domingo, 16 de junho de 2013

O QUE PRETENDEM NÃO SABEMOS, MAS É EVIDENTE A INSATISFAÇÃO DE NOSSOS JOVENS

Polícia Militar acompanha multidão, que descumpre liminar da Justiça proibindo protestos que atrapalhem circulação durante a Copa das Confederações

O Globo

Cerca de 8 mil manifestantes realizam neste sábado uma passeata em Belo Horizonte, na capital mineira, e fecharam diversas vias em protesto ao aumento das tarifas de ônibus e aos gastos com a Copa do Mundo. Um evento da Fifa, que transmitia a partida entre Brasil e Japão, em telões, na Praça da Estação, foi alvo dos gritos de ordem de manifestantes.


Acompanhada de perto por 30 policiais do Batalhão de Choque da PM, a manifestação foi pacífica. Não houve confronto com policiais. O comando da polícia disse que vai fazer um boletim de ocorrência a ser encaminhado ao desembargador responsável pela liminar que estabelece prisão e aplicação de multas diárias no valor de R$ 500 mil para os líderes dos protestos.

Oito líderes foram identificados pela Polícia Militar. A PM usará ainda filmagens de câmeras de segurança para identificar os manifestantes. Liminar do desembargador Carlos Augusto de Barros Levenhagen, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, havia proibido a manifestação em vias públicas durante a Copa das Confederações.

Com a cara pintada de verde e amarelo, o estudante de 19 anos Pedro Marcatto, do Colérgo Rui Barbosa, ficou sabendo do movimento por um colega da escola.
- Estou aqui para lutar a favor dos meus direitos. Se não fizermos isso hoje, amanhã já era - afirma.
(...)

Estudante de engenharia civil da UFMG, Eduardo Abreu, 22 anos, critica os excessivos gastos com os estádios da Copa do Mundo.

- O Mineirão, por exemplo, falam ter custado R$ 700 milhões. Mas não temos obras de mobilidade urbana. Cadê o metrô, os ônibus de qualidade, os trens, o táxi mais barato? - questiona.

 Eles também protestam contra os altos investimentos para a Copa do Mundo, em estádios e obras, em detrimento de saúde e educação.

- Cansei de ficar em casa sem fazer nada. A questão do ônibus é um ponto, é apenas o lema. Os governantes precisam olhar e melhorar saúde e educação - afirma o estudante Luiz Gustavo, de 17 anos.

Leia mais em Cerca de 8 mil manifestantes fecham trânsito e descumprem decisão judicial em BH

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