No Coturno
Mais um índio foi assassinado no Mato Grosso do Sul. O índio Guarani, identificado apenas por D.A.C de 31 anos foi esfaqueado na manhã do último domingo no acampamento Pindoroky, na região da aldeia Tey Kuê, em Caarapó (MS).
Antes de morrer a vítima relatou à polícia que estava na companhia de sua mãe quando o irmão, identificado por A.C., de 21 anos, aproximou-se e o acusou de ter assassinado o outro irmão, Genildo Cardoso. Daí em diante os dois índios começaram trocar acusações até que A.C sacou uma faca e disse “vou te matar agora, você vai junto com meu irmão”, e desferiu dois golpes contra o irmão, que estava almoçando.
O índio D.A.C foi atingido no peito e o outro golpe acertou o pulso direito. Mesmo ferido ele conseguiu correr e foi socorrido por um sobrinho, que o deixou próximo ao Pelotão da Polícia Militar. O índio foi levado ao Hospital São Mateus onde faleceu.
Informações da Secretaria de Segurança Pública do Mato Grosso do Sul dão conta de que 90% dos assassinatos de índios no Estado são cometidos em brigas como essa. O Conselho Indigenista Missionário (CIMI), que organiza as FARC indígenas no país, transformando índios em bandidos invasores, informa que entre 2003 e 2010 foram assassinados 279 índios no Mato Grosso do Sul (MS). Claro, o CIMI credita 100% das mortes, como sempre, a conflitos por terra. Quando, na verdade, em 2012, dos 27 assassinatos no Mato Grosso do Sul, 25 ocorreram em conflitos entre os próprios índios.
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