O Vaticano veio a público, na figura do porta-voz, Federico Lombardi, para negar que o agora papa Francisco tenha mantido qualquer relação especial com a ditadura argentina. Disse o óbvio e o que está documentado: ao contrário, ele atuou para proteger pessoas que haviam sido presas pelo regime.
Lombardi afirmou que a campanha difamatória é antiga e que sua origem anticlerical é conhecida. A acusação contra o agora papa está no livro “O Silencio”, de jornalista Horacio Verbitsky. Quando provincial da Ordem dos Jesuítas, na Argentina, Jorge Bergoglio teria sido omisso no caso da prisão dos jesuítas Franz Jalics e Orlando Yorio, quem sabe até contribuído.
Yorio está
morto. Jalics, que mora na Alemanha, se encontra em retiro espiritual
na Hungria, sua terra natal, mas a Ordem dos Jesuítas em Munique
divulgou uma nota afirmando que ele e o então cardeal Bergoglio já se
encontraram há dez anos, em Buenos Aires, celebraram missa juntos e se
abraçaram calorosamente.
Acabou a palhaçada! Ou melhor: continuam as
diatribes do palhaço.
E o
palhaço é Horacio Verbitsky, hoje um kirchnerista fanático.
Na década de
70, ele foi terrorista do grupo Montoneros. Seu nome aparece ligado ao
sequestro que rendeu o maior resgate da história: o dos irmãos Born
(Jorge e Juan). Verbitsky, que admite candidamente que pegou em armas,
teria ajudado a desviar os US$ 60 milhões para Cuba.
Hoje, este
senhor é um assessor informal de Cristina Kirchner. Na verdade, é,
assim, um seu Rasputin. Só que, em vez de soprar verdades do além os
ouvidos da monarca, cochicha-lhe delírios ideológicos. Ele contribui
para fazer desta senhora uma candidata a nova líder da esquerda
latino-americana, o que é piada.
FOI DA ARGENTINA QUE PARTIU A CAMPANHA
DE DIFAMAÇÃO CONTRA O NOVO PAPA.
Os kirchneristas são ainda mais
organizados e violentos na rede do que os petistas. Há até um livro
sobre a atuação dessa tropa de choque. Chama-se “Aguanten los K”, do
jornalista Carlos M. Reymund Roberts. Já escrevi a respeito aqui. Os “K”
na Argentina são os equivalentes dos petralhas no Brasil.
Verbitsky,
que é considerado o mentor da escalada de Cristina contra a imprensa,
declarou o seguinte ao jornal italiano La Repubblica: “Não
há provas terríveis contra ele, mas os jesuítas com os quais eu
conversei me contam que houve uma operação de limpeza da Companhia de
Jesus contra os que se opunham aos militares e queriam denuncias as
violações dos direitos humanos”.
É o
arreglo do miserável. Acima, vai a confissão de que este senhor é um
difamador, um vagabundo moral. “Provas” não são nem “terríveis” nem
“pouco terríveis”. Ou são provas ou não são. Ainda que Bergoglio, então
Provincial dos Jesuítas, houvesse transferido para outros países
eventuais religiosos de esquerda ou críticos do regime, tal decisão não
faria dele um delator ou algo assim. Mas nem isso está demonstrado.
Verbitsky é
um difamador, hoje muitíssimo bem-remunerado pelo regime. É presidente
de uma organização que defende os direitos das vítimss da chamada
“Guerra Suja” na Argentina. Até aí, tudo bem! O problema é que usa a
brutalidade do regime militar para endossar as violências institucionais
de dona Cristina.
Insisto:
até agora, a esmagadora maioria dos veículos de comunicação, inclusive
no Brasil, omite de forma deliberada o passado do terrorista e o
presente do justificador do autoritarismo.
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