Para Dilma, o importante é que os votos do Nordeste não sequem
Ontem, Dilma Rousseff anunciou um pacote de maldades para o Nordeste. Nenhuma medida estruturante. Nada que faça mudar o panorama da região para a próxima seca. Mais bolsas, mais perdão de dívidas, mais carros pipa.
Para os prefeitos, mais patrolas e retroescavadeiras que, neste momento, são de maior serventia para enterrar o gado morto e para fazer estradinha por onde passam os eleitores.
A presidente anunciou um pacote de R$ 9 bilhões para 10 milhões de nordestinos. Uma média per capita de R$ 900. Chama a atenção que, entre os benefícios que se agregam à Bolsa Família, cujo maior benefício é de R$ 306 mensais, existe a Garantia Safra, que paga até R$ 155 mensais por família de agricultor que perdeu a plantação. E mais a Bolsa Estiagem, que oferece outros R$ 80 mensais por família afetada. Uma família pode receber até R$ 541 mensais em meio a pior seca dos últimos 40 anos. Santa Dilma!
Eduardo Campos, governador de Pernambuco, pediu isenção de impostos sobre a água que não existe. Dilma ficou de estudar. Para completar, as obras emergenciais e superficiais serão feitas através do Regime Diferenciado de Contratação (RDC).
Um pacote completo, pois inclui a velha e boa corrupção que eterniza a miseria do sertão.
Para Dilma, o importante não é resolver a seca do semi-árido.
O importante é regar os votos para 2014. Estes sim, não podem secar.
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