Enquanto a "BASE AJOELHADA" atende às vontades do Executivo, a oposição obedece o que está escrito na Constituição e tenta pedir a verificação de quórum, podendo ingressar no STF com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIn) sobre a aprovação do Orçamento de 2013.
O Orçamento ainda não havia sido aprovado porque os presidentes da Câmara e do Senado entenderam que não poderia ser votado enquanto os mais de 3.000 vetos engavetados fossem votados pelo Congresso.
Para quê tanto esforço? Todos os anos o Poder Executivo acaba fazendo o que quer com o orçamento e manda às favas o trabalho do Congresso e a Constituição. A análise do Orçamento pelo Poder Legislativo nada vale no "Reino do Faz de Conta" do Palácio do Planalto.
O que preocupava Dilma, na verdade, era a possibilidade de que fossem colocados em votação os vetos aos projetos já aprovados no Congresso, entre os quais estão o Código Florestal, aumento real aos aposentados, vetos à Emenda 29, a PEC 300 e outros temas polêmicos, assim como havia vetado a desoneração da Cesta Básica, mas teve que voltar atrás porque perdeu o controle da inflação e deve ter sido aconselhada a rever a sua decisão para tentar segurar os preços que já estão disparando.
Como Dilma sempre age com atraso, não tem a mínima visão de futuro e fez o brasileiro perder por seis meses os possíveis benefícios da desoneração proposta pelos tucanos, dessa vez parece que nem adiantou correr atrás do prejuízo.
Leia o que informa o blog do senador Álvaro Dias, e que não é segredo nem para o mais simples dos brasileiros que sente no bolso o peso do dragão da inflação:
Alguns dias depois da presidente Dilma anunciar a desoneração dos produtos da cesta básica, e de prometer redução de preços em itens alimentícios e de consumo, levantamento realizado pelo jornal Folha de S.Paulo em lojas de cinco redes diferentes revela que mais itens tiveram aumento de preço do que redução.
Pelo levantamento de 125 preços de 25 itens da cesta, apenas 7 caíram, enquanto 12 subiram. Segundo a Folha, entre os itens que encareceram estão até mesmo a carne, que, segundo a associação de supermercados, deveria já hoje apresentar a maior redução – da ordem de 6%. Dos itens que baratearam, no entanto, apenas dois foram beneficiados pela medida do governo: creme dental e leite em pó. Os outros cinco já eram desonerados: tomate, cebola, arroz e batata.
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