Rodrigo Constantino publicou texto em seu blog sobre seu ceticismo do que ele considera uma brincadeira. O título remete justamente a esse contexto: "Brincando de Revolução".
Seria muito importante refletir sobre todas as correntes de opinião antes de mergulhar num verdadeiro tsunami, tamanha a multidão que está aderindo aos movimentos de protesto nas ruas do Brasil.
Mesmo que tudo termine bem e que, oxalá, seu pensamento seja equivocado, destaco trecho que traça um perfil incontestável da realidade política brasileira:
O PT tem alimentado há décadas um racha na sociedade brasileira. Desde os tempos de oposição, e depois enquanto governo (mas sempre no palanque dos demagogos e agitadores das massas), a esquerda soube apenas espalhar ódio entre diferentes grupos, segregar indivíduos com base em abstrações coletivistas, jogar uns contra os outros. Temos agora uma sociedade indignada, mas sem saber direito para onde apontar suas armas. Cansada da política, dos partidos, do Congresso, dos abusos do poder, as pessoas saem às ruas com a sensação de que é preciso “fazer algo”, mas não sabe ao certo o que ou como fazer.
Abaixo, mais uma publicação de Rodrigo Constantino que está rolando na rede:
"Tem gente querendo saber o que vem a ser "latifúndio urbano", já que aquela comunista do MPL disse no JN ontem que atacá-lo é a nova bandeira do movimento. Eu explico! É que sou versado em "comunês", pois estudo a fundo meus inimigos.
Latifúndio urbano quer dizer "qualquer apartamento com mais de 80 metros quadrados".
Essa gente é igualitária. Se tem quem não possui casa ainda, e quem vive em grandes apartamentos de 200 metros quadrados, então tira-se uma média, e o resultado será a nova medida permitida pelo estado em nome da igualdade. Todos vivendo em casas do mesmo tamanho, à exceção da nomenklatura, com suas "dachas" e casas com piscina, como a de Fidel Castro. O restante que se vire nas "casas da igualdade".
Foi assim na União Soviética. E é exatamente isso que esses vermelhos querem fazer com o Brasil.
Pronto. Agora que você já sabe o que é "latifúndio urbano" e que o MPL luta contra isso, está satisfeito por ter feito coro nas passeatas e ajudado essa simpática moça com ares fascistas a chegar ao Jornal Nacional e levar sua mensagem a 80 milhões de brasileiros?"
Aquela foi a voz dela, que não necessariamente representa a voz da maioria - até por desconhecimento da questão.
ResponderExcluirCertamente, se este for o alvo de alguma outra passeata - fato que desacredito - não vingará.
Por que? Por que 80% dos manifestantes devem ter uma "casinha" de aluguel - ou ao menos, seus pais.
Não confundamos, como diria uma senhora "Falsa marafunda com calça rasgada na bunda!.
Acho lamentável Rodrigo Constantino dizer que estuda a fundo os seus "inimigos". Ora, eu não sou comunista, e não acho que o Estado Comunista seja a opção da superação das contradições do sistema capitalista.Isso me lembra Fidel, e uma realidade dos anos 1950. Mas considerar os que ainda acreditam nisso como inimigos é algo igualmente anacrônico. Esse discurso relembra o McCarthysm (uso o termo em inglês)dos anos 1950 também. Rodrigo, se você acredita no mercado que se autoregula e que o Estado enorme e interventor só pode se degenerar com a corrupção, use um discurso que faça mais sentido com a realidade atual. Mencionar a União Soviética e chamar comunistas do século XXI de vermelhos é ridículo. Você envergonharia qualquer pessoa que acredita nos ensinamentos da Escola Clássica ou da Troika
ResponderExcluirPaga aluguel?
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