quinta-feira, 16 de maio de 2013

SAÚDE DOS BRASILEIROS EM RISCO


Na VEJA.com:

Em nota divulgada nesta quarta-feira, o Conselho Federal de Medicina (CFM) reafirmou sua posição de que o Ministério da Saúde irá oferecer “pseudomédicos” à população, com a vida dos 6.000 médicos cubanos para o Brasil. “Não há médicos pela metade e é isso que está sendo proposto. Se o médico “importado” sem revalidação receber um caso grave, cruzará os braços”, disse Roberto d’Ávila, presidente do CFM, durante o Fórum de Ensino Médico, que acontece até a próxima quinta-feira, em Brasília.
O CFM responde ao ministro Alexandre Padilha que afirmou, nesta terça-feira, que os médicos cubanos terão autorização apenas para atuarem na atenção básica — não poderão, por exemplo, fazer cirurgias, procedimentos invasivos ou de alta complexidade. Para o CFM, a alegação de que os médicos não poderiam atender na UTI ou fazer cirurgias é uma admissão de despreparo. “Os profissionais em questão não atendem os requisitos mínimos para diagnosticar e prescrever, como é esperado de qualquer médico”, diz a nota.
Segundo o ministro Alexandre Padilha, o Brasil vem estudando como outros países, a exemplo dos Estados Unidos e da Inglaterra, atraem médicos estrangeiros. “Descartamos algumas hipóteses, como a validação automática do diploma ou uma política que permita que esse médico trabalhe em qualquer área, região ou serviço médico”, disse. A importação dos médicos cubanos, segundo ele, conseguiria suprir uma demanda de médicos em áreas carentes e isoladas. “Faltam médicos no Brasil, faltam médicos mais perto da população e nós precisamos cuidar da qualidade e da formação dos médicos.”
Diploma
Na nota, o CFM afirma ainda que o ministro da Educação, Aloízio Mercadante, estuda calibrar o Revalida. “Isso pode ter a seguinte leitura: vamos abaixar o nível das provas para subir os índices de aprovação e garantir emprego público”, diz Roberto D’Ávila na nota. Em 2012, de acordo com o CFM, 593 médicos graduados em Cuba e na Bolívia fizeram a prova para ganhar certificação nacional e pode exercer a profissão. Desses, apenas 35 conseguiram revalidar o diploma — um índice de reprovação de 94,1%.

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