Maduro, com marqueteiro do PT, faz campanha homofóbica na Venezuela; repete o que o PT fez contra Kassab, hoje um aliado, em 2008
Por Reinaldo Azevedo
Se,
no Brasil, os ditos “progressistas” são favoráveis à causa gay, e a
simples defesa da Constituição pode ser tachada de homofobia, na
Venezuela, eles pensam de modo diferente. Lá, para vencer uma eleição,
eles podem fazer o contrário. Se preciso, acusam o adversário de… ser
gay.
Vejam que interessante. João Santana, marqueteiro do PT, foi o
homem que cuidou da campanha de Hugo Chávez. Já fez uma peça
publicitária para ser usada por Nicolas Maduro — o tal vídeo em que se
anuncia a ressurreição de Chávez, assegurando que “ele nascerá de novo”.
Pois bem.
Ontem, ao se inscrever como candidato à eleição presidencial, Maduro
discursou para uma multidão. Referindo-se a Henrique Capriles, o
candidato da oposição, disse, segundo informa Flávia Marreiro, na Folha: “Eu, sim, tenho mulher, escutaram? Eu gosto de mulheres”.
Em seguida, beijou a “companheira esposa”, que estava no palanque, onde
se encontravam também seus filhos e netos. Capriles 40 anos, é
solteiro. Em 2012, Maduro já o havia chamado de “maricón” (bicha) e
agora se refere a ele como “senhorito”.
Caprilles
respondeu de modo civilizado: “Quero enviar uma palavra de rechaço às
declarações homofóbicas de Maduro. Não é a primeira vez. Creio numa
sociedade sem exclusão, na qual ninguém se sinta excluído por sua forma
de pensar, seu credo, sua orientação sexual”.
Mesma questão, com o mesmo marqueteiro
Pois é… Já vimos coisa parecida no Brasil. Em 2008, João Santana era o marqueteiro de Marta Suplicy (PT) na disputa pela Prefeitura de São Paulo. E ele não teve constrangimento nenhum em levar ao ar a pergunta: “Kassab é casado? Tem filhos?”.
Como
se sabe, para os petistas, a única coisa feia é perder a eleição. Como
admitiu a presidente Dilma Rousseff, para vencer, eles fazem “o diabo”.
Se preciso, são homofóbicos também, ora!
Se foi
Santana ou não a instruir Maduro a tanger a corda da homofobia, isso não
sei. Mas que há uma coincidência de abordagens, isso é inequívoco, não é
mesmo?
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