição para que os momentos obscuros não se repitam.

A ironia é que os mesmos que convocam seus fantasmas para que assombrem eternamente o país inteiro, são os que passam a borracha no que jamais deveria ser esquecido.

FHC resolveu, enfim, defender sua obra num dos encontros com o partido  - "Olha, eles estavam errados, nós sabemos fazer". O fato é que fazem errado porque não acreditam no que estão fazendo. Nós acreditamos, deixe que a gente faça! Quando cobram dizendo que o PSDB está sem projeto, não está sem projeto, é que eles tomaram o nosso e fizeram mal feito. O PSDB tem que apresentar ao País um novo projeto." 

E agora as famílias estão endividadas. O PSDB tem que dizer: "Você que está endividado, eu vou resolver esse problema".

E resolve, mesmo. Difícil é ganhar a eleição contra todas as forças que defendem o petismo.

Lembrando a confissão de Dilma de que "faz o diabo" para vencer eleições, digamos que não há nada mais demoníaco do que a idolatria a certos "messias" que prometem trazer o céu à terra. Isso é o mesmo que ignorar certos fatos que ocorreram ao longo da história, quando figuras como Lenin, Stálin e Hitler pensaram ser possível essa "utopia", ou ao menos simularam essa intenção para resultar no que os bem informados sabem muito bem no que deu.

Não que eu defenda que todos fiquem de braços cruzados, aceitando resultados pífios e temendo mudanças. "Deus que te criou sem pedir a tua ajuda, nada fará sem a tua colaboração", ensinava Santo Agostinho.

Não é o caso de Fernando Henrique, que realmente COLABOROU para o bem do Brasil, segundo os critérios de Agostinho. Deixou um legado que ainda produz bons frutos e, acima de tudo, comprometeu-se com a promoção do ser humano, com programas sociais e econômicos que ofereceram condições para melhorar a vida de todos os brasileiros.

O problema é quando alguém só fica na promessa, ilude com discurso e propaganda, engana por mais de uma década sem fazer absolutamente nada e, mesmo assim, consegue se apresentar perante o povo como o "salvador do mundo".

Voltando ao tema das enchentes e da série "PT esquece, mas nós lembramos", nada mais justo que recordar as ações que já salvaram muitas vidas.

Enquanto o PT e seus aliados enrolam, governantes como José Serra realizaram grandes obras que, inexplicavelmente, não têm o reconhecimento merecido.

As chuvas castigam, todos os anos, moradores de diversas regiões do país. Segundo cadastro concluído em 2007 do programa de recuperação sócio-ambiental do Parque Estadual da Serra do Mar, em Cubatão havia 7.694 moradias, muitas delas em área de risco.

AQUI, matéria de um importante jornal da Baixada Santista que descreve o processo de remoção de famílias de áreas de risco durante o governo José Serra, prováveis vítimas de tragédias se não tivéssemos um governo estadual atuante e determinado a salvar a vida dessas pessoas.

A obra de Serra tem reconhecimento mundial, mas não tem no Brasil. Como explicar isso?

Nações Unidas reconhecem construção da CDHU no Estado como exemplo de prática sustentável que pode ser replicada em outros países

 
Conjunto habitacional, em Cubatão, foi considerado referência em habitação popular sustentável pela ONU.

 
O programa habitacional desenvolvido por José Serra engloba outras políticas públicas voltadas à melhoria da qualidade de vida da população, como o Programa de Regularização Fundiária "Cidade Legal", criado em agosto de 2007, que regularizou, até novembro de 2010, 391 núcleos habitacionais, beneficiando mais de 71.550 famílias - 415 municípios foram conveniados ao programa, com cerca de 11,3 mil núcleos cadastrados, podendo beneficiar cerca de 2,2 milhões de famílias, com uma população estimada de 9.3 milhões de pessoas.

Há casos especiais, como a produção de moradias adequadas ao perfil sociocultural das comunidades indígenas e quilombolas, como também a produção, ou mutirões, em lotes rurais.

A partir de 2009, o governo de São Paulo passou a oferecer, também, atendimento aos idosos com baixa renda. Trata-se do Programa "Vila Dignidade".
Mais informações AQUI

O Brasil disse não a tudo isso, fez a opção pelo oba-oba dos palanques. Como a lei do retorno funciona, o eleitor votou no vermelho, porém, depois de dez anos de desgoverno e de gastança irresponsável, o país está à deriva, sem serviços de qualidade, sem teto e no vermelho.
As famílias estão abandonadas e quase todas endividadas, portanto, também estão no vermelho e só tem um jeito de resolver isso, é tirar o Brasil dos vermelhos.

FESTA DA DEMOCRACIA (Salve a Imprensa Livre que mostra o que o jornalismo chapa-branca, a serviço não só do governo, mas do PT, tenta esconder!)

Merval Pereira, O Globo

Foi uma noite em que a Justiça brasileira foi homenageada: o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, recebeu o prêmio Personalidade do Ano, e o ex-presidente do STF Carlos Ayres Britto, o de Destaque do País. Ambos têm em comum o fato de terem presidido o julgamento do mensalão, um marco na História política do país.

Aplaudidos de pé pela plateia, destacaram a relação da sociedade com o Supremo e atribuíram essa aproximação à imprensa, que, segundo Barbosa, cumpre papel relevante na democracia brasileira.

Para ele, “há uma sinergia grande, importante e relevantíssima entre nós do Poder Judiciário e a sociedade”, graças ao trabalho da imprensa que ajuda a opinião pública a entender um setor da vida estatal “tão difícil de compreender, às vezes impenetrável, que é essa missa institucional de fazer justiça”.

Ele classificou de “evolução” essa capacidade de a sociedade acompanhar e até mesmo influir no Poder Judiciário, e atribuiu ao trabalho “cada vez mais ativo” da imprensa essa situação.

O ministro Ayres Britto disse que o fato de ele e Joaquim Barbosa terem conquistado um prêmio com o nome tão sugestivo como o Faz Diferença mostra que a sociedade está conhecendo mais o STF, que vem entendendo com mais clareza o seu papel de instituição “concretizadora da lei maior do país, que é a Constituição”.


A importância da imprensa no fortalecimento da democracia brasileira foi a tônica dos discursos dos dois homenageados. Barbosa fez a defesa do papel fiscalizador da imprensa, afirmando que a vida pública deve ser e tem que ser “escrutinizada, vigiada pela imprensa. Não consigo ver a vida do Estado e de seus agentes e personagens sem a vigilância da imprensa”.

Os dois têm visões coincidentes sobre a liberdade de imprensa. Para Joaquim Barbosa, “a transparência e abertura total e absoluta devem ser a regra” e não pode haver mistério em relação ao exercício das funções públicas, que devem ser acompanhadas pela imprensa.

O ministro Ayres Britto, que foi o relator do julgamento que deu fim no Supremo Tribunal Federal à Lei de Imprensa promulgada durante a ditadura militar — que ele considera ter sido a decisão mais importante da qual participou, por ter permitido a plenitude da liberdade de imprensa no país, inviabilizando qualquer tipo de censura —, diz que a liberdade deve ser total:

“Quem quer que seja pode dizer o que quer que seja. Responde pelos excessos que cometer, mas não pode ser podado por antecipação.” Na ocasião, ele disse que “as relações de imprensa são da mais elevada estatura constitucional pelo seu umbilical vínculo com a democracia”. Para Ayres Britto, “cortar esse cordão umbilical entre a democracia e a liberdade de imprensa é matar as duas”.

Leia mais em Festa da democracia

GOVERNO DO PT E A DITADURA POPULISTA - O RETORNO

O envolvimento do governo americano no golpe contra Jango, prestes a completar 49 anos, é o pano de fundo do documentário O Dia que Durou 21 Anos, de Camilo Tavares, que estreia hoje em sete capitais do País. Seu protagonista é Lincoln Gordon, um economista de Harvard que serviu no Brasil como embaixador entre 1961 e 1966 e cujo maior temor, pelos áudios e documentos exibidos no filme, era que o maior país da América Latina se convertesse "não em outra Cuba, mas em uma China no Ocidente".  

Os presidentes americanos John Kennedy e Lyndon Johnson sabiam que havia um golpe em curso no Brasil. Do embaixador dos Estados Unidos no País, Lincoln Gordon, Kennedy ouviu em 1962 que o então presidente João Goulart poderia se transformar em um "ditador populista" como o argentino Juan Domingo Perón.

Leia mais aqui.
*

Um dos participantes da tentativa de golpe que tinha como objetivo tornar o Brasil numa ditadura de esquerda, sistema que fracassou no mundo inteiro, confirma essa versão que tentam apagar de nossos registros históricos:



Abaixo, o desabafo dos pais de uma das vítimas da guerrilha, da qual a presidente Dilma participou ativamente, fato confirmado, no vídeo a seguir, pelo jornalista Boris Casoy:





Alguém ainda acredita que Dilma esteja preocupada com a memória dos que realmente foram vítimas de abusos de militares, carcereiros ou de justiceiros de seu próprio bando? 

Quem participou de assaltos, sequestros e assassinatos não foram presos injustamente, como tentam nos convencer. Cometeram crimes e nada justificaria que ficassem impunes. 

Nesse clima de populismo, porém, com certas diferença do populismo de Lula que apenas pegou carona na história toda,  o que Dilma quer, na verdade, é vingança. Confiram AQUI.

ROMBO NA ELETROBRAS, POPULISMO DO PT ESTÁ QUEBRANDO O BRASIL

Sponholz

As mudanças nas regras do setor elétrico implantadas no ano passado pelo governo Dilma Rousseff levaram a Eletrobras a registrar em 2012 prejuízo de R$ 6,8 bilhões, o maior desde que a companhia foi criada, em 195. O anúncio foi feito ontem pelo presidente da empresa, José da Costa Carvalho Neto.

Entre outubro e dezembro de 2012, a elétrica teve perda de R$ 10,5 bilhões, maior prejuízo trimestral nominal (sem ajustar pela inflação) de uma empresa de capital aberto no país desde 1996, segundo levantamento da Economática.

O prejuízo decorreu exclusivamente dos efeitos da MP do setor elétrico, que obrigou as companhias a reduzir suas tarifas para antecipar a renovação das concessões. Sem isso, a empresa teria um lucro de R$ 5,9 bilhões. 

(Folha de São Paulo)

A FALA DE DILMA E A FALTA DE RESPEITO AO BANCO CENTRAL

Martha Beck, O Globo

A inflação ficará acima do centro da meta fixada pelo governo (4,5% ao ano) durante todo o mandato da presidente Dilma Rousseff. Isso foi o que mostrou nesta quinta-feira o primeiro Relatório Trimestral de Inflação de 2013, divulgado pelo Banco Central (BC).

No documento, a autoridade monetária afirma que o IPCA deve fechar 2013 em 5,7%. A estimativa é bem superior aos 4,8% projetados no relatório de dezembro. Para 2014, a expectativa é de 5,3%, sendo que a estimativa anterior era de 5%.

O relatório destaca ainda o aumento dos salários como um dos fatores de pressão da inflação. Segundo o documento, o IPCA em 12 meses deve fechar o primeiro trimestre exatamente no teto da meta, de 6,5%. No segundo trimestre, a inflação tende a superar o teto, ficando em 6,7%.

Leia mais em BC vê inflação acima do centro da meta durante todo o governo Dilma
 
Veja também

FALTA DE TRANSPARÊNCIA ESCONDE O ROMBO DA PETROBRAS

Documentos da estatal revelam os bastidores da venda de patrimônio no exterior – como a sociedade secreta na Argentina com um amigo da presidente Cristina Kirchner

Diego Escosteguy, ÉPOCA

Na quarta-feira, dia 27 de março, o executivo Carlos Fabián, do grupo argentino Indalo, esteve no 22o andar da sede da Petrobras, no Rio de Janeiro, para fechar o negócio de sua vida. É lá que funciona a Gerência de Novos Negócios da Petrobras, a unidade que promove o maior feirão da história da estatal – e talvez do país. Sem dinheiro em caixa, a Petrobras resolveu vender grande parte de seu patrimônio no exterior, que inclui de tudo: refinarias, poços de petróleo, equipamentos, participações em empresas, postos de combustível. Com o feirão, chamado no jargão da empresa de “plano de desinvestimentos”, a Petrobras espera arrecadar cerca de US$ 10 bilhões.

De tão estratégica, a Gerência de Novos Negócios reporta-se diretamente à presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster. Ela acompanha detidamente cada oferta do feirão. Nenhuma causou tanta polêmica dentro da Petrobras quanto a que o executivo Fabián viria a fechar em sua visita sigilosa ao Rio: a venda de metade do que a estatal tem na Petrobras Argentina, a Pesa. ÉPOCA teve acesso, com exclusividade, ao acordo confidencial fechado entre as duas partes, há um mês. Nele, prevê-se que a Indalo pagará US$ 900 milhões por 50% das ações que a Petrobras detém na Pesa.

Apesar do nome, a Petrobras não é a única dona da Pesa: 33% das ações dela são públicas, negociadas nas Bolsas de Buenos Aires e de Nova York. A Indalo se tornará dona de 33% da Pesa, será sócia da Petrobras no negócio e, segundo o acordo, ainda comprará, por US$ 238 milhões, todas as refinarias, distribuidoras e unidades de petroquímica operadas pela estatal brasileira – em resumo, tudo o que a Petrobras tem de mais valioso na Argentina.

Leia mais em O feirão da Petrobras

MAIS UM POUCO DA SÉRIE - PT ESQUECE, MAS NÓS LEMBRAMOS

DESONERAÇÃO DA CESTA BÁSICA - Governo adotou uma política errada




O PSDB já tentou desonerar a cesta básica, principal ítem de consumo dos brasileiros mais pobres, a exemplo do que alguns governos tucanos fizeram nos estados que administram, o projeto foi aprovado no Congresso, mas DILMA VETOU.

Foram meses perdidos para o consumidor, que só tem visto os preços aumentarem nesse meio tempo.

DILMA MUDOU DE IDEIA COM ATRASO. OS PREÇOS JÁ DISPARARAM E ESTÁ DIFÍCIL SEGURAR.


10 de agosto de 2012

Já escrevi e repito, Dilma está criando uma marca de governo justamente em cima das ações de seus adversários.
É a cara do PT, enaltecida pelos marqueteiros e por setores da midia que vendem a imagem que interessa ao governo petista quando transformam a ausência de escrúpulo em virtude.
 


Por isso, sempre questiono: "Qual a diferença entre certos jornalistas e a base ajoelhada do Congresso?" 

Abaixo, vídeo bem humorado com tradução simultânea da fala de Dilma na TV, quando se aproveitou da data que celebrou o Dia Internacional da Mulher para fazer demagogia.

Num ato de campanha antecipada, apresentando-se como candidata porque esqueceu que é presidente e precisa trabalhar, Dilma talvez tenha se confundido ao apresentar mais um projeto de seus adversários como se fosse um ato de seu governo. O vídeo, porém, "traduz" as palavras de Dilma para o idioma da VERDADE.
Confiram:


UM POUCO DE REALIDADE PARA O BRASIL QUE VIVE NO MUNDO DA FANTASIA

Os governos do PT deram continuidade ao que tanto criticavam, como os fundamentos da economia que garantiram, até há pouco, a estabilidade e o controle da inflação. 

Sei não, apesar do voto de confiança em Lula quando, na campanha de 2002, assinou a tal "Carta ao Povo Brasileiro", um compromisso de manter os pilares estabelecidos nos governos anteriores e que tinham dado certo, Sardenberg vem nos alertando, "Mudou, sim. E não funciona".

"Ou a política não mudou, apenas estaria sendo, digamos, mal executada. Ou mudou e o governo não quer admitir isso para não criar expectativas negativas, sobretudo lá fora, ou porque a mudança não está funcionando", escreveu o jornalista.

Por outro lado, os desgovernos petistas têm copiado, sem o menor escrúpulo, até mesmo as propostas de campanha de candidatos adversários, como as de José Serra, além de relançar o que já existia nos estados governados por tucanos ou anunciar como seus os projetos e as obras que outros fizeram.
São tão arrogantes e confiantes na impunidade que fazem Marquetagem com a Obra Alheia.
Vejam alguns exemplos:

A presidenta Dilma Rousseff lançou em maio de 2012, no Dia das Mães, um programa social para a chamada primeira infância (de zero a seis anos de idade), transmitido em rede nacional de rádio e televisão ao estilo Hugo Chávez, o Brasil Carinhoso, com investimentos feitos em parceria entre os governos federal, estaduais e municipais.

A aprendiz obediente segue os passos de seu criador e nem fica corada de vergonha ao anunciar uma  CÓPIA descarada de uma das ações de José Serra quando era Ministro da Saúde, o Bolsa Alimentação.


Dilma também lançou programas implantados por Serra quando governou São Paulo, como o Mãe Paulistana, ou, ainda, os que foram propostos na campanha à presidência da república, como o PROTEC e a crítica à política de juros. 

Tratei sobre isso AQUI para não permitirmos que essas informações caiam no esquecimento, pois a ação que coloca em prática a política de redução de juros, sempre defendida por José Serra, já é um sucesso em São Paulo, o Banco do Povo.

José Serra, então governador do Estado de São Paulo divulgou, ainda no ano de 2009,  a redução da taxa de juros do Banco do Povo Paulista (BPP). O índice, que era de 1%, passou para 0,7% ao mês. Atualmente está em 0,5%.
O Banco do Povo Paulista emprestou, somente no primeiro semestre daquele ano, cerca de R$ 40 milhões, assistindo 10 mil pequenos negócios.


O BRASILEIRO APROVA O QUE, AFINAL?


A arte de Antonio Lucena 

O PIB caiu, a inflação dispara, a violência está sem controle, as filas dos hospitais aumentam, a faxina ética saiu de cartaz e até a natureza conspira contra Dilma: a seca castiga o Nordeste, os baixos níveis dos reservatórios provocam apagões de energia elétrica e a falta de investimentos resultam em tragédias, como as da Região Serrana fluminense, para as quais a presidente propôs “medidas drásticas”, não contra os responsáveis, entre os quais ela é a principal porque está no comando, mas “contra os que insistem em ficar nas áreas de risco”, como se tivessem a possibilidade de escolha.

UFA!!! O parágrafo ficou grande, mas ficou faltando muito resultado ruim, faltou nossa colocação no IDH, o nível vergonhoso da educação, o endividamento das famílias, a corrupção, e muito mais que o PT esquece, mas nós lembramos.

O número de mortos pelo temporal que abateu Petrópolis chegou a 33 semana passada, mas foram milhares nos últimos anos em todo o Brasil, passa de mil só no Rio de Janeiro e pelo menos mil pessoas ainda estão desabrigadas, apenas nesse episódio.

Ainda na Itália, Dilma sugeriu que é preciso agir com rigor, essa é uma das caracteríscas elogiadas por quem aprova seu governo, não com os que têm sido relapsos esse tempo todo, mas com as famílias que não querem sair das áreeas de risco.

Na prática, ela os culpou pela própria tragédia. Se não houve investimento para remover essas pessoas, Dilma quer o que, então? Como vai tirar à força quem não têm para onde ir? Quer que todas essas pessoas morem nas ruas?

Reportagens estarrecedoras mostram as péssimas condições das casas e apartamentos do Programa Minha Casa, Minha Vida. Casas com rachaduras. Casas inundadas. Casas afundando. A situação ocorre no Rio e em todo o Brasil.

Leiam sobre  a dúvida de Dilma: “Se o camarada Stálin esvaziou a Chechênia inteira, por que a gente não consegue tirar à força alguns milhares de seus barracos?”

O quadro é desanimador. Em Teresópolis, apenas para citar um exemplo, em relação às 1.655 unidades habitacionais que seriam construídas pela parceria entre governos estadual e federal, segundo a secretária municipal de Desenvolvimento Social de Teresópolis, Maria das Graças dos Santos, depois de dois anos, a informação é de que a obra ainda vai começar.
  
Uma pesquisa mínima, neste blog mesmo, basta para verificar que faz anos que o governo só promete e nada faz. Nem para o Nordeste, que assiste à pior seca dos últimos 40 anos - o desgoverno popular, com mãe do PAC e tudo, não foi capaz de concluir a obra do rio São Francisco, cujo projeto já estava concluído e aprovado ainda na gestão FHC. Do mesmo modo, o desgoverno não investiu para evitar tragédias com enchentes nem para atender as vítimas. 

Enquanto no Japão a rodovia que liga Ibaraki a Tóquio, destruída no tsunami de 2011, demorou seis dias para ser reconstruída, as pontes da região serrana continuam implorando por socorro há quase mil dias, informam os jornais. 

A Folha de São Paulo informou que só um terço da verba federal reservada para a prevenção e resposta a tragédias relacionadas à chuva foi gasto ano passado.
  
Estão retidos nos cofres recursos que deveriam ser destinados para salvar vidas.  

Leiam:

Mesmo com mais dinheiro disponível para a prevenção e resposta a tragédias relacionadas à chuva, o Brasil segue com dificuldade para executar essas tarefas. Só um terço da verba federal reservada para esse objetivo foi gasto ano passado, situação causada principalmente por entraves burocráticos com Estados e municípios no repasse dos recursos e elaboração de projetos.
Estão retidos nos cofres recursos destinados diretamente para Petrópolis (RJ),... Essas verbas foram anunciadas em 2011, quando as chuvas mataram mais de 900 pessoas na região serrana do Rio -71 em Petrópolis. Segundo balanço do governo do Rio, apenas quatro obras de contenção de encostas na cidade foram entregues, no valor de R$ 4,7 milhões.
(...)

Em todo o país, dos R$ 5,7 bilhões autorizados para programas relacionados a desastres, só R$ 1,9 bilhão (33%) foi pago em 2012. A verba estava reservada para tirar do papel obras preventivas como construção de barragens e sistemas de contenção de cheias, além de mapeamento de áreas de risco.
(...)

quinta-feira, 28 de março de 2013

A TRAGÉDIA DA INCOMPETÊNCIA

Ruth de Aquino

Não importa mais o total de mortos na “tragédia” da serra do Rio de Janeiro. Não é insensibilidade. Numa semana de histórias lacrimejantes, de perdas e heróis, não basta lamentar o destino de milhares de famílias à beira de abismos.

Não posso comemorar que milhões ou bilhões serão gastos para recuperar encostas e reassentar desabrigados. Engrossar correntes de solidariedade não resolve. Porque não acredito mais. A sociedade não acredita mais.

No bolso de quem vão parar as verbas liberadas após enchentes, diante do rosto compungido das autoridades? O prefeito de Teresópolis foi cassado por desvio.

Quantos outros não roubaram dos que nada têm, dos que perderam tudo?
(...)


O que aconteceu na serra fluminense é um escândalo muito maior que o da boate Kiss em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, embora o número de mortos seja inferior.

Na hora do aguaceiro, não há portas de saída para quem vive em barraco em área de risco, não há bombeiro que dê jeito. Há sorte ou azar. Os sinalizadores da natureza matam crianças, velhos, fortes, fracos.

O fogo da boate Kiss provocou maior repercussão pelo inusitado e por suas centenas de vítimas jovens de classe média e alta. As enchentes do verão são tão previsíveis que provocaram calos em nossa consciência.

Somos obrigados a ouvir a presidente Dilma Rousseff dizer, em Roma, que não houve falha no sistema de prevenção instalado em 2011 em Petrópolis? Isso é pecado, presidente. Somos obrigados a ouvir Dilma se indignar e pedir “medidas drásticas” para remoções em locais de risco?

Quem é a responsável máxima pela política de habitação no Brasil? Quem tenta mudar, na planilha, nosso índice de desenvolvimento humano?

Se os governos disserem que essa é uma herança maldita, terão razão. Só que o governo do Rio de Janeiro está em seu segundo mandato. O governador Sérgio Cabral já enlameou os sapatos em tragédias suficientes para saber que não fez tudo o que deveria ter feito. Que chame os prefeitos à responsabilidade, que os critique quando desviarem dinheiro e estragarem doações, que lute por uma mudança em nossas leis ambientais surrealistas.

Na raiz dos desabamentos em áreas de risco, há dados que contribuem para o 85º lugar do Brasil no IDH mundial. Um é o deficit habitacional de mais de 5 milhões de casas. Outro é a pobreza. O terceiro é a ignorância, a falta de educação. É só juntar os três com a incompetência do Estado e chegamos à fórmula da “tragédia recorrente”.

Famílias constroem em áreas de risco, não querem sair de áreas de risco e voltam a morar em áreas de risco. Ou porque não têm para onde ir ou porque o prédio construído para elas, no projeto Minha Casa Minha Vida, está com rachaduras, ameaçado de cair (é o cúmulo...). Ou porque são ignorantes e vivem em vulnerabilidade permanente. Para essas famílias, a vida em si já é um risco – ou uma bênção temporária. Se não morrer de enchente, morrerá na fila do transplante, atropelado na estrada ou de tiro, tuberculose ou diabetes.
(...)

Leia mais em A tragédia da incompetência

DECLARAÇÕES E DESMENTIDOS

Celso Ming, O Estado de S. Paulo

Dilma. ‘Sem tolerância’ (FOTO: ANDRE DUSEK/ESTADAO)

Em entrevista aos jornalistas brasileiros em Durban (África do Sul), onde se encontrava para a cúpula dos Brics, a presidente Dilma Rousseff fez declarações sobre a inflação e sobre a estratégia de contra-ataque do governo que trombavam frontalmente com o que vem sendo dito pelo Banco Central.

Foram afirmações feitas horas antes da divulgação do Relatório de Inflação (que sai nesta quinta-feira), documento trimestral pelo qual o Banco Central transmite seu diagnóstico da inflação e diz como pretende controlá-la.

Depois que o conteúdo da entrevista foi conhecido pelo mercado financeiro e que já fazia estragos no mercado futuro de juros, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, em nome da presidente Dilma, reafirmou a disposição do Banco Central em combater a alta da inflação com a veemência devida: “Não há tolerância em relação à inflação”.

Horas depois, a própria presidente voltou a convocar os jornalistas brasileiros para denunciar a “manipulação da notícia” e deixou claro o que não tinha ficado antes: que, para ela, “o combate à inflação é um valor em si”.

Nas declarações que entendeu terem sido manipuladas, Dilma dissera que o aumento da inflação que aí está é produto de choques externos e que seu governo não vai adotar nenhuma política que sacrifique o crescimento econômico e o emprego.

Ficou entendido, assim, que o recuo da inflação viria espontaneamente e que a política monetária (política de juros) não deveria ser acionada pelo Banco Central para empurrar a inflação para dentro da meta.

A ênfase dada pela presidente Dilma às causas externas da inflação não explica por que esses choques de oferta de alimentos, gerados pela seca que derrubou as safras dos Estados Unidos no ano passado, só provocaram toda essa inflação no Brasil – e não também em outros países emergentes.

Leia mais em Declarações e desmentidos

PREPAREM OS BOLSOS PORQUE O DRAGÃO DA INFLAÇÃO ESTÁ SOLTO

 

Nota do jornalista  Claudio Humberto mostra um dos motivos para a disparada nos preços - AUMENTO DE IMPOSTOS:

Inglaterra recua
de aumentar imposto
da cerveja

Como no Brasil, o governo britânico havia aumentado imposto acima da inflação para fabricantes de cerveja, a partir de 2008 e até 2015. Mas acaba de revogar: isso provocou uma crise generalizada dos pubs, um dos principais cartões postais da Inglaterra, com demissões e fechamentos. A British Beer and Pub Association calcula que, desde 2008, seis mil pubs fecharam suas portas, média de 18 por semana.

Será pior no Brasil

No Brasil, o impacto será maior que na Inglaterra: lá, o imposto cresceu  2% acima da inflação; aqui, serão 26%, o maior aumento da História.

Desemprego à vista

O aumento de impostos para cervejas começa em abril, no Brasil, e até 2018, afetando 1 milhão de empregadores de 6 milhões de pessoas.
*
Outro motivo para o elevado custo-Brasil, também pouco debatido pelos analistas midiáticos, é a falta de investimentos em infra-estrutura. As obras que a mãe do PAC prometeu e não fez, o que torna o Brasil um país caro, faz com que os preços sejam repassados para o consumidor.

‘Nó logístico’ nos portos vai encarecer custo de nova safra

Lino Rodrigues, O Globo

Os prejuízos causados pela precária infraestrutura utilizada para escoar a supersafra de grãos 2012/2013, e que fizeram os custos dos exportadores dispararem, serão cobrados na próxima safra.

Segundo o consultor André Pessoa, da Agroconsult, consultoria responsável pelo Rally da Safra — expedição técnica que percorreu 60 mil quilômetros de estradas em 12 estados do país para mapear a produção de milho e soja — serão os produtores os e consumidores que vão acabar pagando a conta desse nó logístico que se transformou a exportação de grãos no país.

Leia mais em ‘Nó logístico’ nos portos vai encarecer custo de nova safra

MINHA CASA MINHA VIDA (EM PERIGO)

Minha Casa, Minha Vida: moradores beneficiados por programa sofrem com rachaduras e inundações
  • Fragilidade de parte dessas construções ficou evidente semana passada, com os problemas nos prédios que receberiam desabrigados da tragédia do Morro do Bumba
Rafael Galdo - O Globo


Casa nova. Moradora mostra rachadura no condomínio Santa Lúcia, em Santa Cruz da Serra, Duque de Caxias, construído dentro do programa habitacional Minha Casa Minha Vida
Foto: Eduardo Naddar / O Globo

Casa nova. Moradora mostra rachadura no condomínio Santa Lúcia, em Santa Cruz da Serra, Duque de Caxias, construído dentro do programa habitacional Minha Casa Minha Vida 
Eduardo Naddar / O Globo
Para quem vivia em áreas de risco, muitas vezes em barracos precários, ganhar apartamentos em conjuntos habitacionais com espaços de lazer e saneamento adequado poderia parecer solução, não fossem alguns desses condomínios verdadeiros castelos de areia, como relatam moradores de unidades do programa Minha Casa Minha Vida. A fragilidade de parte dessas construções ficou evidente semana passada, com os problemas nos prédios que receberiam desabrigados da tragédia do Morro do Bumba, em Niterói.
Nos condomínios Santa Helena e Santa Lúcia, no Parque Paulista, em Duque de Caxias, as 389 casas foram inundadas semana passada, fazendo com que muitos moradores perdessem tudo. Na segunda-feira, oito dias depois das chuvas, as pessoas continuavam limpando os estragos. Em frente aos conjuntos, havia montes de móveis que tiveram de ser jogados no lixo.

— Passei minha vida pedindo a Deus uma casa. Quando finalmente recebi, comprei todos os móveis novos. Mas veio a água e destruiu tudo — conta, chorando, a dona de casa Francisca Rabelo Gonzaga, de 52 anos. — Pior que, já tendo morado em vários bairros, alguns lugares de risco, nunca tinha passado por isso — acrescentou Francisca, que paga pela casa R$ 54 mensais à Caixa Econômica Federal, que financiou o projeto.

Os problemas, no entanto, não começaram com o temporal da semana passada. Muitas casas têm rachaduras e infiltrações, como a da doméstica Ana de Souza Silva, de 49 anos.

— Já construí uma barreira com tijolo e cimento nas minhas portas. Mas não adianta. A água passa por cima. Não sei mais o que fazer. A casa está toda rachada e mofada — diz Sidneia Fonseca da Silva.

Já em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, só em maio completa um ano que os moradores, reassentados de comunidades como Pedreira e Cidade de Deus, começaram a ocupar as 2.718 unidades em oito condomínios da Estrada dos Palmares. Conjuntos tão novos, contudo, já repletos de problemas estruturais.

No Almada, uma fileira de postes tortos, inclinados no pátio onde as crianças brincam, assusta. E são muitos outros riscos. Valéria de Jesus Santos, ex-moradora de Costa Barros, mostra que estruturas de metal, como corrimãos, já estão enferrujadas e se soltando. Muitos apartamentos também enfrentam problemas de infiltração.

— Morava num barraco de madeira e não chovia tanto dentro de casa quanto aqui — afirma Valéria.

Condomínio cheio de remendos

Em Realengo, nos condomínios Ipê Branco e Amarelo, que receberam reassentados de obras em Madureira e Turiaçu, o solo irregular já denuncia que há algo de errado no terreno. Síndico do Ipê Branco (com 299 unidades), José Rodrigues Carneiro conta que os conjuntos foram entregues há quase três anos. Desde então, já apareceram rachaduras e fissuras em todos os blocos, dentro e fora dos apartamentos.

Segundo moradores, são incontáveis os remendos que a construtora Patrimar realizou para tentar contornar as fissuras. Mas elas continuam aparecendo
.
— Temos muito medo, porque não sabemos se estamos numa moradia segura. Entre os blocos, a drenagem é falha. Quando chove, a água empoça, entra nas casas e desce o terreno, carreando muito barro. Por causa da erosão, há tubulações de gás aparentes — diz José.

Rachaduras, além de alagamentos, também são o drama com qual convivem moradores do Bairro Carioca, em Triagem, Zona Norte do Rio, projeto da prefeitura executado com recursos do Minha Casa Minha Vida.
Nas chuvas do início deste mês, a água chegou à altura dos joelhos em apartamentos do térreo, muitos deles de cadeirantes. No total, ali serão 2.240 apartamentos, 640 deles entregues até janeiro passado.

Para especialistas, problemas na qualidade das obras em programas habitacionais se repetem em todo o país.

Leia mais aqui.

ABAIXO O FASCISMO ILUSTRADO!





Ainda o beijo na boca e uma democracia sob tutela
Por Reinaldo Azevedo
  
Eu sou pelo beijo na boca. Desde que seja consensual, beijo na boca é sempre a favor. O que acho estranho é a modalidade “beijo na boca contra” — contra o deputado Marco Feliciano (PSC-SP), por exemplo, como fizeram as atrizes Fernanda Montenegro e Camila Amado. Aliás, se o Brasil sair se beijando para pressionar Feliciano a renunciar, não vejo nada demais. O que não é possível é transformar a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara num circo porque, afinal, os manifestantes não concordam com as ideias do presidente. O Brasil aboliu, a duras penas, o delito de opinião. Se boa parte da imprensa se esqueceu disso, faço questão de lembrar.

Quando o delito de opinião foi extinto, também os adversários passaram a gozar da licença de dizer o que pensam. E há pessoas que são contrárias ao casamento gay. E daí? “Casamento” não é direito natural. É um jeito que a sociedade tem de organizar as famílias. Mundo afora, as sociedades determinam o que pode e o que não pode, havendo, sim, “discriminações” aceitas como medida de prudência. Ninguém pode se candidatar à Presidência da República ou ao Senado com menos de 35 anos, por exemplo. É uma combinação. Pessoalmente, não vejo por que os gays não podem se casar. Feliciano não pensa como eu. E caberia perguntar àqueles que aderiram ao linchamento moral onde está escrito que ele está proibido de dizer o que pensa.

Essa chacrinha é vergonhosa! É típica de uma democracia que está vivendo sob tutela — sob a tutela, no caso, de grupos militantes.  

Um país em que os petistas João Paulo Cunha e José Genoino — condenados pelo STF por levezas como peculato, formação de quadrilha, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro — são membros da Comissão de Constituição e Justiça está com sintomas de esclerose política, isto sim! E um deputado vira o inimigo público nº 1 dos grupos militantes e da imprensa porque se opõe ao casamento gay? Ora, tenham paciência!!! Não estou aqui demonizando protestos, não! Que os manifestantes ocupem o gramado do Congresso, a Esplanada toda; que Fernanda Montenegro beije Camila Amado e quantas outras lhe der na telha; que a turma se junte lá na ABI para dizer o que pensa. Tudo isso é do jogo democrático. O que não dá é para se comportar como tropa de choque.

O ex-BBB Jean Wyllys (PSOL-RJ), um dos organizadores da bagunça no Congresso, foi eleito com pouco mais de 13 mil votos. 
(...)
Wyllys está no seu elemento. Foi se fazendo de vítima ativa que conquistou os brasileiros no BBB. Os bucéfalos que o hostilizaram porque era gay jogaram o seu jogo, conforme ele queria. Descobriu o poder da vítima — e nada é mais eficaz (a depender do caso, também é perigoso) do que uma “vítima” no ataque. Cria-se uma coisa curiosa: por mais, então, que essa vítima disponha de todos os meios para massacrar o outro, para espezinhá-lo, para ridicularizá-lo, continua… “vítima”. Essa condição deixa de ser um estado transitório para virar uma categoria: categoria política, categoria de pensamento, categoria moral, categoria espiritual.

Quem é que tem hoje a imprensa na mão? Quem mobiliza os formadores de opinião? Quem é o dono do falso consenso (sim, um plebiscito diria o que pensa maioria)? É Feliciano? Não! Essa personagem poderosa, hoje, é Jean Wyllys — como poderoso ele se tornou na “casa mais vigiada do Brasil”. Louvo a sua esperteza, claro!, e lamento a estupidez destes dias, em que os critérios elementares do que é democracia foram esquecidos.
(...)

Daqui a pouco alguns brucutus vão querer se reunir para decidir — em certa medida, ainda que de modo indireto, já o fazem — o que pode e o que não pode ser publicado, o que pode e o que não pode ser pensado, o que pode e o que não pode ser debatido. Rejeito e intolerância, venha de onde vier. Fernanda Montenegro deu beijo da boca de outra atriz para demonstrar sua adesão à causa. Fico a imaginar o que faria no palco para protestar contra Genoino e João Paulo na CCJ — na hipótese, claro!, de que ela seja contra isso também. Espero que sim!
 
Em entrevista o Radar, de Lauro Jardim, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) disse o óbvio: se Feliciano renuncia, não se elege nunca mais; se fica, pode ter um milhão de votos. O próprio Jean Wyllys certamente multiplicou o seu eleitorado a valer, não é? Há muita gente que concorda com ele, mas há ainda mais gente que concorda com Feliciano. Os dois saem como heróis de suas respectivas causas, mas é certo que o deputado do PSC está tendo uma projeção que obviamente não teria não fosse o deputado do PSOL ter empregado também como político a sua técnica para vencer o BBB.

Íntegra AQUI.

POR QUE OS MARQUETEIROS CALAM A DILMA?

Li comentário no twitter que mostra com  todas as letras a verdadeira situação do Brasil perante o mundo. Se o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) é uma vergonha, um dos piores do mundo, a nossa economia também avança, sempre avança porque setores produtivos se esforçam para que isso aconteça, mas no nosso caso, estamos na lanterna. Pior ainda, como completa o tuiteiro, logo seremos rebaixados para a segunda divisão porque o desgoverno do PT está quebrando o país.

Abaixo, matéria da VEJA.com sobre uma das infelizes declarações de Dilma que, quando improvisa ou não obedece seus papagaios de pirata (reparem nas imagens, sempre tem uma escolta para segurar os arroubos da presidente), consegue ser pior que o Lula.

Eis um bom motivo para que os marqueteiros orientem Dilma a ficar calada. Suas ideias são ultrapassadas e fora da realidade, sua arrogância é incompatível com um país que cresceu a menos de um por cento no ano passado e já não consegue conter a inflação que corrói o salário do trabalhador.

Reparem no vídeo as medidas que exibe sem pudor: o PRONATEC, que nada mais é do que a proposta de Serra na campanha de 2010, o PROTEC, que levaria a todo o país o projeto de qualificação profissional que já existia em São Paulo, e a DESONERAÇÃO DA CESTA BÁSICA, iniciativa do PSDB, aprovada no Congresso, porém vetada por Dilma.


A presidente Dilma Rousseff falou à imprensa nesta quarta-feira durante a 5ª cúpula dos Brics, na África do Sul e afirmou que não tomará quaisquer medidas de combate à inflação que possam desacelerar o crescimento da economia brasileira. Segundo ela, essa é uma questão “datada”. “Esse receituário que quer matar o doente, em vez de curar a doença, é complicado. Vou acabar com o crescimento no país? Isso está datado. Isso eu acho que é uma política superada” afirmou a presidente após encontro de chefes de estado dos países dos Brics, que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Sobre o crescimento da economia, Dilma afirmou que o ano de 2013 será “um pouco mais promissor do que 2012″.

Como de praxe, Dilma aproveitou para criticar os analistas que pensam de maneira diferente da dela: “São sempre as mesmas vozes, você não ouviu isso do governo (que seria preciso reduzir o crescimento para combater a inflação). Não achamos que há essa relação”. Ainda sobre o aumento de preços, afirmou: “Isso não significa que o governo não esteja atento. Não só estamos atentos como acompanhamos diuturnamente a questão da inflação. Não achamos que a inflação esteja fora de controle. Pelo contrário, ela está controlada. O que há são alterações e flutuações conjunturais. Mas nós estaremos sempre atentos”.
(...)

PAULISTANO VAI TER QUE BANCAR POLITICAGEM E O ESTÍMULO À VIOLÊNCIA

BRINCANDO COM FOGO

O Estado de S.Paulo (Editorial)

A exemplo do que ocorreu no ano passado com a desocupação da área de Pinheirinho, em São José dos Campos, a execução de uma ordem judicial de reintegração de posse de um terreno no bairro Iguatemi, na zona leste de São Paulo, se converteu em mais um embate político entre o PT e o PSDB e terminou em tumulto. Convocada por um juiz de Itaquera, a Tropa de Choque da Polícia Militar (PM) iniciou às 6 horas a remoção das 700 famílias que ocuparam ilegalmente a área, mas suspendeu a operação no final da manhã, depois que o prefeito Fernando Haddad manifestou a intenção de desapropriar a área e o governador Geraldo Alckmin acionou o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Ivan Sartori.

Haddad e Alckmin disseram que chegaram a um acordo por temer que o confronto entre a PM e os invasores resultasse em mortes. Apesar de ter sido procurado por uma comissão de moradores da área invadida na mesma semana em que assumiu a Prefeitura, a verdade é que Haddad só agiu após a atuação da PM, que é subordinada ao governo estadual. 

Com isso, o prefeito saiu bem na foto. Quando acenou com uma solução politicamente correta para os invasores, prometendo declarar o terreno área de utilidade pública, Alckmin já havia sofrido o desgaste político causado por uma operação policial sobre a qual não tinha responsabilidade, uma vez que a PM foi convocada pela Justiça para executar uma ordem judicial.
 
Foi uma situação semelhante à da desocupação da área do Pinheirinho, em janeiro de 2012, quando movimentos sociais, o PT e pequenos partidos de esquerda conseguiram atribuir ao governador a imagem de culpado pela remoção forçada de 1.600 famílias. O incidente foi amplamente usado nas eleições municipais de outubro pelo PT, que acabou derrotando o PSDB não só em São José dos Campos, mas em outras cidades do Vale do Paraíba - o principal reduto eleitoral de Alckmin.

A exploração política da execução de ações de reintegração de posse teve início há cerca de três décadas, quando os movimentos sociais começaram a estimular as invasões de propriedades privadas em áreas urbanas.

À medida que as ocupações se repetiam, os advogados desses movimentos passaram a usar os recursos previstos pelo Código de Processo Civil para acelerar ou retardar a tramitação das ações impetradas pelos proprietários para preservar suas propriedades. O objetivo dos movimentos sociais era levar a Justiça a julgar essas ações e a autorizar sua execução no período de campanhas eleitorais, criando situações de fato que beneficiam os partidos de esquerda vinculados a ONGs e associações comunitárias e constrangem prefeitos e governadores. 

O cronograma da ação de reintegração da gleba do bairro Iguatemi é um exemplo dessa estratégia. O processo foi aberto em junho do ano passado. A ordem de reintegração foi emitida dois meses depois pelo juiz Jurandir Abreu Júnior. Entre o final de 2012 e o início de 2013, ele recebeu quatro pedidos de suspensão da reintegração de posse, tendo negado todos. Há um mês, receando a exploração política da operação, já que o embate entre o PT e o PSDB pelo Palácio dos Bandeirantes já começou, a PM pediu o adiamento da reintegração, alegando falta de efetivo. O juiz não acolheu o pedido e ordenou à PM que promovesse a reintegração.

A exploração política da execução de ações de reintegração de posse também tumultua o Judiciário, disseminando incerteza jurídica. Diante da interferência dos políticos, o juiz Jurandir de Abreu Júnior acolheu o pedido de suspensão feito pelo governo do Estado e fixou o prazo de uma semana para que Haddad assine o decreto de desapropriação da área.

Mas, para cumprir a promessa feita aos moradores da gleba invadida, a Prefeitura terá de pagar uma quantia vultosa ao proprietário - e, se depositar esse valor, estará estimulando uma onda de invasões na cidade e no Estado, abrindo com isso um perigoso precedente para todos os governos municipais e estaduais, já que os movimentos sociais exigirão um tratamento isonômico.