"As declarações da presidente são inespecíficas e arriscadas, pois, para alterar a Constituição, ela própria prevê como. Mudá-la por plebiscito é mais próprio de regimes autoritários", afirmou FHC.
Anteontem, ele havia criticado, no programa "Canal Livre", da TV Bandeirantes, a conduta do governo e do Congresso diante da onda de protestos. Na ocasião, o tucano disse que tanto o poder Executivo como o Legislativo deixaram de ser a "caixa de ressonância" dos anseios da população.
Para FHC, todas as discussões se fecharam no Palácio do Planalto, e isso fez aumentar o desprestígio das instituições públicas.
"Houve um encolhimento da agenda nacional", disse o ex-presidente, dando exemplos de questionamentos durante seu governo. "Houve [recentemente] a mudança na lei do petróleo. Ninguém debateu. Não era assim. Quando quebramos o monopólio do petróleo, foi uma briga danada."
FHC ainda criticou a falta de direcionamento das reivindicações da população durante os protestos.Citando o colunista da Folha Moisés Naím, o ex-presidente disse que, se não houver uma reforma institucional, não haverá objetivo concreto alcançado.
(Folha de São Paulo)
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