quinta-feira, 4 de abril de 2013

NÃO FOI ACIDENTE



O MASCATE

É
 impressionante o quanto o povo da Pocilga é solidário quando se trata de fazer de conta que ajuda alguém.
Ficar enviando roupa velha para desabrigado de chuva é o mais cômodo modo de mudar o nada.

Faz mais de ano que tem uma campanha na rede para angariar um milhão e meio de assinaturas com a intenção de mudanças mais radicais no código de trânsito. Coisa do tipo, penas mais pesadas para os cretinos que enchem o fucinho de cachaça e saem dirigindo e provocando mortes de inocentes.

Um milhão e meio de assinaturas é coisa para se conseguir em um dia. Afinal, nos paredões do BBB, a Rede Globo fatura pesado em cima de trinta, quarenta milhões de votos, sejam por telefone, ou via internet.

É muito interessante ver como o Brasuca médio, aquele que passa boa parte do horário nobre de cara colada na TV sendo alienado por novelas ou programas de gosto duvidoso não é solidário.

Mais de um ano de campanha e nem chegaram a um milhão de votos. E muita gente que não votou fica no Twitter, ou no Feicebuqui querendo derrubar o governo e metendo o pau nos políticos.

Falta engajamento cultural. Muita gente não votou porque na hora que está na página do "Não foi acidente" e tenta votar, percebe que tem que ter o título de eleitor em mãos. E levantar da cadeira e ir buscar o título da um trabalhão danado, então, o civilizado cidadão, sai da página e vai brincar de protestar no Feicebuque.

A lei da ficha limpa também se arrastou por um longo período até que chegasse ao número de assinaturas necessárias para que virasse projeto popular e fosse parar no congresso. 
Deu no que deu, muito picareta não poderá mais sair candidato, uma limpeza mínima, mas, um enorme começo pela moralização da política Tupiniquim. Pena que ficou só nisso.

Agora, no Não foi acidente, tem muita gente que não quer punições maiores e mais pesadas para crimes de trânsito, justamente por ainda manter a cultura de beber e dirigir, um hábito que está no DNA do povo da Pocilga. É a mesma coisa do espertão que passa por uma blitz da polícia e sai pelas redes sociais mandando mensagens para os amigos avisando que em tal lugar está acontecendo uma Blitz.
Resultado, todos os que estão em situação irregular evitam aquele caminho, sejam simples bêbados ou ladrões de veículos e sequestradores relâmpago. 

Essa odiosa esperteza do povo não passa de uma puta patetice, fazem de tudo para tapear a polícia e infringir as leis batendo no peito sua malandragem. Mas na hora que o bicho pega, são os primeiros a pedir socorro para a mesma polícia que até algumas horas atrás tentavam fazer de trouxa. 

Vejo o esforço de uma parte dos Faicebuqueiros em bater sem parar no Deputado Pastor presidente da comissão dos direitos dusmanos, Marcos Feliciano, um modismo momentâneo e pouco eficiente, mas bovinamente e politicamente correto, o revolta do cidadão quer por que quer que o pastor seja defenestrado do cargo, uma vez que ele afrontou os coitadinhos dos homossexuais. E com coisas mais sérias do tipo do Não foi acidente, os "cidadãos" não participam.
Neste Brasil, não dá para levarmos as redes sociais a sério, tudo não passa de nada e o vazio nas propostas de momento são tão inúteis que chegam a ser dignas de um tratado sobre psiquiatria.

Eu passei algumas semanas no Twitter postando TODOS os dias na time line a página do Não foi acidente junto com o link, naquelas semanas chegou a quinhentas mil assinaturas, e de lá para cá o movimento só fez se arrastar, pois o politicamente correto na cabeça de bagre de parcela da população é fazer movimentos bobinhos contra assuntos polêmicos mas, que estejam dando "ibope", e que de nada mudam a nossas vidas. 
E coisas realmente importantes são relegadas a segundo plano, ou simplesmente e convenientemente esquecidas.

E eu volto a cantar...
EHHH Ô Ô...VIDA DE GADO...

Ou, para quem quiser assinar, AQUI.

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