sexta-feira, 31 de maio de 2013

IDEOLOGIA DA MORTE ESTIMULA A VIOLÊNCIA PARA ACABAR COM O DIREITO À PROPRIEDADE

Índio morre em reintegração de posse de fazenda invadida. Os culpados morais ao menos são os padres de tacape, a Funai e o Ministério da Justiça. A PF só cumpriu sua obrigação legal

Por Reinaldo Azevedo
Já narrei em dois posts (aqui e aqui) as barbaridades em curso no Mato Grosso do Sul. A Funai se tornou um poder soberano no Brasil para extinguir, quando lhe dá na telha, a propriedade privada no campo. 
O caso da fazenda Buriti, na cidade de Sidrolândia, é emblemático. A família tem o título de propriedade, devidamente registrado, legalizado, jamais questionado, desde… 1927! De novo: a família Bacha (o atual proprietário é Ricardo) é dona da terra há… 86 anos.
Ocorre que, em 2010, um Poder Soberano chamado Funai decretou: a área em que está a terra pertence aos índios terenas. Pelas regras em vigor — em grande medida, a questão ficará nas mãos de Luís Roberto Barroso, futuro ministro do STF (explicarei em outro post por quê) —, a Funai amplia a área de uma reserva quando lhe dá na veneta. E as propriedades, cidades, vilas etc. que estiverem na área que se danem. Não é problema da fundação. 
Muito bem! Os terenas invadiram a fazenda Buriti abusando da violência, com o uso de armas. 
No apoio moral — é preciso ver se logístico também —, estavam a própria Funai e o Cimi (Conselho Indigenista Missionário). Para variar, há padre rezando em altares não muito pios… Ricardo Bacha conseguiu uma primeira liminar de reintegração de posse. Foi suspensa porque se apostou em uma negociação. Não aconteceu. Conseguiu uma segunda. A Polícia Federal teve de executar a ordem. 
Os índios estavam armados. Atiraram contra a PF. Houve reação. Um índio morreu.
E agora? Sim, matou o índio quem atirou, não há dúvida. Tudo indica que isso aconteceu enquanto os policiais se defendiam. Será preciso apurar direito o caso. 
Os responsáveis morais, no entanto, por esse desfecho são a Funai, o Cimi e, é preciso deixar claro, o Ministério da Justiça, cujo titular é José Eduardo Cardozo, o Garboso, que, até agora, não moveu uma palha para conter os arroubos da Funai, cuja titular é Marta Maria do Amaral Azevedo, uma, por assim dizer, fanática da causa indígena, pouco se importando com as consequências. É ex-mulher de Paulo Maldos, secretário nacional de Articulação Social da Secretaria-Geral da Presidência da República. Já contei aqui quem é ele. Esse operador de Gilberto Carvalho é um dos esteios da radicalização da “luta dos índios contra o agronegócio”. 
Ainda ontem, ao escrever sobre o crescimento pífio da economia do primeiro trimestre do ano na comparação com o trimestre anterior (só 0,6%), lembrei que a agropecuária, que cresceu mais de 9%, livrou o país do desastre, embora seja o setor da economia mais perseguido pela banda extremista do PT.
Digamos que a questão já estivesse realmente definida e que a área fosse, finalmente, definida como indígena. A questão se resolverá com a invasão, estimulada por padres de tacape e apoiada, na prática, pela Funai? Nada disso! Os atuais proprietários teriam de ser devidamente indenizados. Mais: se a Funai acha que os índios brasileiros — pouco mais dos 300 mil que moram em reservas já dispõem  de 13% do território brasileiro) — têm de ter mais terra, que o governo se organize, então, e compre as propriedades. O que não é possível é usar a caneta para ampliar supostas áreas indígenas da noite para o dia.
Mais: essas demarcações, já está demonstrado, são escandalosamente fraudulentas. O caso do Paraná é impressionante. A Funai indicou 15 áreas para a demarcação. Estudo da Embrapa comprova a fraude dos laudos antropológicos. Em nenhuma delas — NENHUMA! — ficou evidenciada a presença de índios. Os mais antigos, pasmem!, chegaram a uma das áreas em 2007. Em cinco delas, só começaram a aparecer indígenas… no ano passado!!!
“Ah, mas tudo era dos índios”… Tá, eu sei. Então mandem desapropriar também o Palácio do Planalto, o Palácio da Alvorada, o Congresso Nacional, o Palácio da Justiça… Vamos entregar tudo e renunciar a 513 anos de história. A Casa Civil está empenhada em envolver mais áreas da administração no processo de demarcação de áreas indígenas, já que esse não é um problema só dos índios, mas de todos os brasileiros.
Os 13% do território brasileiro que estão à disposição dos índios são pouca coisa? Os que habitam essas áreas vivem como? São comunidades autossustentáveis ou dependem da caridade oficial? Como é, de verdade, a vida da esmagadora maioria dos índios das reservas? Eles trabalham, exercem alguma atividade produtiva? Dedicam-se, ao menos à caça e à pesca, chamando o trovão de Tupã e a Lua de Jacy? 
Como afirmou o líder de uma etnia que teve de deixar Raposa Serra do Sol, premido pela miséria, por que a Funai ainda acha que índio quer viver com a bunda de fora? Digamos que a fazenda Buriti e a área de 20 outros municípios da região se tornem reserva. O que acontecerá com a produção de alimentos? Será mantida? A experiência indica que não. Por isso, a questão não pode ficar restrita à Funai. É preciso, quando menos, envolver no debate os Ministérios da Agricultura e das Cidades.
Agora vai começar a gritaria e a retórica do martírio. Abaixo, há um vídeo que está na Internet, produzido por algum “amigo dos índios”. Ali, um cacique faz a sua narrativa e coisa e tal. 
Estava na cara que esse negócio terminaria mal. E pode ficar ainda pior.

HISTÓRIA DE UM MÉDICO CUBANO

Sandro Vaia

O Dr. Gilberto Velazco nasceu em 1980 em Havana e recebeu seu diploma de médico em 15 de julho de 2005.

No depoimento que me deu por e-mail e por telefone, disse que a sua graduação foi antecipada em um ano depois de uma “formação crítica e gravemente ruim”, excessivamente teórica, feita através de livros desatualizados, velhos, rasgados, faltando páginas, além de “uma forte doutrinação política”.

No hospital onde fez residência havia apenas dois aparelhos de raio X para atender todas as ocorrências noturnas de Havana e não dispunha sequer de reagentes para exames de glicemia.

Pouco adiantava prescrever remédios para os pacientes porque a maioria deles não estava disponível nas farmácias.

A situação médica no país é tão precária que Cuba está vivendo atualmente uma epidemia inédita de cólera e dengue.

Em 2 de fevereiro de 2006 foi enviado à Bolívia numa Brigada Médica de 140 integrantes -14 grupos de 10 médicos cada - que iria socorrer vítimas de inundações que nunca chegou a ver.


No voo entre Cuba e a Bolívia conversou sobre assuntos médicos com o vizinho de poltrona e descobriu que ele não era médico, mas provavelmente oficial de inteligência cubana. Calcula que em cada 140 médicos 10 eram paramilitares.

Na Bolívia, onde lhe disseram que iria permanecer por 3 meses, ficou sabendo que deveria ficar no mínimo por 2 anos, recebendo 100 dólares de salário por mês e que a família receberia 50 dólares em Cuba - quantia que, segundo ele, nunca foi paga.

Viveu e trabalhou em Santa Cruz de la Sierra e em Porto Suarez, na fronteira com o Brasil.

Todos os componentes da Brigada recebiam um draconiano regulamento disciplinar de 12 páginas, dividido em 11 capítulos, que fixava desde horários e requisitos para permissões de saída até regras para relações amorosas com nativos e punia contatos com eventuais desertores.

Os médicos verdadeiros eram vigiados pelos falsos médicos que, segundo Gilberto, andavam com muito dinheiro e armas. Ainda assim, o Dr. Gilberto, em 29 de março de 2006, conseguiu pedir formalmente asilo político à Polícia Federal em Corumbá e foi enviado a São Paulo, onde ficou 11 meses.

Pediu à Polícia Federal a regularização de sua situação para poder fazer os Testes de Revalidação Médica exigidos pelo Conselho Federal de Medicina, mas o pedido de asilo foi negado.

Como o prazo de refúgio concedido pelo Conare - Comitê Nacional para os Refugiados - terminava em fevereiro de 2007, pediu asilo aos EUA no consulado de São Paulo, e em 2 de janeiro de 2007 viajou para Miami, Flórida, onde vive agora.

A família do Dr. Gilberto foi penalizada por sua deserção com 3 anos de proibição de viagem ao exterior, mas atualmente vive com ele na Flórida.

Ele trabalhou para uma empresa internacional de seguros de saúde, onde chegou a receber 50 mil dólares anuais, e atualmente está estudando para concluir os exames de revalidação de seu diploma médico nos EUA.

Sandro Vaia é jornalista. Foi repórter, redator e editor do Jornal da Tarde, diretor de Redação da revista Afinal, diretor de Informação da Agência Estado e diretor de Redação de “O Estado de S.Paulo”. É autor do livro “A Ilha Roubada”, (editora Barcarolla) sobre a blogueira cubana Yoani Sanchez.

INCOMPETÊNCIA DE DILMA FAZ O BRASIL DESPENCAR EM RANKING GLOBAL DE COMPETITIVIDADE

Na VEJA.com:

O Brasil perdeu espaço no cenário competitivo internacional e despencou cinco posições no Índice de Competitividade Mundial 2013, elaborado pelo International Institute for Management Development (IMD), uma das maiores escolas de negócios no mundo. O país passou para a 51ª posição, ante o 46º lugar ocupado no ranking do ano passado. Na liderança da lista estão os Estados Unidos, que recuperaram o posto — depois de perdê-lo, no ano passado, para Hong Kong — graças a uma melhora do setor financeiro e à inovação tecnológica. O segundo lugar ficou com a Suíça, e Hong Kong foi para teceiro.
“Estávamos esperando o Brasil numa posição bem melhor”, disse o diretor do IMD World Competitiveness Center, Stephane Garelli. Na sua visão, o grande problema do país é “muito consumo e pouca produção”, o que denota as falhas do modelo de crescimento adotado pela presidente Dilma Rousseff. 
Desde que a petista chegou ao poder, em 2011, o país despencou sete posições no ranking.
De acordo com o professor Carlos Arruda, da Fundação Dom Cabral, que coordena o levantamento no Brasil, um dos únicos pontos em que o país ganhou competitividade foi a atração de investimentos. No entanto, há o desafio de transformar estes recursos em produtos e serviços de maior valor agregado. É preciso também investir mais em infraestrutura, logística, mobilidade urbana, educação e cuidar da tão falada reforma tributária. Esses fatores minguam a competitividade do país. “O Brasil precisa ter um senso de direção e um bom plano de investimento e persegui-lo”, adisse Stephane Garelli, do IMD.
Entre os Brics, apenas a África do Sul está em pior colocação do que o Brasil, ao perder a 50ª posição do ano passado para ficar em 53º lugar neste ano. A China passou do 23º para o 21º lugar, e a Rússia foi do 48º para o 42º. A Índia caiu da 35º para a 40ª. As economias emergentes em geral continuam altamente dependentes da recuperação econômica mundial, que parece estar atrasada, de acordo com o IMD.
“É verdade, a competitividade da Europa está diminuindo, mas Suíça, Suécia, Alemanha e Noruega se destacam. A América Latina está decepcionando, mas há ótimas empresas internacionais em toda essa região. Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul são muito diferentes em relação às suas estratégias de competitividade e desempenho, mas os Brics continuam sendo terra de oportunidades”, afirmou Garelli.
Na Europa, Suíça, Suécia e Alemanha são consideradas as nações mais competitivas. O sucesso dessas economias se baseia na manufatura orientada para a exportação, na diversificação de produtos oferecidos ao comércio, no fortalecimento das pequenas e médias empresas e na disciplina fiscal. “Como no ano passado, o resto da Europa está pesadamente constrangido por programas de austeridade que atrasam a recuperação. Está em questão a eficiência desse modelo”, diz o IMD.
A pesquisa avalia as condições de competitividade de 60 países a partir da análise de dados estatísticos nacionais e internacionais e pesquisa de opinião com executivos.

IDEOLOGIA QUE MATA (guerrilheiros usavam estudantes e operários, agora usam os índios)

Na coluna de Claudio Humberto

Índios não querem mais apito, querem grana, e ameaçam incendiar Belo Monte


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Os índios decidiram nesta quinta-feira (30) que darão continuidade a invasão nos canteiros de obras de Belo Monte, desobedecendo, assim, o prazo estipulado pela Justiça Federal para que deixem o local. Desta forma, eles continuam em Vitória do Xingu, sudoeste do Pará. 
Os índios passaram a exigir "compensações financeiras" pela obra depois que ONGs estrangeiras iniciaram uma "campanha" para que eles fosse transformados em "sócios" do empreendimento. 
A liderança Munduruku garante que o grupo pretende incendiar caminhões e a sede do escritório do Sítio Belo Monte para protestar contra a obra. Por isso, homens da Força Nacional já foram enviados ao local. Segundo o consórcio construtor da usina, os índios apreenderam dois caminhões da empresa e encheram os veículos de papel e folha de bananeira. 
“Não tem muita coisa que possamos fazer. Isso é uma coisa de polícia, de justiça. Se eles atearem fogo, vão ter que responder à polícia”, explicou a assessoria da empresa. Além da Força Nacional, homens da Polícia Rodoviária Federal e da Rotam também estão no canteiro

Até ministro da Justiça ameaça PF por cumprir o dever de expulsar invasores

CampoGrandeNews.com.br
FotoÍNDIOS DETIDOS DURANTE O CONFRONTO CHEGAM À CARCERAGEM

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Até o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) se associou aos críticos da ação da Polícia Federal, nesta quinta-feira, e ameaçou os policiais com investigação de suposto "abuso de poder". 
A PF recebeu ordem da Justiça para assegurar a desocupação de uma fazenda invadida ilegalmente por índios terena em Sidrolândia, a 70 km de Campo Grande, e foram recebidos com violência. 
Após treze anos de questionamento, a Justiça concluiu que a área é particular e não pode ser objeto de cobiça dos índios. 
Os policiais insistiram em negociar uma desocupação pacífica, mas os invasores reagiram com violência, inclusive a tiros. As forças policiais usaram balas de borracha, mas um índio acabou atingido no abdôme por um tiro, e morreu. Quatro policiais ficaram feridos, um deles por um tiro de rapão na orelha. Duas armas artesanais e uma espingarda, de índios, foram apreendidas. As armas dos policiais serão periciadas também. 
O site de notícias Campo Grande News informou que um grupo de invasores fala em “justiça com as próprias mãos” e garante que um policial ou o fazendeiro Ricardo Bacha será morto para pagar pelo “assassinato do guerreiro Oziel”, referindo-se ao índio Oziel Gabriel, morto no confronto.

TRAGÉDIA ANUNCIADA E ORGANIZADA

Índios incitados pelo CIMI incendeiam fazenda invadida e prometem fazer o mesmo com Belo Monte. Um índio morreu atacando PF



Ontem, na reintegração de posse da Fazenda Buriti, em Sidrolândia, Mato Grosso do Sul, antes de serem retirados pela polícia, índios terena, incitados pelo Conselho Indigenista Missionário, o CIMI, órgão subordinado à Igreja Católica e por ela financiado, incendiaram a casa do proprietário. 

Posteriormente, entraram em confronto com a Polícia Federal, usando armas de fogo, segundo informações dos policiais envolvidos na operação. Há farta prova documental comprovando. O resultado foi que um "índio" de 35 anos, que não mora na aldeia próxima ao local, estudante de administração de empresas, que segundo a família estava no local para "ajudar" na resistência, foi atingido por um disparo e morreu.  

Longe dali, em Belo Monte, os índios voltaram a invadir o canteiro de obras. Ontem, ameaçavam a mesma coisa: incendiar o canteiro de obras, assim como fizeram na Fazenda Buritis. A mão que carrega a tocha e que organiza as tragédias se chama Conselho Indigenista Missionário - CIMI. Repito: um órgão da Igreja Católica, financiado pela Igreja Católica, subordinado à Igreja Católica.Que Deus perdoe a omissão da CNBB, a cumplicidade dos bispos da região e o próprio Papa Francisco. 

São eles, em última análise, que deveriam pregar a não violência. 
São eles, em última análise, que estão botando fogo no Campo brasileiro.


quinta-feira, 30 de maio de 2013

PARCIALIDADE QUASE GENERALIZADA

Parabenizo, como sempre, a combatividade do senador Álvaro Dias na defesa das instituições, da liberdade e das questões mais importantes para o país.

Sua fala, tanto no plenário quanto nos noticiários, merece aplausos e estou certa que o cidadão bem informado está muito satisfeito com sua atuação.

Entretanto, a maioria da população não entende o que está acontecendo em relação aos diversos temas abordados pelo Senador em suas entrevistas.

O tom dos noticiários indica que o "governo se esforça" contra malvados que querem sabotar as iniciativas de Dilma, como no caso da redução da conta de luz, por exemplo. A pauta sempre atende aos interesses do governo petista, mesmo quando se trata de alguma notícia ruim. 

O Congresso, por outro lado, é sempre mostrado como o vilão da "estorinha" criada pelos marqueteiros do PT. E, diante de qualquer tentativa do Congresso de não se submeter de joelhos às vontades da presidência da República, os parlamentares são imediatamente rotulados como chantagistas ou picaretas que são contra as boas intenções da presidente, portanto, contra o Brasil.

Creio que seja necessário ensinar o beabá, explicar passo a passo nas redes de TV sobre todas as questões que envolvem governo e oposição, senão o desgoverno ganha de goleada.

Abaixo, um fato que precisa ser muito bem esclarecido:

“Senado não pode abrir mão de ser Casa revisora”

“A postura em relação a medidas provisórias não pode ser seletiva, mas comportamental”, disse hoje o senador Alvaro Dias(PSDB/PR), em entrevista no Senado, sobre as reclamações da base aliada, que usou várias manobras para tentar votar uma das MPs que chegaram da Câmara fora do prazo de sete dias imposto pelo presidente do Senado, senador Renan Calheiros(PMDB/AL). 

Segundo Alvaro Dias, que elogiou a devolução das MPs, o Senado Federal não pode abrir mão do papel constitucional de ser a Casa revisora. “Se houver exceções, é melhor mudar a forma de o Congresso legislar e passar para o sistema unicameral”, disse.

(Postado por Cristiane Salles-assessoria de imprensa do senador Álvaro Dias)

A IMPARCIALIDADE DA ENTREVISTADORA...



Marília Gabriela , em seu programa, reagiu com indignação às respostas do seu entrevistado Amado Batista, quando este comparou a tortura que sofreu durante a ditadura militar a um "castigo de criança", e disse que deu motivos para ser castigado quando se aliou a pessoas que estavam contra o governo vigente  "querendo tomar o país à força, com armas nas mãos". 

Marília reagiu: "Você está louco, Amado? Você saiu perdido, sofreu tortura física...". 

Ele reafirmou: "mas eu estava errado. Eu estava acobertando talvez pessoas que estavam querendo tomar esse País à força". 

Pois é ...aqui, ou se fala o que se espera seja dito...ou se é taxado de louco em pleno ar. Respeitar o contraditório...nem pensar! 

Será que a mídia vai agora mantê-lo na "geladeira profissional" como fizeram , há décadas atrás, com o Wilson Simonal, acabando de vez com a carreira dele?

Carta de Mara Montezuma Assaf enviada aos jornais

FRACASSO ECONÔMICO DO PT CHEGA AO BOLSO DO ELEITOR

Post do Coturno

A frase lapidar sobre a política econômica do governo petista é: o consumo das famílias estagnou. Ou seja, os erros na condução da economia chegaram na mesa, no carro, na carteira do eleitor. Vejam como foi a cobertura jornalística sobre o fato:

No mercado, porém, as visões são bem mais pessimistas e as previsões para o crescimento em 2013, que já vinha caindo, ficaram ainda piores."O país está indo mal. Nesse ritmo, o governo Dilma chegará a 2,5% no fim do ano, abaixo do potencial do país, que é de 3%, sem turbulência", comentou o economista Simão Silber, professor da Universidade de São Paulo (USP). Para ele, além da alta da inflação, que fez estagnar o consumo das famílias, o PIB abaixo das expectativas é reflexo da desconfiança dos investidores em relação à postura intervencionista do governo na economia
(Correio Braziliense)

Quando se dava como certo um resultado capaz de mostrar que o pior havia passado, o último motor da economia do país rateou. Depois de carregar praticamente sozinho o crescimento do Produto Interno Bruto no último ano, o consumo das famílias ficou estagnado no trimestre passado. 

O crescimento captado pelo IBGE foi de exato 0,1%. 

Trata-se, de longe, da menor taxa em um ano e meio, ou seja, desde que o governo Dilma Rousseff deixou o combate à inflação em segundo plano e editou sucessivos pacotes de alívio tributário e estímulo ao crédito. 
A própria inflação, no entanto, agora é a principal suspeita de tirar o apetite dos consumidores, em especial devido à escalada recente dos preços dos alimentos. Outras hipóteses levantadas são a alta do endividamento e a retirada gradual de incentivos oficiais, como no caso da tributação de móveis e eletrodomésticos. Qualquer que seja a explicação, os números divulgados ontem mostram que tanto o governo quanto os analistas de mercado subestimaram mais uma vez a letargia na qual mergulhou a economia brasileira.
(Folha de São Paulo)

O bom resultado da agropecuária no início deste ano ocorreu por conta da safra. Isso impulsionou os investimentos. O destaque ficou por conta dos investimentos em transportes, como caminhões. Por outro lado, o consumo das famílias, que vinha crescendo a uma média trimestral de 1,17% desde 2009, avançou 0,1% neste primeiro trimestre. Ou seja, estacionou. Não é razoável pensar que o consumo vai continuar crescendo de forma indefinida. As famílias já fizeram sua parte e estão endividadas.
(O Globo)

CEF e o Bolsa Família

Moral da fábula dilmo-petista: os inocentes eram culpados, mas os culpados são inocentes

Por Reinaldo Azevedo
O ridículo, no caso que envolve a Caixa Econômica Federal e a bagunça gerada pelo pagamento dos benefícios do Bolsa Família, parece não ter fim. Nesta quarta, a presidente Dilma Rousseff, imaginem vocês!, emitiu uma nota oficial para afirmar que nada muda na direção da instituição financeira e que a “a diretoria é formada por técnicos íntegros e comprometidos com as diretrizes da CEF, com seus clientes e com os beneficiários de programas tão importantes para o Brasil, como o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida”.
Ah, bom, se é assim…
Façamos, pois, uma síntese da história, à qual Dilma, finalmente, empresta, então, uma moral. E a moral da história é a seguinte: quando não se conhecia a origem da confusão, a ministra Maria do Rosário (Direitos Humanos) houve por bem culpar a oposição, com aquela clarividência que, a gente nota, ela traz, de hábito, estampada na testa. Já o ministro José Eduardo Cardozo, o Garboso, e a presidente Dilma preferiram apontar uma conspirata. 
Para a governanta, o responsável, além de “desumano”, era também “criminoso”.
Muito bem! Agora já se sabe — embora seja frenética a busca de um bode expiatório — que foi a própria CEF a responsável pela confusão. Menos do que o boato do fim do benefício, o que pegou mesmo foi a informação — e se tratava de um fato parcialmente verdadeiro — de que havia um “dinheiro a mais” na conta… E havia: a antecipação do pagamento de maio.
Com a informação em mãos — apurada pela imprensa (reportagem da Folha), não pelo governo ou pela própria CEF —, os “desumanos” e “criminosos” de antes viram heróis. 
E não pode haver, convenham, melhor síntese do petismo do que essa. Esse episódio, já que tem uma moral da história, assume mesmo o tom de uma fábula — do subgênero perverso. E sua síntese é esta: “Os inocentes, se nossos inimigos, são criminosos; os culpados, se nossos aliados, são virtuosos”. Ou ainda: “Os adversários são sempre culpados, mesmo quando inocentes; os aliados são sempre inocentes, mesmo quando culpados”.
Quem estranha? Voltemos ao caso do mensalão e dos mensaleiros, que estão por aí, para escândalo do bom senso, atacando o Supremo Tribunal Federal. A impressão que se tem é que o país não foi vítima do maior escândalo da história republicana; os protagonistas dos atos criminosos é que teriam sido vítimas, coitados!, de um tribunal de exceção. Se bem que, convenham, a coisa faz sentido: aqueles que, no fundo, odeiam o processo democrático acabam se sentindo perseguidos por suas regras e por suas leis. É um vexame!

Para caluniar a oposição, todos se manifestaram. Quando a VERDADE aparece, todos fogem

O governo federal se negou a divulgar informações detalhadas sobre o pagamento adiantado do Bolsa Família, que pode ter originado os boatos sobre o fim do programa e a corrida aos caixas eletrônicos da Caixa Econômica Federal no dia 18 passado.

Questionados pela Folha em relação a pontos ainda obscuros do episódio, tanto o banco como o Ministério do Desenvolvimento Social afirmaram que não responderiam as perguntas.

Foram requisitados os documentos internos que oficializaram a liberação, tanto no dia 17 (sexta-feira) quanto, se houver, no dia 18 (sábado). A Folha pediu ainda nome e cargo das pessoas que tomaram a decisão, assim como quem foi informado dela.

Segundo o governo, essa decisão, apesar de envolver a disponibilização de R$ 2 bilhões e a alteração do principal programa social do país, foi tomada de maneira independente por um grupo de técnicos, sem conhecimento da cúpula dos órgãos. Não foi informada ainda, apesar de pedida, a norma que possibilita a esses funcionários ter essa autonomia.

Para essa e as outras perguntas, o banco respondeu, por meio de sua assessoria de comunicação: "A Caixa informa que o posicionamento do banco foi realizado durante entrevista coletiva e por meio de nota de imprensa". O ministério foi em linha similar, ao dizer que as "questões já foram esclarecidas na [entrevista] coletiva do presidente da Caixa".

(Folha de São Paulo)

QUEM CONTRATARIA UMA PÉSSIMA GERENTE? O ELEITOR BRASILEIRO FEZ ISSO COM O VOTO

As manobras contábeis feitas pelo governo no apagar das luzes de 2012 para garantir o cumprimento da meta de superavit primário do ano passado receberam ontem duras críticas oficiais. O TCU (Tribunal de Contas da União) considerou a chamada "contabilidade criativa", por unanimidade, um dos principais problemas das contas do segundo ano do governo Dilma Rousseff --que foram aprovadas com um total de 22 ressalvas.

A criação de receitas "atípicas", conforme o tribunal, já havia danificado a credibilidade da política fiscal junto a agentes do mercado. O superavit primário, que é a economia para pagar juros da dívida pública, é o indicador oficial básico para aferir a situação fiscal do governo. Para o ministro-relator do processo, José Jorge, as manobras podem "fulminar" a utilidade do indicador.

Nos últimos três dias de 2012, a equipe econômica do governo promoveu uma série de operações triangulares, consideradas "atípicas" pelo TCU, envolvendo a Caixa Econômica Federal, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e o Fundo Soberano Brasileiro --uma espécie de poupança criada em 2008 voltada para bancar projetos estratégicos do país. Ao todo, R$ 22,4 bilhões foram levantados de forma "extraordinária e atípica".

O TCU não afirma que as manobras foram ilegais, mas o relator foi assertivo ao dizer que o governo teve a intenção deliberada de mascarar as contas públicas. "Não sei se é maquiagem, porque a maquiagem, pelo menos nas mulheres, é sempre feito para melhorar", disse, em entrevista após a apresentação de seu relatório. Já neste ano, nos primeiros quatro meses o superavit primário caiu 40% na comparação com o mesmo período do ano passado, para R$ 26,9 bilhões, impactado pelo aumento das despesas.

(Folha de São Paulo)

COMO FUNCIONA O TERRORISMO ELEITORAL (ou não funciona, como no boato do Bolsa Família)

Tudo que é sólido desmancha no ar, por Ricardo Noblat

Na verdade, pouco de sólido havia na história inventada pela Caixa Econômica Federal, e avalizada pelo governo, sobre a corrida à caça do tesouro do Bolsa Família.

A corrida: nos dias 18 e 19 últimos, um milhão de clientes do Bolsa invadiram agências da Caixa e depredaram caixas eletrônicos em 13 Estados estimulados por boatos que garantiam o fim do programa ou o pagamento de uma parcela extra.


A Caixa disse que adiantou dinheiro no sábado 18 para pagar a multidão de aflitos, e assim controlar o tumulto. Essa mesma informação foi repetida pelo vice-presidente da Caixa em entrevista ao “Bom dia, Brasil” na segunda-feira, dia 20.

Mentira! A primeira.

Gênese da mentira: a Caixa descobrira que 692 mil famílias possuíam mais de um cadastro. Decidiu deixá-las com o mais antigo deles. Na sexta-feira 17, depositou na conta de todos os clientes do programa a mesada que deveria ser sacada a partir do dia seguinte.

Não avisou a ninguém.

O presidente da Caixa e o vice-presidente disseram que apenas na segunda-feira 20 ficaram sabendo do adiantamento do dinheiro feito no dia 17.

Quer dizer: a área técnica da Caixa adiantou o dinheiro sem avisá-los - e sem avisar aos bolsistas. E mesmo diante da corrida às agências nos dias 18 e 19 não os avisou sobre o que fizera.

Muito menos o presidente e o vice telefonaram no fim de semana para a área técnica da Caixa interessados em saber o que poderia ter provocado a confusão em 13 Estados.

Improvável que tenha sido assim.

O mais provável é que estejamos aí diante da segunda mentira.

Avancemos para a terceira: o presidente da Caixa confessou que escondeu do distinto público entre os dias 20 e 24 que o dinheiro do Bolsa fora depositado no dia 17 e não no dia 18. E que há cinco dias ele já sabia disso.

Procedera assim para se inteirar em detalhes sobre o que ocorrera. Sem pressa, naturalmente.

Menos. Menos. Bem menos!

Uma hora se reunião seria mais do que o suficiente para ele se inteirar sobre os detalhes da lambança promovida por seus subordinados.

Para que serviram, pois, os cinco dias de silêncio do presidente da Caixa?

Ora, para que a ministra dos Direitos Humanos atribuísse à oposição o boato sobre o fim do Bolsa Família; Dilma chamasse os autores do boato de “desumanos e criminosos”; o ministro da Justiça falasse que por trás de tudo havia uma “grande orquestração”; Lula debitasse o boato na conta de “gente do mal”; e Ruy Falcão, presidente do PT, tratasse o episódio como “terrorismo eleitoral”.

O ministro da Justiça afirmou peremptório: “Não tenho dúvidas de que foi cometido um crime. Ou mais de um crime”.

O período em que a oposição foi posta na berlinda e sob suspeição teria durado mais se a Folha de S. Paulo, na sexta-feira 24, não esbarrasse numa dona de casa da região metropolitana de Fortaleza. Ela disse que sacara o dinheiro do Bolsa na sexta-feira dia 17.

- Levei um susto. A Caixa nunca pagara antecipadamente. A notícia se espalhou. E deve ter sido isso que provocou toda aquela confusão.

Havia mais uma mentira a ser jogada na mesa pelo governo: o boato sobre o fim do Bolsa teria sido disseminado por uma agência de telemarketing do Rio de Janeiro.

Na mesma sexta-feira 24, a Polícia Federal espalhou a notícia sobre a agência de telemarketing. Anteontem, dia 28, a notícia começou a se desmanchar.

Conclusões?

Tire as suas.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

SUMIU UMA FINLÂNDIA

Mais de meio trilhão de reais em dívidas e gastos do governo está escondido nas contas públicas. É o resultado da tal “contabilidade criativa” — e o custo invisível pode até aumentar

Alexa Salomão, de EXAME

A presidente Dilma Rousseff e o ministro da Fazenda Guido MantegaEm suspenso: nem Dilma nem Mantega explicam para onde vai a política fiscal
Imagine um gastador contumaz que decide mudar de vida. A partir de agora, ele vai poupar boa parte do que ganha até equilibrar suas contas. Para facilitar seu esforço de austeridade, porém, ele prefere não contabilizar como dívida as prestações de um apartamento na praia. Por outro lado, resolve contar como poupança os futuros dividendos de ações que acaba de comprar. Ou seja, seu impulso de gastador continua lá — mas ele tenta se convencer de que sua situação não é tão ruim assim. De maneira simplificada, é isso que o governo tem feito para cumprir a meta do superávit primário, a economia de recursos para o pagamento de juros da dívida pública.

Desde 2009, parte das dívidas, dos gastos e das receitas não é registrada adequadamente. O mercado apelidou os subterfúgios de “contabilidade criativa”. A consultoria econômica Tendências calculou os valores envolvidos nas manobras e mostra que seria melhor chamar a estratégia de “contabilidade destrutiva”. Em quatro anos, 48 bilhões de reais em receitas futuras foram incluídos no cálculo do superávit. Ou seja, dinheiro que ainda não existe foi contado como recebido. Outros 63 bilhões, de recursos empregados no Programa de Aceleração do Crescimento, foram somados à economia. E ficaram de fora dívidas de 479 bilhões de reais — o equivalente ao PIB da Finlândia — em repasses do Tesouro Nacional a bancos públicos, em especial ao BNDES.

Somando o que não entrou na conta (mas deveria) e o que foi incluído (e não deveria), o governo inflou sua economia em 590 bilhões de reais de 2009 a 2012. No papel, as metas de superávit foram cumpridas. Na vida real, a história foi bem diferente. “O governo acredita que a contabilidade criativa é a saída para ter recursos, investir e fazer o país crescer”, diz Felipe Salto, economista da Tendências responsável pelo levantamento. “Mas ela não gera crescimento, prejudica a política fiscal, deteriora as contas públicas e coloca em descrédito as regras que deram credibilidade ao país.”

A dívida brasileira é o tema central da discussão. Muitos economistas que defendem o Estado como indutor do crescimento alegam que o governo agora pode poupar menos porque a dívida pública é baixa. “Não é verdade”, diz Mansueto Almeida, economista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. “Nossa dívida, além de cara, é alta para o atual padrão dos emergentes.”

Pelos critérios do Fundo Monetário Internacional, a dívida pública bruta do Brasil equivale a 69% do PIB — acima da de países como México (44%), Colômbia (33%), Peru (20%) e Chile (11%). A contabilidade criativa agrava o problema: cobre débitos de bilhões com o manto da invisibilidade. O quase meio trilhão de reais transferido do Tesouro para os bancos federais veio da emissão de títulos públicos. No futuro, o Brasil terá de resgatá-los e remunerar os investidores, pagando o juro prometido.
Frouxidão fiscal
Não há sinal de que o governo pretenda ser mais austero. Ao contrário. A recente saída de Nelson Barbosa da Secretaria Executiva do Ministério da Fazenda indica que a frouxidão fiscal pode aumentar. Barbosa não era um entusiasta das contas criativas. O defensor delas é Arno Augustin, o secretário do Tesouro. Com a saída de um, a posição do outro tende a se fortalecer. Augustin já reafirmou que a prioridade agora é gerar crescimento — e não economizar para pagar juro de dívida. Nem a presidente Dilma Rous­seff­ nem o ministro Guido Mantega, da Fazenda, explicaram como fica a política fiscal.
O governo discute a criação de uma banda de 0,9% a 3,1% do PIB para a meta do superávit. Até o fechamento desta reportagem, em 17 de maio, ainda não havia sido tomada uma decisão a respeito. A conta invisível, enquanto isso, continua aumentando. Pela estimativa da Tendências, os repasses do Tesouro a bancos públicos vão crescer 22% neste ano e chegar a 585 bilhões de reais. Uma Finlândia já sumiu das contas públicas brasileiras. E vem mais por aí.

DE PERTO, PIBINHO É AINDA PIOR DO QUE DE LONGE

Reinaldo Azevedo

Se, visto meio de longe, o PIB do primeiro trimestre é ruim, visto de perto, ele é muito pior. Comparado o primeiro trimestre deste ano com o último do ano passado, a expansão foi de apenas 0,6%. agropecuária, no entanto, cresceu 9,7%. Ainda que a base de comparação seja fraca porque 2012 não foi um ano especialmente bom, o resultado é excepcional e impede que o país vá para o buraco. Não obstante, não custa notar à margem, é o setor da economia que mais tem de se haver com os ditos “movimentos sociais” insuflados por Gilberto Carvalho, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência. Enquanto os agricultores e pecuaristas investem, uma parte do governo sabota. Mas voltemos ao leito.
A agropecuária continuará a crescer 10%, não importa o que aconteça com o resto do Brasil? É pouco provável. De todo modo, não é mera coincidência o fato de o setor que menos depende de “estímulos” e feitiçarias dos “çábios” — porque especialmente focado no mercado externo — ser o que mais avança. A indústria brasileira, apesar das desonerações de Guido Mantega, recuou 0,3%. Veja abaixo quadro com a síntese dos dados, publicado na Folha, com dados fornecidos pelo IBGE.
O ovo de Colombo do petismo era uma situação internacional favorável — o que acabou com o segundo movimento da grande crise —, que permitiu ancorar a economia no consumo. Isso deu os “çábios” — inclusive à grande “çábia”, quando gerentona do governo, a impressão de que estávamos no melhor dos mundos. Privatizações, estímulo ao investimento, reformas… Nada disso era necessário. O negócio era sair por aí batendo bumbo.
O modelo ancorado no consumo se esgotou. E agora? 
Agora? Eles não sabem bem o que fazer. 
A aceleração da inflação faz com que as pessoas comprem menos e usem menos serviços, setor que teve expansão modestíssima. Para atacar a inflação, forma-se o consenso de que é preciso elevar os juros. Mas elevar os juros faz com que a economia se desacelere ainda mais, e seu desempenho já é medíocre.
Vamos ver o que vem pela frente. O governo começa a ficar acuado. Em situações assim, os feiticeiros que se escondem nos porões dos palácios sempre pensam em encontrar algum bode expiatório. E a gente conhece a ligeireza dessa gente em inventar e apontar conspirações. Vejam o caso da Caixa Econômica Federal e a bagunça no pagamento do Bolsa Família.
(continua)

MINISTRA DO BOLSA FAMÍLIA VIAJA EM MEIO À CRISE

Por Laryssa Borges e Silvio Navarro, na VEJA.com:

Em meio à crise envolvendo o principal programa social do governo, a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, resolveu tirar férias. A última agenda da ministra que responde pelo Bolsa Família foi no dia 24 e, de acordo com o Diário Oficial da União, ela só retornará ao trabalho depois do feriado de Corpus Christi, na próxima segunda-feira. A autorização para a saída de Tereza Campello foi assinada pela presidente Dilma Rousseff no último dia 21 e publicada no Diário Oficial no dia seguinte, quando a confusão já estava instalada. Segundo o registro oficial, o motivo do afastamento é “a utilização de férias”.
Tereza Campello se manifestou sobre o caso no dia 20, durante o programa de rádio Bom Dia Ministro, da Presidência da República: “Desestabilizar o Bolsa Família não acredito que possa interessar a ninguém, acho lamentável o que aconteceu e a principal prejudicada foi a população. Esse assunto agora está nas mãos da Polícia Federal. Eu acho que o que a população pode fazer agora é entrar em suas redes sociais alertando que o Bolsa Família continua firme e forte, e o calendário está mantido”. No dia seguinte, afirmou que não houve “nenhuma alteração que justificasse” o pânico entre os beneficiários do programa.
Rumores sobre a suspensão dos pagamentos do Bolsa Família causaram correria, quebra-quebra e tumulto em casas lotéricas e agências da Caixa Econômica Federal em vários estados brasileiros no dia 18 maio. Beneficiários do programa lotaram os terminais de atendimento para tirar o dinheiro – 152 milhões de reais foram sacados em 900.000 operações.
Em seguida, teve início uma tentativa frustrada do governo de acobertar erros. 
Paralelamente, setores do PT e do próprio governo, como a ministra Maria do Rosário (Direitos Humanos), se apressaram em tentar disseminar que os boatos haviam partido da oposição. 
A estratégia, no entanto, fez água à medida que a própria Caixa se viu às voltas com uma troca de versões. 
Inicialmente, a instituição havia informado que os pagamentos do Bolsa Família estavam de acordo com o cronograma. Dias depois, entretanto, a Caixa admitiu ter antecipado a liberação dos valores para o dia 17 – um dia antes da boataria se espalhar por doze estados do país.
A avaliação de setores do governo é que as atuações do presidente da Caixa, Jorge Hereda, e do vice-presidente de Habitação, José Urbano, no caso foram desastrosas, mas até o momento nenhum funcionário ou dirigente foi responsabilizado ou punido. Nesta quarta-feira, o Palácio do Planalto divulgou nota negando trocas no comando da Caixa: “São falsas as especulações de mudanças na direção da Caixa Econômica Federal”. A nota diz ainda que a diretoria do banco é formada por “técnicos íntegros e comprometidos com as diretrizes da CEF com seus clientes e com os beneficiários de programas tão importantes para o Brasil como o Bolsa Família”.
No início da crise, a presidente Dilma Rousseff afirmou que os boatos eram “criminosos”. 
No último sábado, durante viagem à África, ela admitiu que a Caixa poderia ter falhado no episódio. “A Polícia Federal e a segurança da Caixa vão procurar todos os motivos e elencá-los”, disse.
A Polícia Federal, de fato, abriu investigação para apurar a origem dos rumores, mas, até agora, não divulgou sua conclusão — descartou, por exemplo, a teoria conspiratória de que começaram por meio de uma central de telemarketing do Rio de Janeiro.
(...)

DERRAPAGEM NA CURVA

Dora Kramer, O Estado de S.Paulo

Até pela prática autoritária e centralizadora da presidente da República, conhecida por não dar autonomia nem aos ministros "da casa", não é crível que o governo tenha deixado para o terceiro escalão uma decisão como a antecipação dos pagamentos aos beneficiários de programa tão estratégico (sob todos os aspectos) como o Bolsa Família.

Se algo tão importante quanto alterações no cronograma de liberação do dinheiro foi feito sem ao menos se informar à diretoria específica (Habitação), pior ainda. Quer dizer que nem a joia da coroa está a salvo da impressão de bagunça - política e administrativamente falando - que assola o governo de Dilma Rousseff. Sob qualquer ângulo que se olhe, a história é uma peneira.

Recapitulando: nos dias 18 e 19 de maio houve uma corrida aos caixas eletrônicos da Caixa Econômica Federal devido a boatos sobre o fim do programa. No dia seguinte, a CEF anunciou que antecipara os pagamentos para segunda-feira, 20, a fim de aplacar os ânimos dos beneficiários.

Em seguida, mudou a versão: segundo o vice-presidente responsável pela área, os saques haviam na verdade sido antecipados para o fim de semana, mas ele não sabia. Horas depois, a ministra do Desenvolvimento Social confirmou que os pagamentos haviam sido liberados por causa dos boatos.

Uma semana depois, o presidente da Caixa informou que o calendário na verdade fora alterado no dia anterior aos boatos, 17 de maio, e atribuiu a decisão à área operacional da CEF, que nada lhe comunicara.

Nesse meio tempo, a ministra dos Direitos Humanos saiu dizendo que o falatório era coisa da oposição e o ministro da Justiça declarou que havia sinais de "ação orquestrada".

Como se viu, o maestro da cacofonia foi o próprio governo.

Junto a versões difundidas pela assessoria de imprensa do Palácio do Planalto sobre a "irritação" da presidente com o episódio - que, aliás, havia sido qualificado por ela como ato criminoso - , o presidente da CEF nesta segunda-feira deu uma entrevista para supostamente esclarecer as coisas.

Leia mais em Derrapagem na curva

IMPOSSÍVEL ENCONTRAR O QUE NÃO EXISTE

Jaílton de Carvalho e Cleide Carvalho, O Globo

Quatro dias após o gabinete do diretor-geral Leandro Daiello apontar a existência de uma central de telemarketing do Rio de Janeiro na divulgação de parte dos boatos sobre o falso fim do Bolsa Família, a Polícia Federal mudou a versão do caso. Depois de interrogar uma beneficiária do programa nesta terça-feira, no Rio, a PF disse que a hipótese sobre o envolvimento de uma central de telemarketing na difusão dos boatos perdeu força.

Em depoimento ao chefe da Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos da PF, Carlos Eduardo Miguel Sobral, a beneficiária teria dito que recebeu uma mensagem de voz no celular sobre o fim do programa. Mas, segundo o gabinete do diretor-geral, a partir de um rastreamento da ligação, os policiais chegaram à conclusão que o número de onde teria partido o telefonema é inexistente.

ORQUESTRA DOS ALOPRADOS DESAFINOU



Até que enfim está aparecendo algum sinal de reação aos sucessivos ataques do governo petista e da rede de boataria que propaga calúnias contra seus adversários, sob as ordens do comando do partido, como fez a ministra de Dilma ao acusar a oposição pelos boatos de que o governo iria acabar com o Bolsa Família.
Esse boato foi uma jogada de marketing para promover a reestreia de um programa que, envelhecido, precisava se reapresentar.
Senador José Agripino Maia (RN) presidente do DEM, sobre a corrida atrás da grana do Bolsa Família

O senador Aécio Neves também resolveu sair da zona de conforto e exigiu um pedido de desculpas da presidente Dilma Rousseff, segundo informa a  Folha:

Aécio disse que a população que enfrentou o caos e a corrida às agências bancárias para sacar o benefício antes do suposto fim merecem respeito. 

“São muito poucas as desculpas até aqui. A senhora Presidente da República deve um pedido de desculpas formal a todos os brasileiros”, disse.

“Esperamos que  Dilma convoque as cadeias de rádio e televisão para pedir desculpas para quem ela mesma disse que sofreu uma desumanidade”, completou.

“Vai ficando cada vez mais claro que houve uma ação descoordenada da Caixa Econômica Federal, e que isso não foi assumido. O que me parece mais grave é ter versões de instituições seculares atendendo a interesses do governo”, afirmou.

O senador Aloysio Nunes também aparece em reportagem do SBT, que continua no vídeo abaixo:



Parlamentares da oposição se encontraram na manhã desta terça com Leandro Daiello, diretor-geral da Polícia Federal. Cobraram celeridade na investigação, informa o  Globo Online

“A ministra Maria do Rosário falou que a oposição estava por trás disso, então fomos lá pedir pressa e acesso às investigações”, afirmou o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP). 

“Em qualquer país sério do mundo ele [Jorge Hereda, presidente da CEF] seria demitido na hora. Isso é grave, é um crime. Ele pede desculpas e varre-se tudo para debaixo do tapete? Passou pelas águas do rio Jordão, está abençoado, não tem pecado?. É isso que se espera? Esse fato é grave e agora o governo quer minimizar”, disse Ronaldo Caiado (GO), líder do DEM na Câmara.

O líder do MD na Câmara, Rubens Bueno (PR), acrescentou: “Em todo esse episódio, o que não faltou foi mentira, falta de transparência. Não há dúvida de que o erro da Caixa, ao antecipar na surdina os pagamentos, contribuiu de maneira decisiva para a difusão do boato sobre o fim do programa do governo. Sem contar que os beneficiários ainda foram prejudicados com os tumultos na agências.”

Assim, finalmente aparecem vozes para engrossar o coro praticamente solitário do valente senador Álvaro Dias:



Pois saibam que o pessoal das redes sociais não está pra brincadeira nem fica apenas resmungando, como muitos pensam.
Atentos aos detalhes que passam despercebidos nas reportagens, ou que são propositadamente omitidos, vejam o que foi notado por um tuiteiro no rodapé da nota emitida pela Caixa e que deve ter motivado a onda de pânico nos beneficiados pelos programas de transferência de renda. Sim, transferência do dinheiro de nossos impostos para pessoas carentes, mas também para muitos que compram calça de trezentos reais e guardam dinheiro na poupança.



Mas não é esse o caso, pois levará gerações para se tentar corrigir o estrago que o PT está fazendo na cabeça dessas pessoas, se é que isso será possível.

Seria interessante buscar as razões para o aviso na nota emitida pela Caixa, pois um tuiteiro observou a imagem ampliada na reportagem do Jornal Nacional e está escrito o seguinte, talvez o que tenha provocado o tumulto na semana que passou: "Seu benefício será cancelado em junho de 2013." 

Pior ainda foi o fato de acusar a oposição pela propagação do boato, justamente ela que tem sido vítima do terrorismo eleitoral

O partido que tem uma rede de boataria não está na oposição. Confiram AQUI quem faz o jogo sujo na internet, como funciona e quem paga a conta. Essa informação eu faço questão de antecipar, somos NÓS, os brasileiros pagadores de impostos, que bancamos a rede apelidada de esgotosfera.

A boataria funcionou ainda em 2002, quando acusavam José Serra de que iria se aproveitar eleitoralmente dos programas que já existiam. Serra não cometeu esse crime eleitoral nem se aproveitou da desgraça dos miseráveis para vencer a eleição. 

Em 2006 e 2010, o terrorismo das campanhas inverteu o discurso com sucesso, dizendo que seus opositores chamavam o Bolsa Família de Bolsa Esmola. Oras, quem criou esse apelido foi o PT para rimar com Bolsa-Escola, como era chamado um dos programas sociais do governo FHC.

E quem falava isso era Lula.



TUDO CONFIRMADO POR UM EX-PETISTA ILUSTRE:



O jornalista Reinaldo Azevedo faz uma importante observação sobre a nova tentativa orquestrada para colar na oposição a marca de que é contra o Bolsa Família:

"É importante reiterar aqui um dado fundamental nessa história toda: não fosse a reportagem da Folha descobrir a antecipação do pagamento, a mentira oficial contada pela direção da CEF teria prosperado, e a hipótese de uma tramoia, que a máquina petista já estava jogando nos ombros da oposição, teria prosperado."