quarta-feira, 27 de março de 2013

PAI DAS EMPREITEIRAS QUER QUE O POVO PAGUE A CONTA SOZINHO


VEM AÍ MAIS UM GOLPE CONTRA A DEMOCRACIA, CUIDADO PARA NÃO SE TORNAR CÚMPLICE (ou inocente útil)!

LULA DIZ A VERDADE QUANDO NÃO QUER PARECER IMBECIL - MUDA O DISCURSO, PORÉM, QUANDO ACHA QUE A PLATEIA É IMBECIL

Assim, o projeto de poder avança praticamente sem resistências, porque, no final das contas, todas as plateias são ludibridadas. 

Lula, o homem público mais financiado pelo capital da história, defende que financiamento privado de campanha seja crime inafiançável

Reinaldo Azevedo

Ai, ai…
Lula nunca teve limites e sempre se beneficiou disso. E, é evidente, muita gente permitiu que não tivesse. Então ele segue adiante. O homem participou, ao lado de Felipe González, ex-primeiro ministro da Espanha, do Fórum “Novos Desafios da Sociedade”, promovido pelo jornal “Valor Econômico”. 
(...)
Na presença do espanhol, vejam vocês!, Lula reconheceu que houve avanços no governo FHC… Ah, bom! (...) “Avanços” é uma palavra-gaveta. Cabe qualquer coisa aí. Qual avanço? Que proposta tinha o PT à época para dar um jeito na inflação, por exemplo, e o que o partido fez durante o lançamento do Real?

Lula só estava evitando parecer bronco, imbecil mesmo!, diante de um convidado ilustre, que conhece o mundo. Fora das quatro paredes daquele evento, retomará a sua ladainha de sempre contra o passado, as elites etc. 

A própria Dilma, para consumo interno, aderiu à farsa, negando até a evidência escandalosa de que o cadastro único dos atendidos por programas sociais começou a ser elaborado no governo FHC.  Não pensem que Lula mudou, que Lula aprendeu, que Lula passou a ser mais justo. Ele distingue muito bem as esferas: o discurso para plateias selecionadas é diferente da fala palanqueira. A diferença não é só de estilo, mas também de conteúdo.

Financiamento público de campanha

Lula, segundo informa Paulo Gama, na Folha, voltou a defender a farsa do financiamento público de campanha como princípio, entende-se, de moralização da política. O homem fartamente financiado por empreiteiras para correr o mundo “em defesa dos interesses nacionais” — e, claro! nesse caso, não vê mal nenhum! — tenta nos convencer de que a mãe de toda corrupção é o financiamento privado — e legal!!! — de campanha, o que é mesmo um piada.

O problema, desde sempre, é o financiamento ilegal, não é mesmo? De campanhas e de eleitos, prática que não pode ser punida por uma Justiça Eleitoral que não tem lá tantos instrumentos. 

Alguém pode explicar, com base na lógica, por que o financiamento público impediria o caixa dois?  

Ninguém consegue. Quando se proibirem formalmente as doações privadas, haverá, isto sim, é uma explosão de financiamentos ilegais porque alguns que hoje contribuem dentro da lei vão migrar para a clandestinidade. E, evidente, os cofres públicos serão sangrados um pouco mais.

Entre repasses do fundo partidário e as compensações fiscais para os veículos de radiodifusão tanto para o horário político como para o horário eleitoral, o estado brasileiro já gasta algo que roça aí no meio bilhão de reais a cada ano. Assim, já existe financiamento público — não na dimensão pretendida pelo Apedeuta.

Mais: é claro que ele não faria uma proposta dessas naqueles tempos em que o PT tinha oito deputados. Hoje, é o maior partido da Câmara, e a divisão do dinheiro destinado à eleição teria de obedecer a algum critério. O tamanho da bancada já regula a distribuição do tempo de TV e do fundo partidário. Certamente seria quesito fundamental também na repartição da verba destinada à eleição. Agora que o PT chegou lá, quer mudar as leis para… não sair mais de lá.

Imaginemos uma lei que funcionasse à perfeição, só com financiamento público: com mais dinheiro, o PT teria melhores condições de enfrentar as outras legendas, e isso faria com que tivesse mais condições de permanecer como maior legenda; uma vez sendo a maior, terá mais verba… E estaria criado o círculo vicioso do poder eterno… 

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