domingo, 10 de março de 2013

CORTE NO REPASSE DE VERBAS, A VINGANÇA COMO ARMA

Enquanto interessou ao PT, para conquistar votos no Nordeste, Lula abasteceu o governo de seu estado natal, Pernambuco, e passou anos adulando o governador. O ex-presidente ainda insiste em colar em Eduardo Campos, tem consciência de seu potencial, pois o PSB venceu praticamente todas as disputas de 2012 contra o PT, principalmente nas capitais do Nordeste.

Dilma, ao contrário, faz com Eduardo Campos o que Lula fez contra São Paulo durante todo o seu mandato, tenta secar uma das fontes de recursos para os projetos em andamento em Pernambuco apenas para desidratar um provável adversário.

Leiam matéria abaixo: 

Dilma reduz repasses para Pernambuco, governado por potencial rival em 2014

Estado sob comando de Eduardo Campos, do PSB, vê dinheiro referente a convênios minguar
 
Julia Duailibi e Bruno Boghossian, de O Estado de S. Paulo

A gestão da presidente Dilma Rousseff derrubou repasses federais para financiar projetos apresentados por Pernambuco, do governador Eduardo Campos (PSB), potencial adversário da petista na eleição presidencial de 2014. Dilma alterou, assim, a trajetória de transferência desse tipo de recurso, iniciada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo dados do Tesouro Nacional, em 2012, o valor repassado voluntariamente pelo governo federal chegou a patamar menor que o de 2006, último ano de gestão do então governador de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos (PMDB), que fazia oposição ao governo do PT.

As transferências voluntárias são aquelas em que não há obrigatoriedade prevista em lei, como nos repasses do Fundo de Participação dos Estados (FPE) ou do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). Compreendem recursos obtidos por meio de convênios ou acordos, mediante solicitação dos Estados. Também não incluem investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), cujos projetos são definidos pelo governo federal.

Campos tem dado sinais de que pode ser candidato em 2014. Aumentou as críticas à política econômica de Dilma, num aceno ao empresariado, que está insatisfeito com as taxas de crescimento do PIB. Passou também a fazer reuniões políticas com maior frequência, inclusive com integrantes da oposição – embora aja como candidato, ainda analisará o cenário de 2014 para ponderar a conveniência de se lançar ou de negociar com o PT a retirada da candidatura.

De acordo com os dados do Tesouro, o governo federal aumentou o porcentual de verbas distribuídas ao governo pernambucano quando Lula e Campos estavam no poder. Em 2007, primeiro ano do mandato de Campos, a participação de Pernambuco no total das transferências voluntárias era de 5%. Em 2010, último ano de gestão Lula, alcançou 14,6%, a maior fatia de tudo o que foi repassado aos Estados no ano.

No mesmo período, caiu a participação de São Paulo, administrado pelo PSDB, maior partido de oposição. Em 2007, o Estado recebia 9,62% do total de transferências voluntárias do governo federal. Três anos depois, o porcentual caiu para 6,27%.

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