segunda-feira, 20 de maio de 2013

POLÍTICA RASTEIRA E O FRACASSO DO MERCOSUL

Arremedo de livre comércio, Mercosul coleciona erros e perde sua relevância
FotoÉ SÓ ENCENAÇÃO: MERCOSUL VIROU LETRA MORTA COM BARREIRAS UNILATERAIS E PATAQUADAS COMO A SUSPENSÃO DO PARAGUAI
Desde 1994, há quase vinte anos, portanto, deveriam os países do Mercosul  estar comerciando entre si com tarifa zero.  Deveriam também contar com uma Tarifa Externa Comum para importações vindas de terceiros países. Obviamente, todos os tipos de barreiras não-tarifárias já deveriam ter sido removidas no século passado, como especificações de embalagem, fiscalização sanitária, e outras, para que o trânsito de produtos na região pudesse ocorrer de maneira fluida. 
Mas nada disso acontece. Não somos uma zona de livre comércio, nem ao menos uma união aduaneira de verdade. Somos, nessas esferas, mero arremedo. 
Por isso os empresários brasileiros olham com interesse e inveja os avanços da Aliança do Pacífico, que une o México, o Chile, o Peru e a Colômbia. Na Aliança não tem pataquadas, não tem barreiras unilaterais impostas pela Argentina; não tem países desarrumados macroeconomicamente, como a Venezuela; nem países expulsos para atender conveniências políticas (como aconteceu com o Paraguai). 

Enquanto entre nós ficamos brincando de integração e jogando o doce de leite dos turistas no lixo, gente mais séria avança com projetos integracionistas promissores nessa nossa mesma América Latina.
 
Na próxima quinta feira, em Cali, na Colômbia, ocorrerá a sétima reunião de cúpula de uma das mais interessantes iniciativas integracionistas da América Latina: a Aliança do Pacífico.
 
O agrupamento – que reúne Chile, México, Colômbia e Peru – foi constituído em 2011, por líderes que acreditam na força construtiva do capitalismo e do empreendedorismo. Sua agenda é a mesma do Mercosul, com uma diferença: não é decorativa, é para valer
 
O objetivo da nova aliança é incrementar negócios, e não fazer política. 

A Aliança do Pacífico não terá comissões parlamentares, nem alegará razões políticas para afastar seus membros menores e mais fracos. Por isso Uruguai e Paraguai estão atentos às oportunidades que lhes podem ser abertas pelo novo bloco.

Nenhum comentário:

Postar um comentário