domingo, 21 de abril de 2013

GUERRA ENTRE FANÁTICOS? ESTOU FORA

CULTOS EVANGÉLICOS SEMPRE FORAM ASSIM, POR QUE SÓ AGORA O ESPANTO? 
SERIA PARA PROMOVER UM CONFRONTO ENTRE CRISTÃOS?

Mais um vídeo com uma pregação do Pastor Marco Feliciano num culto está causando rebuliço. 
O vídeo está circulando na rede, mas o que deveria ser levado em conta é que Feliciano não fala como deputado nem como presidente de uma Comissão importante da Câmara. Fala como pastor, assim como milhares deles costumam falar nesse tom sobre outras religiões em seus cultos. 

Já presenciei esse tipo de sermão inúmeras vezes e não me ofendi, pois, em seu meio, pastores e fieis têm o direito de dizer o que bem entenderem. Se seus seguidores não se importam com esse tipo de abordagem, não seria eu, como visitante, que teria o direito de querer mudar o que é normal entre eles.
O vídeo abaixo está circulando na rede. O pastor — não o deputado — Marco Feliciano, num culto, realmente agride a Igreja Católica. Depois de afirmar que conhece “o Deus de Paulo” — numa referência ao apóstolo —, chama o catolicismo de “religião morta e fajuta”. Supõe-se, claro, que a “sua” igreja seja “viva e verdadeira”.

O vídeo circula freneticamente por aí e provoca indignação.


Escrevo sobre esse fato porque sou uma defensora ao extremo da liberdade de expressão, mesmo que discorde completamente do que o outro diz. É o caso de Feliciano, de quem discordo politicamente, teologicamente, moralmente, principalmente quando faz campanha para o PT e convence seu rebanho a votar em pessoas como Lula ou Dilma.

Há pastores, entretanto, que não acham necessário esculhambar a religião dos outros como se fossem adversários, não são, trata-se do direito de escolha. Quando a militância que diz defender a causa gay (não significa que todos os gays sejam militantes engajados nesse tipo de movimento caça-votos) fez chacota dos santos da Igreja Católica numa das marchas na capital paulista, foi o pastor Silas Malafaia o primeiro, talvez o único, a reagir em defesa da instituição.
Reproduzo, assim como grandes jornalistas têm feito nesses dias em que o confronto de ideias está à flor da pele, as palavras do economista Walter Williams em entrevista à VEJA

“É fácil defender a liberdade de expressão quando as pessoas estão dizendo coisas que julgamos positivas e sensatas, mas nosso compromisso com a liberdade de expressão só é realmente posto à prova quando diante de pessoas que dizem coisas que consideramos absolutamente repulsivas”.
Isso implica, portanto, que a propagação de tal vídeo só tem um objetivo, além do eleitoral, é claro. É evidente a intenção de dividir para enfraquecer todos os grupos de pessoas que, porventura, possam se engajar em algum movimento que venha a se tornar um obstáculo aos projetos em andamento, como a liberação do aborto e do consumo de drogas.

Eu não vou aderir a essa pauta de promover guerra de gays e católicos contra evangélicos, isso seria uma atitude irresponsável de quem embarca em canoa furada sem se dar conta dos riscos que está correndo. Ou do estrago que pode provocar quem resolver entrar numa guerra insana que beira ao fanatismo, no caso, religioso e político. 

NÃO PODEMOS IGNORAR QUE O FANATISMO MATA.

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