sexta-feira, 22 de março de 2013

Moradias do “Minha Casa Minha Vida”, construídas em área de mangue, vivem debaixo d´água

Vejam esta área inundada


O Jornal da Globo levou ao ar ontem reportagem de Flávia Januzzi sobre casas do programa Minha Casa, Minha Vida, em Duque de Caxias, que inundam.
Para assistir ao vídeo, clique aqui. Reproduzo texto que está no site do jornal.
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A chuva do fim de semana inundou os condomínios no distrito de Santa Cruz da Serra, em Duque de Caxias. Quatro dias depois, os moradores ainda tentam recuperar o pouco que sobrou.

São 389 casas do programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal, destinadas a famílias que viviam em áreas de risco ou violentas.  O projeto saiu por R$ 17,5 milhões, segundo a Caixa Econômica Federal. Os moradores pagam prestações que variam de R$ 25 a R$ 120.

Além de algumas casas encherem durante as chuvas, algumas apresentam problemas estruturais. Em uma delas, há rachaduras por todo o quarto. É um problema muito antigo, segundo o próprio morador da casa, que teve que sair.

A Caixa informou que o terreno não tinha histórico de alagamento e classificou o volume de chuvas como extraordinário. “A Caixa já esta fazendo levantamento e vamos corrigir o que tiver que ser corrigido. Os moradores terão imóveis restabelecidos a plena condição de uso”, afirma Cláudio  Martins, superintendente regional da Caixa Econômica Federal.

Na quarta-feira, o Jornal da Globo também mostrou outro conjunto habitacional do programa Minha Casa, Minha Vida, em Niterói, que também tem problemas. Dois dos 11 prédios destinados às vítimas do deslizamento no Morro do Bumba, em 2010, estão com a estrutura comprometida e terão que ser demolidos.

Em Duque de Caxias, algumas casas, ainda alagadas, já começaram a ser abandonadas pelas famílias. “Vim para cá com esperança de ter uma vida melhor, de ter uma casa melhor. Não para vir e passar o mesmo problema”, diz a dona de casa Sidnéa Fonseca da Silva.

A reportagem mostra o testemunho de Idalina da Silva, que é moradora da região há mais de 30 anos. Ela assegura: “Aqui é uma área de mangue. Eu moro aqui há mais de 30 anos. Sempre alagou”.

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