Negro e racista? Desta vez, a patrulha quebrou a cara. Não foi por falta de aviso, né?
Por Reinaldo Azevedo
Vejam esta foto.
Vejam esta foto.
Acima,
vocês veem o pastor Marco Feliciano abraçado ao padrasto, que é negro, e
à mãe — que eu chamo de “mestiça”, mas que os movimentos militantes
chamam de “negra” também. Feliciano é, pois, enteado de um negro, filho
de uma negra e, segundo os critérios que orientam as leis de cotas no
Brasil, também é… negro! Não obstante, querem acusá-lo de racismo por
uma frase tonta escrita no Twitter. Ele próprio divulgou a foto no
Facebook.
Há um monte de branco raivoso apontando o dedo para o negro Feliciano. Já demonstrei aqui que ele apenas citava uma passagem do Gênesis — e ainda errava sobre a origem bíblica dos africanos. Na democracia, as pessoas são livres para falar e escrever tolices.
Já escrevi dois textos a respeito. Ontem, publiquei o vídeo em que ele pede votos para Dilma Rousseff em 2010. Como demonstro ali, Feliciano, com toda essa visibilidade, também é obra do PT, não é mesmo? Também é obra de Dilma. Ou por outra: enquanto ele puxava votos para o partido e cumpria a tarefa de diminuir a rejeição dos evangélicos ao nome da petista, era útil. Agora, não pode presidir uma comissão.
Há um monte de branco raivoso apontando o dedo para o negro Feliciano. Já demonstrei aqui que ele apenas citava uma passagem do Gênesis — e ainda errava sobre a origem bíblica dos africanos. Na democracia, as pessoas são livres para falar e escrever tolices.
Já escrevi dois textos a respeito. Ontem, publiquei o vídeo em que ele pede votos para Dilma Rousseff em 2010. Como demonstro ali, Feliciano, com toda essa visibilidade, também é obra do PT, não é mesmo? Também é obra de Dilma. Ou por outra: enquanto ele puxava votos para o partido e cumpria a tarefa de diminuir a rejeição dos evangélicos ao nome da petista, era útil. Agora, não pode presidir uma comissão.
Vamos
pensar mais um pouco.
A conexão
entre a chamada “grande imprensa” e os movimentos militantes acaba
criando alguns “heróis” que são do gosto de ambos, mas, às vezes, a
receita desanda, e acontece o inverso do esperado.
Os gays e esquerdistas não gostam de Feliciano. É um direito deles. Decidiram pedir a sua destituição da presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara. Ok. Também podem.
Neste domingo, leio no Globo, foram atazaná-lo na porta de um templo, em Franca. Houve protesto, gritaria, seu carro foi cercado. Aí não dá. Aí já passou dos limites. Isso não pode. É constrangimento ilegal.
Nos textos que escrevi no sábado, observei que esses protestos marcados por intermédio do Facebook têm o condão de transformar minorias em aparentes maiorias. E antevi o óbvio. Acuado, o pastor também pode mobilizar os seus seguidores. É o que ele decidiu fazer.
Os gays e esquerdistas não gostam de Feliciano. É um direito deles. Decidiram pedir a sua destituição da presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara. Ok. Também podem.
Neste domingo, leio no Globo, foram atazaná-lo na porta de um templo, em Franca. Houve protesto, gritaria, seu carro foi cercado. Aí não dá. Aí já passou dos limites. Isso não pode. É constrangimento ilegal.
Nos textos que escrevi no sábado, observei que esses protestos marcados por intermédio do Facebook têm o condão de transformar minorias em aparentes maiorias. E antevi o óbvio. Acuado, o pastor também pode mobilizar os seus seguidores. É o que ele decidiu fazer.
Leio no Globo (em itálico):
Pelas rede sociais, o parlamentar, pastor e fundador da Tempo de Avivamento, convocou líderes religiosos para discutir, nesta segunda-feira à noite, o futuro das igrejas diante do que chama da “batalha contra a família brasileira”.
Feliciano pretende usar o culto que costuma celebrar às segundas-feiras no maior templo de sua igreja, em Ribeirão Preto (interior paulista), para responder às acusações de racismo e homofobia a estelionato que vem recebendo. “Estamos vivenciando a maior de todas batalhas contra a família brasileira, e a igreja está sendo bombardeada pelas mentiras insinuadas por grupo de bandeira LGBT (gays, lésbicas, bissexuais e travestis), que planeja dividir e destruir nossas igrejas e famílias, usando a política e a discriminação como arma”, diz o comunicado de convocação, publicado na página do deputado no Facebook, sábado à tarde.
(...)
Retomo
Já escrevi e reitero: Feliciano é da turma “deles”, não da minha, como revela aquele vídeo em que pede voto para Dilma.
Pode ter as ideias mais atrasadas e impróprias sobre isso e aquilo, mas não foi racista e duvido que tenha sido homofóbico — não basta, para justificar essa acusação, que o sujeito seja contra o casamento gay. Posso reprovar as ideias dele e mesmo o pouco que vi de sua prática religiosa, e reprovo — SEMPRE DESTACANDO QUE PEDIR DINHEIRO A FIÉIS, QUE SÓ DÃO SE QUISEREM, É COISA MUITO DIFERENTE DE ROUBAR DINHEIRO PÚBLICO —, mas o movimento que está em curso, lamento, é autoritário.
(...)
Já escrevi e reitero: Feliciano é da turma “deles”, não da minha, como revela aquele vídeo em que pede voto para Dilma.
Pode ter as ideias mais atrasadas e impróprias sobre isso e aquilo, mas não foi racista e duvido que tenha sido homofóbico — não basta, para justificar essa acusação, que o sujeito seja contra o casamento gay. Posso reprovar as ideias dele e mesmo o pouco que vi de sua prática religiosa, e reprovo — SEMPRE DESTACANDO QUE PEDIR DINHEIRO A FIÉIS, QUE SÓ DÃO SE QUISEREM, É COISA MUITO DIFERENTE DE ROUBAR DINHEIRO PÚBLICO —, mas o movimento que está em curso, lamento, é autoritário.
(...)
É preciso
parar com essa prática asquerosa de criminalizar a divergência.
Se o sujeito é contra a PLC 122, que estabelece discriminações inaceitáveis, então é “homofóbico”; se é contra cotas, então é “racista”; se é contra qualquer forma de censura à imprensa, então defende a “mídia golpista”; se é crítico da forma como se dá o Bolsa Família, então é “contra os pobres”.
ESSA GENTE NÃO QUER DEBATER IDEIAS. QUER É CALAR O OPONENTE, ELIMINÁ-LO SE POSSÍVEL.
(...)
Se o sujeito é contra a PLC 122, que estabelece discriminações inaceitáveis, então é “homofóbico”; se é contra cotas, então é “racista”; se é contra qualquer forma de censura à imprensa, então defende a “mídia golpista”; se é crítico da forma como se dá o Bolsa Família, então é “contra os pobres”.
ESSA GENTE NÃO QUER DEBATER IDEIAS. QUER É CALAR O OPONENTE, ELIMINÁ-LO SE POSSÍVEL.
(...)
Nenhum comentário:
Postar um comentário