quarta-feira, 31 de julho de 2013

ATAQUES CONTRA SÃO PAULO - GOLPE FINAL

Protesto na Avenida Paulista mostrou que o PT precisa da PM de São Paulo para o golpe final

UCHO
(Foto: Gabriela Biló - Futura Press/AE)

Xis da questão – Nem mesmo o mais tolo dos seres humanos acreditaria na informação de que o protesto criminoso realizado na Avenida Paulista, em São Paulo, na noite de terça-feira (30), teria sido organizado a partir das redes sociais. Com aproximadamente 300 participantes, a maioria com máscaras ou com o rosto coberto por panos e camisetas, o protesto teve como alvo o governador Geraldo Alckmin, mas não passou de um ato criminoso contratado por alguns partidos de esquerda.

Com atos de vandalismo explícito e excesso de violência, os marginais de aluguel depredaram lojas e bancos, o que obrigou a Polícia Militar, que chegou ao local com antecedência, reagir à altura e prender vinte manifestantes, cinco dos quais continuam presos. Os vândalos atenderam às ordens dos contratantes, que esperavam não chegar desmoralizados à 19ª reunião do Foro de São Paulo, grupo que reúne a escória da esquerda latino-americana.

Um bando de ditadores criminosos, que fazem do socialismo a senha para a impunidade, sonha em fazer do lobista fugitivo Lula o mais novo caudilho do grupo. O ex-metalúrgico é um manipulador profissional, que insiste em passar à opinião pública uma imagem de incompreendido e vítima do preconceito das elites, discurso chicaneiro que há muito perdeu o prazo de validade.

A estratégia de colocar Geraldo Alckmin como alvo do protesto passa pelo projeto petista de tomar de assalto o Palácio dos Bandeirantes, sede do Executivo paulista. Para emplacar o golpe final, que permitirá a instalação de uma ditadura comunista no País, o PT precisa assumir o comando do mais rico e importante estado brasileiro, São Paulo, onde a Polícia Militar tem mais integrantes do que os exércitos de muitos países.


A estratégia da esquerda verde-loura é velha e ultrapassada, pois ditadores détraqués se valeram desse truque no passado. O PT precisa saber que os paulistas não permitiram que essa barbárie ocorra, pois a PM há de defender os interesses maiores de um povo ordeiro e trabalhador, que ao longo do tempo transformou o estado em locomotiva do País.

Lula e seu bando podem tentar o que for, inclusive contra o ucho.info e seu editor, como vem acontecendo nos últimos anos por meio de capatazes da esquerda, mas neste site a resistência será dura e implacável. Que não pense esse bandoleiro da política nacional que nos intimidaremos diante de qualquer ameaça.

A INVESTIGAÇÃO É SEMPRE NECESSÁRIA

Denúncias sobre supostas roubalheiras no metrô e trens de SP devem ser investigadas a fundo — tanto para colocar na cadeia os culpados como para não permitir o linchamento dos inocentes

Ricardo Setti


Acusações etc etc

Folha de S. Paulo informou que a multinacional alemã Siemens admitiu devolver aos cofres do Estado de São Paulo “parte do valor” que teria sido superfaturado no fornecimento de equipamentos de trens e metrô paulistas, durante uma reunião de executivos da empresa com promotores do Ministério Público estadual, na semana passada.
A Siemens, como se sabe, informou ao Conselho de Defesa Econômica do Ministério da Justiça (CADE) — órgão que tem como missão propiciar a livre concorrência entre empresas e barrar a formação de trustes –, sua própria participação num cartel formado para obter vantagens ilícitas em licitações para compra de equipamento ferroviário e para a construção e a manutenção de linhas de trens e metrô em São Paulo e também no Distrito Federal.
O esquema de maracutaias, que podem haver inflado preços em até 20% dos níveis de mercado, teria acontecido entre 1995 e 2003, período em o Estado foi governado pelos tucanos Mário Covas e Geraldo Alckmin.
Além da Siemens, a malandragem envolveria também subsidiárias das multinacionais Bombardier (canadense), Alstom (francesa), Mitsui (japonesa) e CAF (espanhola), e as empresas nacionais Serveng-Civilsan, Tejofran, TTrans, MGE, TCBR, Temoinsa e Iesa.
Acho interessante que a Siemens se proponha a devolver “parte” de um dinheiro que, ela própria admite, embolsou ilegalmente. O que conheço em matéria de trocar informação sobre crime por benefícios é a delação premiada — mas ela vale para as pessoas que, ajudando a polícia a investigar, obtêm do Ministério Público e da Justiça a vantagem de diminuição de pena.
Covas e Alckmin: enquanto não se descobrirem os culpados pela alegada roubalheira, somente os nomes dos dois ficarão expostos -- inclusive ao linchamento moral (Fotos: Ag. Senado :: Gustavo Tilio)
Covas e Alckmin: enquanto não se descobrirem os culpados pela alegada roubalheira, somente os nomes dos dois ficarão expostos -- inclusive ao linchamento moral 
(Fotos: Agência Senado :: Gustavo Tilio)

De todo modo, a Siemens anunciou que “coopera integralmente com as autoridades”, postura mantida pelas demais empresas.
O governador Geraldo Alckmin, de sua parte, afirmou que os fatos serão investigados “rigorosamente”.
E é absolutamente necessário que sejam. Se houve roubalheira, como parece ser o caso, é preciso que a polícia e o Ministério Público ajam com rigor e rapidez, para descobrir como, quando, e, sobretudo, quem.
Quem tem culpa no cartório?
Secretários ou ex-secretários de Estado?
Os presidentes ou ex-presidentes do Metrô ou da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos?
Ex ou atuais diretores de ambas as estatais?
Covas?
Alckmin?
Os dois?
A ação é importante, adicionalmente, porque, enquanto flutuar no ar a acusação genérica de que houve ladroagem nos governos de Covas e de Alckmin — que podem perfeitamente estar inocentes de tudo isso –, somente os nomes de ambos estará na berlinda.
Covas, morto em 2001, foi um político de integridade indiscutível. Alckmin nunca teve contra si alegações de desonestidade pessoal. Até prova em contrário, são inocentes, até porque a Constituição assim prevê e garante.
Quanto mais as investigações sobre os culpados demorarem, mais serão linchados moralmente.

A AÇÃO POLÍTICA PODE MUDAR A REALIDADE

Foto: Imagem digna de sexta!
Beijos e bom dia!
#fui



O Papa Francisco passou a semana no Brasil e fez, na visita à favela da Varginha, seu discurso mais político. Referindo-se às manifestações de protestos, encorajou os jovens a permanecerem na sua luta contra a corrupção.

Com seu carisma inquestionável, o papa Francisco reuniu uma multidão maior do que as famosas festas de réveillon na mesma Copacabana. Sua fala foi surpreendente em todos os momentos desde a sua chegada. Foi amoroso, porém contundente, como podemos conferir no vídeo acima que mostra trechos de sua participação no Fantástico e em entrevista de mais de uma hora a bordo do avião que o levou de volta a Roma.

Com outras palavras, repetiu comentários que fizera anteriormente sobre a necessidade da ação política. Para ele,
envolver-se na política é a obrigação de um cristão, pois a ação política é “das formas mais altas de caridade”.

A política com P maiúsculo, como definiu em outra ocasião, visa ao bem comum, e “nós cristãos não podemos nos fingir de Pilatos e lavar as mãos”.


Contrapondo a orientação de Francisco, assistimos nos últimos dias uma onda de manifestações que nada têm a ver com aquelas que reuniram milhões de brasileiros movidos por causas justas e nobres. Os protestos recentes nem deveriam ser chamados assim, pois não passam de ações de vândalos, muitos criminosos mesmo, sem contar a baixaria e a Cristofobia explícita na tal Marcha das Vadias.


Para quem tem estômago forte, algumas imagens deploráveis AQUI e AQUI. (não recomendo às pessoas que ficam impressionadas)

Participantes da Marcha das Vadias quebram imagens sacras durante a Jornada Mundial da Juventude. Comentário de Paulo Eduardo Martins


Manifestantes quebram imagens sacras durante a JMJ. Os desprezíveis

Ou seguimos a orientação de Francisco e exercemos plenamente nossa cidadania, participando do debate político, sem a omissão dos fracos ou a conivência dos interesseiros, ou não temos o direito de reclamar do que nos aguarda e é inevitável, ou seja, um país que sucumbe aos erros do desgoverno que vem há mais de dez anos quebrando o país com a incompetência de presidentes e ministros medíocres e os desvios escandalosos que continuam acontecendo impunemente.


Precisamos travar, também, um combate a certa ideologia que avança e já está em ação há tempos na América Latina, sob o comando do Foro de São Paulo, fundado por Lula e Fidel Castro e que reúne partidos e organizações de esquerda do continente latino americano.

As FARC, um dos braços armados dos grupos de esquerda de nosso continente, que sequestra, explode bombas e assassina a sangue frio, como faziam os guerrilheiros brasileiros, faz parte ativa do Foro de São Paulo.

Hoje tem início mais um de seus encontros - o 19º Encontro do Foro de São Paulo que se realiza em São Paulo. O encontro vai até domingo e Lula deve participar da abertura oficial do evento.

O movimento FORA FORO adverte sobre essa conspiração contra a democracia nas redes sociais e nos vídeos e imagens, como os que aparecem abaixo, como também convoca o cidadão brasileiro a se manifestar contra esse projeto de poder totalitário.













Mas o Papa instou a que “nunca desanimem, não percam a confiança”, insistindo em que a ação política pode mudar a realidade, “o homem pode mudar”.

Foto: Quando Eu Mudo O Brasil Se Transforma

(BENDITA) BANALIZAÇÃO DO BEM

Banalização do Bem

Zuenir Ventura, O Globo

Nesses tempos sombrios de violência, guerra, miséria e fome, em suma, da chamada banalização do Mal, é sintomático que o Papa Francisco tenha conseguido um extraordinário sucesso pregando justamente o contrário, algo como a banalização do Bem.

A sua foi a primeira voz autorizada de alcance planetário a se levantar contra a razão cínica em voga, propondo em seu lugar um círculo virtuoso, uma espécie de revolução ética contra a cultura do provisório, da exclusão e do descartável.

Quem sabe ele não estará pondo fim a um ciclo de produção do mal como energia incontrolável? O filósofo francês Jean Baudrillard, estudioso do tema e cético quanto à sua erradicação, achava inevitável o funcionamento das sociedades sobre a base da “disfunção, do acidente, do catastrófico, do irracional”. Na sua opinião, “dizer que tudo isso pode ser exorcizado, erradicado, significa insistir numa perspectiva religiosa da salvação”.

Pois durante a semana que passou entre nós, foi nessa perspectiva que o Papa insistiu, distribuindo esperança e atualizando antigos valores e virtudes como a solidariedade e a tolerância, esquecidos ou “fora de moda”.

Ele pode até ser criticado pelo que calou (aborto, preservativo, célula-tronco), mas não pelo que falou de outros temas tabus: “Se uma pessoa é gay, quem sou eu para julgá-la?” “A mulher na Igreja é mais importante que os bispos e os padres”.

A maior novidade de seu discurso inovador é que a reforma moral proposta por ele deve passar pelo diálogo e o encontro, não pelo confronto. Pela compreensão, não pela animosidade. Nunca pela intransigência e o radicalismo. Essa talvez seja a melhor contribuição para a paz do evangelho segundo Francisco.

Ao facilitarem o trabalho dos garis ajudando a recolher o lixo depois dos eventos, os peregrinos deram uma lição de educação para os foliões sujismundos e mijões, que no carnaval espalham detritos nas ruas e urinam nas calçadas, canteiros e até através das grades dos edifícios. Mais um legado de civilidade deixado pelos alegres fiéis da JMJ.

Por falar em onda do bem: o Instituto do Cérebro Paulo Niemeyer, que está sendo inaugurado, impressiona não só porque é um dos mais bem instalados e equipados do mundo, mas também por ser uma obra “padrão Papa”, ou seja, é excelente e não se destina aos privilegiados, e sim aos necessitados do SUS. E pensar que, com o que foi gasto com muitos dos estádios que vão virar elefantes brancos depois da Copa, algumas dezenas desses hospitais podiam ser construídos pelo Brasil afora.

MARKETING DA SAÚDE COLOCA EM RISCO A VIDA DOS BRASILEIROS

Mais Médicos: criação de vagas em faculdades é promessa eleitoral, diz diretor da Escola Paulista de Medicina/Unifesp

Raquel Carneiro - VEJA

Diretor da Escola Paulista de Medicina da Unifesp, Antônio Carlos Lopes
Diretor da Escola Paulista de Medicina da Unifesp, Antônio Carlos Lopes (Divulgação)
Doutor e livre-docente em clínica médica, Antônio Carlos Lopes entrou na graduação da Escola Paulista de Medicina, hoje incorporada à Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em 1965. Décadas depois, se tornaria diretor da mesma faculdade, considerada referência no ensino médico no Brasil. Costuma dizer que é médico por vocação e docente por circunstâncias. Por quatro anos, coordenou o Departamento de Residência Médica do Ministério da Educação, em Brasília. 

A experiência o ajudou a desenvolver conceitos bem definidos sobre o ensino da medicina no Brasil, e também sobre a proposta do governo contida no controverso programa Mais Médicos de criar, até 2017, quase 11.500 vagas em cursos de medicinas no Brasil — com especial atenção a localidades fora dos grandes centros. "É um absurdo. É uma utopia. É proposta de quem não sabe nada de medicina", diz na entrevista a seguir. A opinião já foi dita diretamento ao MEC, já que Lopes faz parte da comissão nacional criada pelo governo para discutir o Mais Médico.

O governo federal propôs a criação de novas vagas em faculdades de medicina fora dos grandes centros, uma tentativa de descentralizar a formação. Qual a opinião do senhor a respeito? 

A maioria das faculdades afastadas dos grandes centros não tem condições de manter um curso de medicina. Ao invés de criar novas vagas, ou novas escolas, deveríamos aprimorar as existentes. Na maior parte dessas escolas, incluindo algumas públicas, quem está ensinando deveria estar aprendendo. Já tive experiências de dar aulas em locais assim no passado, onde o ambulatório era uma casa de sapê, com insetos nas paredes. Ambulatórios sem pia, sem banheiro, sem mesa, sem receituário, sem caneta. Só tinha estetoscópio se o médico levasse o dele. Como ensinar medicina para alguém nessa situação?

A proposta do programa Mais Médicos prevê a criação de mais de 11.000 vagas em cinco anos. É um projeto viável? 

É um absurdo. É uma utopia. É proposta de quem não sabe nada de medicina. Nunca ensinou medicina, nunca pegou na mão de um aluno. Em uma faculdade de direito pode-se ampliar o número de vagas de cinquenta para cem alunos com facilidade: a turma aprende ouvindo o professor falar ao microfone. Medicina não funciona assim: é preciso leito, preceptor, ambulatório. Precisa ensinar o indivíduo a produzir conhecimento. Propor algo assim é olhar a medicina pela janela do gabinete e querer fazer campanha eleitoral em cima do médico.

No futuro, quais podem ser as consequências de cursos de medicina criados às pressas? 

A consequência é mais uma grande quantidade de alunos que saem da faculdade sem saber nada. Garanto que pelo menos 50% dos estudantes que saem de algumas faculdades de medicina no Brasil hoje já não têm condições de tratar nem diarreia e gripe. É uma calamidade. 

Leia entrevista na íntegra AQUI.

terça-feira, 30 de julho de 2013

QUEM MAIS AUMENTOU O IDH?



O Instituto Teotônio Vilela (ITV), braço de formulação política do PSDB, comparou em carta publicada nesta terça-feira o avanço do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) em períodos que coincidiram com os governos do tucano de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e dos petistas Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) e Dilma Rousseff (iniciado em 2011), destacando o que seria um melhor desempenho dos tucanos na melhora do índice.

Nesta segunda-feira, 29, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) divulgou o IDHM e mostrou que nos últimos 20 anos, de 1991 até 2010, houve crescimento de 47,5% na avaliação do País, que passou da nota 0,493 para 0,727, deixando de ser um País com desenvolvimento considerado "muito baixo" para ser classificado como "alto".

"Na média, o IDHM geral saltou 24% de 1991 a 2000 e, no período seguinte, melhorou mais 19%. Na educação, a diferença é cavalar: na primeira metade das duas últimas décadas, ou seja, na fase predominantemente tucana, o avanço obtido pelo país foi de 63%, porcentual que caiu para 40% no decênio seguinte", destaca o documento do ITV.

Prosseguem os tucanos: "Os avanços na renda praticamente se equivalem nos dois períodos: 6,9% entre 1991 e 2000 e 6,8% de 2000 a 2010. Apenas a progressão no indicador específico para longevidade foi mais elevada, ainda que levemente, nos anos que coincidem majoritariamente com os da gestão petista: aumento de 12% no período mais recente, ante 10% no decênio inicial", emendou a nota.

Na mesma nota que contém as comparações entre períodos, o ITV criticou a realização constante de comparações entre governos feita pelos seus adversários petistas, dizendo tratar-se do "esporte preferido dos petistas". "É algo tão descabido que equivaleria a ver Fernando Henrique cotejando-se a João Baptista Figueiredo lá na metade inicial de seu governo", prosseguiu a nota.

Segundo os tucanos, a importância do estudo do Pnud é apontar um caminho a ser seguido pelo País. "O que o Pnud, mais uma vez, deixa evidente com o IDHM é que nosso grande gargalo é a educação: entre nossos jovens de 15 a 17 anos, apenas 57% completaram o ensino fundamental e, entre 18 e 20, só 41% concluíram o médio", ressaltaram.

O ITV diz ainda que esse estudo mostra quem "mais fez pela melhoria da qualidade de vida dos brasileiros nos últimos 20 anos". "Se é para comparar, a vitória é dos tucanos."

(Estadão)

FHC: ""VERDADES DA HISTÓRIA SEMPRE VENCEM A PROPAGANDA POLÍTICA POPULISTA"

ONU COMPROVA QUE ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO CRESCEU 28% MAIS COM NO GOVERNO FHC DO QUE NA ERA LULA

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) usou sua página pessoal no Facebook para comentar estudo divulgado pelo ONU sobre Índice de Desenvolvimento Humano Municipal do Brasil e criticar seu adversário político e sucessor, o petista Luiz Inácio Lula da Silva. Recomendando uma notícia publicada no site do PSDB que diz que, em seus oito anos de governo, o crescimento do IDHM foi maior do que na era Lula, FHC afirmou:"verdades da História sempre vencem a propaganda política populista".



O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal brasileiro subiu 47,5% nas últimas duas décadas, saindo da classificação "muito baixo" para o nível considerado "alto". Essa é a uma das principais conclusões do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013, pesquisa da ONU feita com a ajuda do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), subordinado à Presidência da República, e da Fundação João Pinheiro, do governo de Minas Gerais. Os dados foram calculados usando os Censos de 1991, 2000 e 2010 --e não captam, portanto, o governo Dilma Rousseff.

Leia mais na Folha

OS NÓS A QUATRO MÃOS

Míriam Leitão, O Globo

A economia brasileira está diante de vários obstáculos que impedem o crescimento mais forte. Para recuperar o ritmo, terá que superá-los e, para isso, o governo precisa reconhecer o que não está funcionando.

A presidente propôs um “pacto da verdade” mas, em seguida, fugiu dele. O fato é que os nós se acumularam e isso está derrubando a confiança dos consumidores e dos empresários.

A inflação será baixa em julho e agosto, mas ela está alta demais há muito tempo e não há previsão de quando volta ao centro da meta. A balança comercial está com déficit.

Algumas commodities caíram de preço, mas isso sozinho não explica o rombo. Ele é resultado de uma importação crescente de petróleo e derivados, causada pelo incentivo ao consumo da gasolina e pelo uso das térmicas, e insuficiência de produção. O déficit em conta corrente subiu e não é coberto por investimentos diretos.

O mercado de trabalho vive um drama duplo: os empresários acham que falta mão de obra qualificada mas jovens não encontram emprego. O consumo não crescerá no ritmo que cresceu porque o endividamento das famílias dobrou nos últimos 8 anos e hoje compromete quase um quarto do orçamento familiar.

Continuar estimulando o consumo, via dívida, é mais difícil. O cenário é parecido com os gastos públicos. Apenas no primeiro semestre deste ano, o governo concedeu R$ 35 bilhões em desonerações que não deram o resultado esperado.

A arrecadação cresceu 0,5% no semestre, descontada a inflação, e não há espaço para novos estímulos. O superávit primário caiu, e a dívida bruta está aumentando. A dívida que todos olham é a bruta, e, segundo dados do Banco Central, ela saiu de 54,06% do PIB, em janeiro de 2011, para 59,58%, em maio de 2013. A dívida líquida perdeu credibilidade porque passou a incorporar ativos sem liquidez, como os empréstimos feitos ao BNDES.

O PIB será baixo pelo terceiro ano seguido. As projeções para o ano que vem também caíram para a casa de 2% e o período entre 2011 e 2014 deve ser o de mais baixo crescimento dos últimos 20 anos: média de apenas 2,12%, levando em conta as projeções feitas no Boletim Focus para 2013 e 2014.

O principal gargalo é a inflação. Ela está perto do teto da meta, em 6,5%, mesmo com um nível de atividade baixo. Se a economia voltar a acelerar, ela pode ficar mais alta. A menos que a taxa caia bastante agora. Mas, se errar na dose de juros, o BC derruba demais o nível de atividade.

Leia a íntegra em Os nós a quatro mãos

"MAIS MÉDICOS" - MÉDICO CUBANO NO INTERIOR DO BRASIL E O CAOS NA SAÚDE


Um acordo entre os dois países pode trazer seis mil médicos cubanos para o Brasil

André de Souza, O Globo

Médicos de pelo menos 20 estados devem parar nos próximos dois dias em protesto contra o programa Mais Médicos, lançado há três semanas pelo governo federal, e contra os vetos presidenciais ao Ato Médico, lei que regulamenta a atividade da medicina no país. Apenas os atendimentos de urgência e emergência serão mantidos na terça e na quarta-feira.

A paralisação faz parte do calendário de greve da Federação Nacional dos Médicos (Fenam). Médicos de 16 estados já haviam parado na terça-feira da semana passada. “A Fenam delibera suspensão tanto do sistema público, quanto do suplementar. É uma luta geral, em nome da medicina e da população brasileiras”, afirmou em nota o presidente da Fenam, Geraldo Ferreira.

Leia mais em Médicos devem parar em pelo menos 20 estados, diz entidade

Leia também Número de inscritos no programa Mais Médicos atende a apenas 30% da demanda dos municípios

VIOLÊNCIA REDUZ LONGEVIDADE DOS BRASILEIROS

Lisandra Paraguassu, Estadão

Existe uma área em que o Brasil conseguiu chegar ao desenvolvimento muito alto: a expectativa de vida. A cada ano, os brasileiros vivem mais, em todo o País. Dos 5.565 municípios brasileiros, 3.176 têm o IDHM Longevidade muito alto. Nenhuma cidade está na faixa "baixo" ou "muito baixo".

A diminuição significativa da mortalidade infantil e a queda na fecundidade são as causas do sucesso no índice. O avanço só não é ainda maior por uma razão: a violência, que se espalha das grandes metrópoles para as cidades pequenas e centra fogo especialmente nos jovens.

Hoje, mais de 50% dos municípios brasileiros têm taxas de fecundidade abaixo do nível de reposição da população. Somado a isso, quase 60% das cidades conseguiram baixar para menos de 19 por mil nascidos vivos a mortalidade infantil, meta que deveria ser atingida pelo País, de acordo com os Objetivos do Milênio, em 2015.
(...)

Extermínio

O crescimento na expectativa de vida nos últimos dez anos – 46% no Brasil e 58% no Nordeste – poderia ser ainda maior se não fosse o impacto da violência entre os jovens. O Brasil tem uma alta taxa de mortes violentas na população em geral, mas a concentração das mortes entre jovens deixa o País na mesma linha de países que passam por guerras civis e outros conflitos violentos.

De acordo com o último Mapa da Violência, preparado pelo sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, a taxa chegou a 134 por 100 mil habitantes, mais do que o dobro do já alto índice da população em geral, de 54 por 100 mil. Nas palavras do autor, um extermínio juvenil. "Nós não teremos grandes impactos mais por tratamentos médicos. Mas uma criança que deixa de morrer em um ano dá um impacto gigantesco. Um jovem que deixa de morrer cria um impacto enorme", avalia Marcelo Nery.

ENTREVISTA DE DILMA DEVERIA IR PARA A CESTA. A CESTA DO LIXO

Jorge Oliveira

Já se foi a época em que uma entrevista de presidente da república agitava o país, criava certa expectativa em seus súditos ávidos para saber o que pensava o seu líder sobre os problemas do seu povo, principalmente quando esse povo está à deriva. Quem leu a entrevista de Dilma Roussef na Folha deste domingo ficou com a sensação de vazio. De que está sendo governado por uma pessoa que não enxerga a realidade em que vive, que desconsidera o momento por que  passa o país com a economia em frangalhos, os partidos da base desarticulados, a infraestrutura desmantelada e os programas sociais que não saem do papel, mas que permanecem vivos nos gastos milionários com publicidade no horário nobre das TVs.
A entrevista da Dilma à colunista Mônica Bergamo deveria ir para a cesta. No jargão jornalístico: cesta do lixo. Irônica e o todo tempo tentando subestimar o questionamento da repórter, tratando-a sempre de “minha querida”, Dilma não respondeu nada do que o brasileiro espera de seu presidente nesse momento de convulsão social, de rebeliões e manifestações generalizadas que geram tensão e instabilidade às instituições brasileiras.  O fim da entrevista então é hilariante: “Gente, preciso ir. Estou tontinha da silva”,  diz para encerrar a conversa e fugir da saraivada de perguntas da jornalista. Dilma mostrava-se cansada,  isolada, enfadada – deselegante, inclusive -  como se o mandato estivesse acabando ali, naquele momento.
É assim que o petê melancolicamente começa a botar a viola no saco  a um ano e poucos meses das eleições. Uma presidente dizendo que não fará reformas, que manterá o Mantega, que não reduzirá o número de ministérios, que nega a estagnação da economia, a alta da inflação, a crise dentro do seu próprio partido. Como tudo isso não bastasse, a presidente adotou o cacoete de que o Brasil foi descoberto nos últimos dez anos. A exemplo do Lula “nunca antes na história deste país..”, agora, a presidente instigada por assessores medíocres tentou convencer o Papa de que o país não existia há 10 anos atrás, antes do PT.
De toda a conversa com a presidente, louve-se as perguntas de Mônica Bergamo. O jornalista, que sempre foi o intermediário (coadjuvante) do interlocutor numa entrevista,  dessa vez assumiu o papel de protagonista com as perguntas precisas e articuladas. Veja algumas delas: “A crítica é que a senhora relaxou no controle da inflação para manter o crescimento”; a senhora teria características que não contribuem para que projetos deslanchem. Seria centralizadora, autoritária”; a senhora já fez ministros chorarem com suas broncas?”; o que acha de o ministro Paulo Bernardes, das Comunicações, ser chamado por críticos de “ministro do Plim-Plim?”;  a senhora sabe falar o nome dos 39 ministros?”; “o ministro Mantega está garantido no cargo?”; o modelo de crescimento pelo consumo não se esgotou?”; os empresários reclamam que a senhora não tem diálogo”; “o fato de usarem o Lula para criticá-la não a incomoda?
Foram essas perguntas diretas e certeiras que deixaram a presidente “tontinha da silva”.

AZAR DE QUEM USA O SUS



LULA E DILMA PAGAM CARO E TRAVAM CARREIRAS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

Apontado nas pesquisas como o principal problema do Brasil, a saúde está longe de ser prioridade no governo PT. A presidente Dilma e seu antecessor Lula — que recebem tratamento vip no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo –, travam há nove anos projeto que cria plano de carreira no Sistema Único de Saúde. A proposta foi elaborada por comissão especial criada, ainda em 2004, pelo Ministério da Saúde. 

Leia mais na Coluna do Cláudio Humberto.


IDH - OS NÚMEROS CONFIRMAM A DÉCADA PERDIDA

PT: uma década perdida no IDH?

No Coturno


Se olharmos o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) publicado em 2003 com o apresentado hoje, pelo IPEA, temos um quadro que pode estar expressando uma década perdida, marcada pelas duas gestões de Lula. 

O IDH 2013, que cobre a gestão do petista, é menor do que o IDH 2003, que abrange a gestão tucana. 

Ao que parece, de forma esperta, o IPEA resolveu analisar 20 anos, em vez de 10 anos. O que faz desconfiar que existe, aí, uma manipulação safada dos dados para não mostrar que o Brasil melhorou mais, no IDH, com FHC do que com Lula.

IDH: estados governados pelo PT desabam, estados governados pelo PSDB sobem.

Na comparação de 2003 a 2013, que envolve o período petista, os números não mentem. No confronto PT x PSDB, os tucanos ganham de lavada.

À exceção do Distrito Federal, que manteve a sua posição por motivos óbvios, Acre, Bahia, Rio Grande do Sul e Sergipe perderam posições no ranking do IDH. Um fiasco em termos de gestão. De cinco estados, apenas um manteve a sua posição, os outros quatro pioraram.

Já os estados governados por tucanos, à exceção do Pará, que perdeu posições, de Alagoas e Paraná que mantiveram os seus postos, cinco estados melhoraram o IDH: São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Tocantins e Roraima.

O IDH não é feito pela mídia golpista, nem tampouco pela elite fascista. É um índice da ONU. Portanto, só resta ao PT reconhecer que faz o marketing da miséria muito bem. Já acabar com ela são outros quinhentos.

Tanto é que em 2003 o IDH do Brasil era 0,792. O IDH de 2013 ficou em 0,727. Uma queda de mais de 8%. Por isso, os espertinhos estão comparando tudo com os últimos 20 anos. Mais um motivo para comprovar que o PT apenas puxou os índices para baixo.

SALTO DO IDH NOS ANOS 90 (0,493 em 1991) EMPACOU NA ÚLTIMA DÉCADA

IDHM no Brasil avança 47,5% em 20 anos

São Caetano é a cidade com maior índice; Educação se mantém como o principal desafio do país

VEJA

Portal da cidade de São Caetano do Sul

O Índice do Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) do Brasil, divulgado nesta segunda-feira pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), revela o avanço do Brasil nos últimos 20 anos, mas também um quadro em que a educação se mantém como o principal desafio do país.

Entre 1991 e 2010, o índice geral cresceu 47,5% – de 0,493 para 0,727. Feito com base no IDH global, publicado anualmente pelo PNUD, esse índice é composto por três variáveis: vida longa e saudável (longevidade), acesso ao conhecimento (educação) e padrão de vida (renda). O desempenho de uma determinada localidade é melhor quanto mais próximo o indicador for do número um.

A classificação do IDHM do Brasil mudou de “muito baixo” (0,493 em 1991) para “alto” (0,727 em 2010). É considerado “muito baixo” o IDHM inferior a 0,499, enquanto que a pesquisa chama de “alto” o indicador que varia de 0,700 a 0,799. Segundo os dados, 74% dos municípios brasileiros (4 122) estão com índices entre "médio" e "alto", e 25% deles (1 431) figuram nas faixas de "baixo" e "muito baixo".

Apesar da evolução nesse quadro, a análise por regiões mostra que o Nordeste ainda tem a maioria de seus municípios no grupo de baixo desenvolvimento humano (61,3%, ou 1 099 cidades), enquanto no Norte eles somam 40,1% (180 municípios) nesta categoria. Pelos dados atuais, 44 municípios do Brasil fazem parte da faixa de “muito alto” desenvolvimento humano.

Encabeçando a lista está São Caetano, na Região Metropolitana de São Paulo, com o maior IDHM do país. No outro extremo está Melgaço, no Pará, com o pior índice.

Educação – O subíndice educação, uma das variáveis que compõem o IDHM, é o que mais puxa para baixo o desempenho do país. Em 2010, teve uma pontuação de 0,637, enquanto que os subíndices renda (0,739) e longevidade (0,816) alcançaram níveis maiores.

Embora seja o componente com pior marcação, foi na educação que mais houve avanço nas duas últimas décadas, ressaltaram os pesquisadores. Em 1991, tinha um IDHM 0,279, o que representa um salto de 128% se comparado à pontuação de 2010. "Saímos de um patamar muito baixo, mas a gente ainda não está bem. O IDHM educação é o que menos contribuiu e onde temos os maiores desafios para superar", avaliou Marco Aurélio Costa, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), um dos parceiros na realização do estudo.

Longevidade –O componente da longevidade, por sua vez, que é calculado pela expectativa de vida da população ao nascer, é a área na qual o Brasil apresenta melhor pontuação. É o único componente que está na faixa classificada pela pesquisa como um IDHM “muito alto”, quando o índice ultrapassa 0,800. Desde 1991 como o subíndice mais bem avaliado, foi também na longevidade em que a variação ao longo dos últimos 20 anos foi menor. O IDHM longevidade era de 0,662 em 1991, de 0,727 em 2000 e de 0,816, em 2010.

Já a renda mensal per capita saltou 14,2% no período, o que corresponde a um ganho de 346,31 reais em 20 anos. As três instituições que elaboram o Atlas – PNUD, Ipea e Fundação João Pinheiro – ressaltam que 73% dos municípios avançaram acima do crescimento da média nacional. No entanto, há 11% de municípios com IDHM de renda superior ao do Brasil, "evidenciando a concentração de renda do país".

Confiram AQUI quais são as vinte cidades com o melhor índice de desenvolvimento do país e também as vinte piores.

Consulte o IDHM de sua cidade no site do Pnud

segunda-feira, 29 de julho de 2013

PAPA CRITICA "IDEOLOGIZAÇÃO" DA MENSAGEM DO EVANGELHO

Pontífice condena também tentação do 'funcionalismo paralisante', que reduz a realidade da Igreja à estrutura de uma ONG. Francisco diz que posição do missionário não deve ser de centro, mas de periferias 
Francisco fez menção ao diálogo com o mundo atual, pois as alegrias, tristezas e angústias dos homens do nosso tempo são as dos discípulos de Cristo

Deborah Berlinck, O Globo

No discurso para bispos do Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam), no Centro de Estudos do Sumaré, o Papa Francisco criticou o que chamou de "ideologização" da mensagem evangélica. Isto é, interpretações do Evangelho que podem ir de um extremo ideológico a outro. Isso, que ele chamou de "Igreja tentada" (Igreja da tentação), foi visto por alguns como uma referência velada aos movimentos controversos da Igreja, como o Opus Dei, de extrema-direita, ou a Teologia da Libertação, de extrema-esquerda.

O Papa também falou que a posição do missionário não deve ser de centro, mas sim de periferias e que os bispos, portanto, devem ser pastores, "próximos das pessoas, pais e irmãos, com grande mansidão: pacientes e misecordiosos".

- Homens que amem a pobreza, quer a pobreza interior como verdades diante do Senhor, quer a pobreza exterior, como simplicidade e austeridade de vida. Homens que não tenham "psicologia de príncipes". Homens que não sejam ambiciosos e que sejam esposos de uma Igreja sem viver na expectativa de outra.

Neste momento, o Papa Francisco deixou o discurso de lado e brincou que os pastores têm que lembrar que são casados com a Igreja e que não podem ser polígamos.

Francisco também fez menção ao diálogo com o mundo atual, pois as alegrias, tristezas e angústias dos homens do nosso tempo são as dos discípulos de Cristo:

- A resposta às questões existenciais do homem de hoje, especialmente das novas gerações, atendendo à sua linguagem, entranha uma mudança fecunda que devemos realizar com a ajuda do Evangelho, do Magistério e da Doutrina Social da Igreja. Os cenários e areópagos são os mais variados. Por exemplo, em uma mesma cidade, existem vários imaginários coletivos que configuram “diferentes cidades”. Se continuarmos apenas com os parâmetros da “cultura de sempre”, fundamentalmente uma cultura de base rural, o resultado acabará anulando a força do Espírito Santo.

O Pontífice disse que é necessário que, como pastores, os bispos se interroguem sobre o andamento das Igrejas a quem presidem. E enumerou perguntas a serem feitas. Entre elas:

- Procuramos que o nosso trabalho e o de nossos presbíteros seja mais pastoral que administrativo? - perguntou.

Ele também indagou:

- Temos como critério habitual o discernimento pastoral, servindo-nos dos Conselhos Diocesanos? Tanto estes como os conselhos paroquiais de pastoral e de assuntos econômicos são espaços reais para a participação laical na consulta, organização e planejamento pastoral? O bom funcionamento dos Conselhos é determinante. Acho que estamos muito atrasados nisso.

O Papa listou propostas ideológicas que "aparecem" na América Latina e no Caribe. A primeira da lista foi:

- O reducionismo socializante, que é a ideologização mais fácil de descobrir. Em alguns momentos, foi muito forte. Trata-se de uma pretensão interpretativa com base em uma hermenêutica de acordo com as ciências sociais. Engloba os campos mais variados, desde o liberalismo de mercado até a categorização marxista - disse o Papa.

Outra tentação, disse, é a "ideologização psicológica", que, segundo ele, é frequente em cursos de espiritualidade, retiros espirituais e outros do gênero. Ou seja, uma interpretação "elitista, que, em última análise, reduz o encontro com Jesus Cristo e seu sucessivo desenvolvimento a uma dinâmica de autoconhecimento".

Tem ainda, continua o Papa, a "proposta gnóstica". Isto é:

- Grupos de elites com uma proposta de espiritualidade superior, bastante descarnada.

Leia mais em Papa critica 'ideologização' da mensagem do Evangelho em discurso para bispos

FIM DO MITO DE QUE "DUAS CABEÇAS PENSAM MELHOR DO QUE UMA"


A oposição reagiu à entrevista em que a presidente Dilma Rousseff, no jornal “Folha de S. Paulo”, afirma que não haverá o “Volta Lula” porque ele nunca teria saído. Para os líderes da oposição, Dilma mostrou fragilidade ao admitir que age à sombra de Lula. Em sua página de rede social, o senador e presidenciável Aécio Neves (PSDB-MG) criticou a “obsessão” de Dilma pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, citado duas vezes na entrevista, e considerou que Dilma anunciou ao país que “o governo não fará nenhum esforço no sentido de diminuir sua estrutura e, com isso, reduzir o seu custeio”.

Na entrevista, a presidente negou todas as dificuldades econômicas apontadas inclusive por parlamentares de sua base e pelo próprio Lula, e garantiu que o governo cumprirá a meta de inflação pelo décimo ano consecutivo. E lembrou que Fernando Henrique não cumpriu a meta em três dos quatro anos dele em que a meta vigorou. Fernando Henrique está em viagem à Europa, segundo sua assessoria, e Lula não quis comentar a entrevista.

“Ao insistir em comparar o seu governo com a gestão do ex-presidente, a presidente Dilma zomba da inteligência dos brasileiros ao tratar apenas de números absolutos, ignorando as gigantescas diferenças entre as conjunturas das duas épocas”, defendeu Aécio. “O sentimento que fica ao final da entrevista é o de um governo incapaz de novas iniciativas, refém das circunstâncias que o cercam. Enfim, um governo que chegou ao seu final de forma extremamente prematura”, acrescentou.

Para o presidente do PPS, deputado Roberto Freire (SP), a declaração de Dilma sobre a indissociabilidade com Lula confirma o que a sociedade brasileira já desconfiava: — Ela é uma marionete, o poder é exercido, nas sombras, por Lula. Isso é muito ruim, nenhum país consegue ser bem administrado por alguém que está nas sombras. E deu uma demonstração de que o governo dela é guiado pelo fisiologismo. Ela só consegue montar sua base em função de tantos ministérios para distribuir entre os petistas e aliados. É puro clientelismo, não tem nada de interesse público nisso. Tudo o que ela diz é uma demonstração de quão incompetente e inepto é o governo dela.

O líder do DEM no Senado, José Agripino (RN), avaliou que as declarações da presidente são uma tentativa de dividir com Lula e o PT a responsabilidade pelos “acertos e desacertos” de seu governo, em um momento de queda brusca de popularidade. — Ela colocou claramente que a responsabilidade pelo malogro do governo não é só dela. É uma forma de se associar ao Lula e ao PT para dividir seu insucesso. Ela resolveu adotar um discurso demagógico. Basta olhar o resto do mundo: só países de quinta categoria têm tantos ministérios. Dá para cuidar das minorias sem esses ministérios que, até hoje, não mostraram a que vieram — disse Agripino.

O líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), concorda com a presidente quando ela associa seu governo a Lula. Para o deputado, o sucesso e o fracasso de um são estendidos ao outro. 

— Realmente, não dá para separar uma coisa da outra, então não existe volta Lula e fica Dilma, não dá para dissociar. A responsabilidade já é comum, não pelos motivos que ela coloca, mas porque, para o eleitor, ela foi escolhida e bancada pelo Lula. 

Cunha, que é autor de uma PEC para limitar o número de ministérios, criticou a presidente por ter se posicionado contrária à diminuição de pastas. — Vamos manter nossa proposta, existe um simbolismo em reduzir, porque você passa para a população que quer cortar gastos. Com menos ministérios, temos menos ministros, menos secretários-executivos e menos pessoas usando avião da FAB.

Os presidenciáveis Eduardo Campos (PSB) e Marina Silva foram procurados pelo GLOBO e não foram encontrados. A assessoria de Campos não retornou as ligações, e a de Marina informou que, por ser domingo, ela estaria com a família e não iria comentar. 

FRANCISCO PÕE A IGREJA A SERVIÇO DOS FIÉIS

Papa encerra sua primeira viagem internacional fazendo do Brasil um altar de onde cobra mais proximidade dos sacerdotes com os cristãos do mundo todo. Aos jovens, deixa um pedido para viver a fé com alegria e coragem

João Marcello Erthal, Carolina Farina e Cecília Ritto



No sexto dia de uma semana de mensagens dirigidas aos jovens, aos políticos, aos sacerdotes, aos usuários de drogas e até aos manifestantes, Francisco dissolveu, diante de uma multidão estimada em 3 milhões de pessoas, acampada entre o Atlântico e os prédios de Copacabana, os vestígios de dúvida sobre os caminhos que traça para a Igreja Católica. O mar de fiéis festejava o início da vigília na 28ª Jornada Mundial da Juventude, numa faixa de areia castigada pelo vento constante de uma noite atipicamente gélida no Rio de Janeiro. Jorge Mario Bergoglio citou São Francisco de Assis diante do crucifixo. “Francisco, vai e repara minha casa”, lembrou o papa, citando palavras de Jesus ao jovem que se tornou frei. A voz, agora, é dele, Francisco, e quem ouve é uma massa que embaralha nacionalidades e classes sociais, a quem pede “coragem” e a quem chama de “construtores de uma Igreja mais bela”. Ao se despedir do Brasil, na noite deste domingo, o pontífice deixou entre os católicos brasileiros a sensação de que há alguém nos altares disposto a ouvir e falar mais. A visita também envia, para o resto do mundo, a ideia de que a transformação começou.

É imensa a espontaneidade do papa. Perde seu tempo quem tenta encontrar, nos gestos de humildade, alguma incoerência do argentino que ocupa o trono da Igreja e abre mão dos privilégios a ele conferidos através dos séculos. Foi o “estilo Francisco” a primeira mensagem recebida no Brasil, chamando a atenção de quem, por ventura, não tenha tomado conhecimento do novo papa e do que ele quer dizer aos católicos: o papa exigiu um carro simples, andou de vidros abertos, dispensou o guarda-chuva para a caminhada até o hospital de dependentes químicos, no meio de chuva forte. O pontífice não descansou do primeiro ao sétimo dia da viagem – a sua primeira como papa. Apresentou, em capítulos, aos fiéis e sacerdotes, os sinais do que pode ser um novo tempo para uma instituição voltada excessivamente fechada em si mesma, que deixou seu rebanho exposto ao assédio de crenças que não usam meias palavras - com destaque, no Brasil, para as correntes evangélicas, que avançaram enquanto os católicos perderam cerca de 1,7 milhão de fiéis, um encolhimento de 12,2% em uma década, segundo o IBGE.

Francisco condena legalização das drogas e prega alegria para reunir católicos

Papa surpreende e vai ao encontro do povo

Francisco fala sem pompa, sem rodeios. Aos jovens, de forma geral, pediu fé, o abandono aos “falsos ídolos”, e que sejam protagonistas de sua trajetória como cristãos. 

(...)
Aos jovens

"Vão. Sem Medo. Para servir".

"A Igreja precisa de vocês, do entusiasmo, da criatividade e da alegria que os caracteriza".

"Queridos amigos, não se esqueçam: vocês são o campo da fé! Vocês são os atletas de Cristo! Vocês são os construtores de uma Igreja mais bela e de um mundo melhor".

"Não permitam que outros sejam protagonistas da mudança. Vocês têm o futuro em suas mãos, o futuro vai chegar através de vocês. Peço que se envolvam nesse trabalho por um mundo melhor".

"A Igreja precisa de vocês, do entusiasmo, da criatividade e da alegria que lhes caracterizam. Um grande apóstolo do Brasil, o bem-aventurado José de Anchieta, partiu em missão quando tinha apenas 19 anos. Sabem qual é o melhor instrumento para evangelizar os jovens? Outro jovem".

"Esta relação, este diálogo entre as gerações é um tesouro que deve ser conservado e alimentado! Nesta Jornada Mundial da Juventude, os jovens querem saudar os avós. Eles saúdam os seus avós com muito carinho e lhes agradecem pelo testemunho de sabedoria que nos oferecem continuamente".

(...)

Como discutir finanças com alguém que abre mão de todo tipo de regalia, que pede comida, transporte e cerimônias de tamanha simplicidade? Francisco quis mostrar em sua primeira excursão como pontífice que a simplicidade não é uma necessidade conjuntural, mas uma forma de vida que nos garante a felicidade. “É verdade que hoje mais ou menos todas as pessoas, e nossos jovens, experimentam o fascínio de tantos ídolos que se colocam no lugar de Deus e parecem dar esperança: o dinheiro, o poder, o sucesso, o prazer”, falou. “Frequentemente, uma sensação de solidão e de vazio entra no coração de muitos e conduz à busca de compensações, destes ídolos passageiros”, alertou, falando para o público em Aparecida, na quarta-feira, cidade à qual prometeu retornar em 2017.

Como se esperava, todos os dias havia uma mensagem dirigida aos jovens, maioria absoluta da JMJ e para os quais foi criado o encontro. Para o pesquisador da PUC-SP, Francisco tentou estimular a juventude a ser católica com fervor, não se acanhar e, principalmente, demostrar sua fé com ações. “Quem querem ser? O Cirineu que ajuda Cristo a levar a cruz ou Pilatos, que lavou as mãos?”, perguntou, depois de assistir, de volta ao Rio, à encenação da Via-Sacra.

Leia também:
As lições de Francisco para os franciscanos
Francisco em Aparecida: “Rezem por mim e até 2017, que vou voltar”

Veja mais nas galerias do site de VEJA.

NEM TODOS OS SANTOS

Mary Zaidan

Descortês, impróprio e deselegante, o discurso da presidente Dilma Rousseff na recepção ao Papa Francisco parece ter tido o dedo do diabo, que, é bom lembrar, ela confessou que usará para se reeleger. Ensaiada, repetiu a ladainha de que nos últimos 10 anos o governo do PT revolucionou a qualidade de vida do povo e que tudo vai de bem a melhor. Não imaginava que o Brasil mostraria a sua cara. E não por castigo divino. Mas por desorganização, falta de preparo, confiança demais na sorte ou na nacionalidade de Deus.

A Jornada Mundial da Juventude deu certo graças à simpatia, simplicidade e grandeza do Papa Francisco e à paciência dos milhares de peregrinos. No mais, errou-se. E muito.

Do bate-cabeça de autoridades frente a um papa engarrafado e vulnerável na Av. Presidente Vargas, no centro do Rio, à pancadaria entre polícia e manifestantes nas proximidades do Palácio Guanabara. Do metrô parado por horas ao lamaçal e interdição de Guaratiba, área que todos sabiam ser alagadiça. Um vexame.

Alguns dirão que não se podia prever tanta chuva em julho, época, em geral, de seca no Sul-Sudeste. Tampouco que multidões tomariam as ruas em junho, justamente quando o País recebia a Copa das Confederações, avant-première da Copa do Mundo de 2014, que também começa em julho. Com ou sem as benções de São Pedro.

O fato é que a vinda do Papa e dos milhares de fiéis à JMJ expuseram as chagas que o governo prefere encobrir a tratar. A desordem operacional, a falta de comando e a carência estrutural, e em especial os problemas de transportes públicos, escancararam as deficiências do País para a realização de eventos de grande porte. Nem mesmo no Rio, terra do carnaval, um dos maiores espetáculos do mundo.



“Imagina na Copa” deixa de ser apenas um bordão usado por aqueles que o governo acusa serem torcedores do contra. Pena que não se bradou “imagina no Papa”.

E ainda tem a corrupção, o superfaturamento. Os mega-eventos consomem bilhões do contribuinte. Daí ser um dos eixos da grita nas ruas. Os gastos com a Copa da Fifa já passam de R$ 30 bilhões – dinheiro suficiente para construir mais de 95 mil postos de saúde. Os da JMJ ninguém confessa.

E ainda tem os jogos olímpicos de 2016. Orçados em R$ 1,8 bilhão, não devem aproveitar nada dos mais de R$ 5 bilhões usados no Pan-Americano de 2007, que, ao invés de deixar o precioso legado prometido, nem mesmo conseguiu manter o Engenhão de pé.

Santa Clara ouviu as preces e o sol voltou a brilhar na cidade maravilhosa na sexta-feira. Mas obras de infraestrutura e organização não caem dos céus. Nem que se apele para todos os santos.

domingo, 28 de julho de 2013

REDE DE BOATARIA SE ENROSCA NO TWITTER

Exclusivo: deputado do PT pego em flagrante espalhando a Lista de Furnas

No Coturno

A Lista de Furnas é uma falsificação do PT para atacar seus adversários, tentando igualá-los à quadrilha do Mensalão. Os petistas usam a tal lista para atacar políticos e autoridades honestas, mesmo que a Polícia Federal já tenha comprovado que o documento é falso.

A revista Veja fez uma reportagem didática, comprovando que os petistas de Minas são os responsáveis pela sua elaboração, tudo comprovado por gravações da PF que ligam diretamente o falsário Nilton Monteiro ao deputado estadual petista Rogério Correia e seus assessores, bem como ao ex-deputado Agostinho Valente. Quem comanda tudo é o chefe de quadrilha do Mensalão, José Dirceu.

O deputado Rogério Correia não desiste de usar a tal lista. Vejam, abaixo, o diálogo dele no twitter com quem ele achava ser Paulo Henrique Amorim e que, na verdade, é um perfil fake do blogueiro chapa-branca a serviço do PT. O deputado, desta vez, foi pego em flagrante.


Para conhecer todos os detalhes da falsificação grosseira que o deputado acima quer mandar para o criador do PIG, nada melhor do que ler este post de 2011, da Turma do Chapéu.

BOTA MAIS ÁGUA NO FEIJÃO

Maria Helena RR de Sousa

Francisco tem passado mensagens profundas com palavras simples, palavras do dia a dia e nisso reside sua força. Será que alguém imagina a possibilidade dos recados claros do Papa não entrarem em nossas mentes?

Na saudação em Varginha o jovem escolhido para cumprimentar o Papa disse verdades que incomodam, certamente incomodam muito. Ele contou ao Papa sobre a agitação incomum nas ruas e vielas de seu bairro, a azáfama das autoridades em armar um cenário que, talvez, iludisse o Papa...

Pois sim. Francisco, quando Bergoglio, tinha o hábito de visitar comunidades carentes na periferia de Buenos Aires e ir sem avisar. Ele sabe reconhecer o que foi feito ontem daquilo que faz parte da realidade do lugar que visita.

Pastor, que prega a justiça e a misericórdia, ele sabe distinguir o certo do errado: "Nenhum esforço de pacificação será duradouro, não haverá harmonia e felicidade para uma sociedade que ignora, que deixa à margem, que abandona na periferia parte de si mesma".

Já vejo analistas da fala do Papa a dizer que aí ele criticou as UPPs. Não compreendi assim: ele sabe que se não fosse a política de pacificação, ele não poderia ter entrado nessa favela que até pouco era conhecida como Faixa de Gaza.

O que ele fez foi entusiasmar os jovens a continuar a exigir o que lhes é devido, pois está convicto que se os jovens tiverem a estrutura que hoje lhes falta, os mercadores da morte não terão vez. Lembrou os pilares fundamentais de uma nação: Educação da mente e do espírito; Saúde, essencial; Segurança (mas “a violência só pode ser vencida a partir da mudança do coração humano”); e a base de tudo: a Família.


Papa Francisco quando jovem

Aos peregrinos, em Varginha ou na Catedral, em línguas diferentes, ele disse a mesma coisa, “hagan lío”. Façam barulho, movimentem-se, vão às ruas e peçam, peçam, peçam. “Os jovens possuem uma sensibilidade especial frente às injustiças, mas muitas vezes se desiludem com notícias que falam de corrupção, com pessoas que, em vez de buscar o bem comum, procuram seu próprio beneficio". Pediu-lhes que não desanimassem e lhes garantiu que “a realidade pode mudar, o homem pode mudar”.

Às autoridades o Papa pediu o essencial numa só palavra: Solidariedade. “Trabalhem por um mundo mais justo. (...) Não é a cultura do egoísmo, do individualismo, que regula nossa sociedade. Mas sim a cultura da solidariedade".

Lembrou algo fundamental: o homem tem fome de dignidade!

Ao usar, no discurso em Varginha, as palavras que sempre ouvimos em nossas casas e até no nosso cancioneiro, “bota mais água no feijão”; ao sorrir o mesmo sorriso que tinha quando menino para as crianças entusiasmadas com sua presença; ao pedir que rezemos por ele, Francisco nos cativou para sempre.

Cativou os jovens e os idosos, as duas pontas do presente, segundo ele. Os que não podem ser descartados por ser o passado que forma o futuro.

Obrigada, Papa Francisco.

ALGAZARRA DO BEM

Zuenir Ventura, O Globo

Além dos milagres já anunciados — fazer os brasileiros se apaixonarem por um argentino e, mais, um argentino humilde, alguém conhece outro? — o Papa Francisco está promovendo um espetáculo ao qual nem as nossas mais famosas festas pagãs, o carnaval e o futebol, nem o réveillon, que é meio profano, meio religioso, se equiparam em fervor e alegria natural (sem o estímulo etílico).

Levar 500 mil pessoas às areias encharcadas de Copacabana num dia e, no seguinte, o dobro disso para assistirem a demoradas cerimônias religiosas debaixo de uma chuva cortante e sob um frio desconhecido, que parece ter sido trazido na mochila dos peregrinos noruegueses, é um feito inédito.

Ele atribuiu à força da fé essa afluência de multidões molhadas para vê-lo, ouvi-lo e, quando possível, tocá-lo. De fato, tirar as pessoas de casa ou dos alojamentos para enfrentar um trânsito caótico que não poupou nem o Sumo Pontífice na chegada, suportar pane do metrô e falta de ônibus, entrar em filas intermináveis para obter senhas, acordar de madrugada, aguentar enfim estoicamente a indesculpável desorganização de um evento previsto há meses, só mesmo por milagre. Bote fé nisso!

“Sempre ouvi dizer que os cariocas não gostam do frio e da chuva, mas vocês estão mostrando que a fé é mais forte que o frio e a chuva”, ele discursou ontem na comunidade de Manguinhos.

Por modéstia, não acrescentou que, tanto quanto a fé, há o seu carisma e incrível capacidade de mobilizar as massas, empolgá-las e seduzi-las com palavras e gestos, graça e humor. E a resistência física?


Foto: Heitor Feitosa

Enquanto o acompanhava pela TV na Missa da Acolhida em Copacabana, que demorou até a noite, tive que levantar para ir ao banheiro umas duas vezes, e ele lá, após um dia exaustivo, ouvindo e falando, falando e ouvindo durante horas, sem tomar um copo d’água e, pior, sem poder dizer: “Um instantinho que vou lá dentro e volto já.” Representante de Deus na Terra, ele com certeza não está submetido às necessidades terrenas de reles pecadores como eu.

Outro destaque. Nesse espetáculo em que Francisco é o protagonista, há um ator ao mesmo tempo personagem e plateia: os peregrinos daqui e de fora. Temia-se que essa invasão de forasteiros da Jornada Mundial da Juventude tumultuasse o Rio, o que levou muita gente a sair da cidade. Eu mesmo pensei em fazer isso. 

Pois esses jovens barulhentos e vibrantes, cantando e pulando pelas ruas, em vez de tumulto, promoveram uma pacífica algazarra do bem.

OS ANTICRISTÃOS ESTÃO AGINDO

Ministro autoriza manifestantes a chegar perto de palco da JMJ

Enquanto o mundo assiste a uma das maiores manifestações de fé da história, com milhões de cristãos em estado de graça acompanhando a caminhada do líder máximo da Igreja Católica, vejam as provocações dos anticristãos, com o incentivo de autoridades do governo, em matérias do UOL:

Incrivel multidão na Missa do Papa no Rio ao lado do mar

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, interveio, nesta sexta-feira (26), para que manifestantes que protestam contra o governador Sérgio Cabral (PMDB), pelas ruas de Copacabana, no Rio de Janeiro, pudessem chegar perto do palco onde o papa Francisco havia acabado de assistir uma encenação da Via Sacra.

"Eu acho uma mistura legal isso aí. Uns gritando 'é a juventude do papa' e outros gritando outras coisas", afirmou.

Muitos peregrinos ficaram assustados com a presença dos manifestantes e evitaram se misturar a eles. Alguns rezavam quando o protesto passava por eles.

Manifestantes pedem "estado laico" durante ato contra gastos com a vinda do papa Francisco e a JMJ (Jornada Mundial da Juventude), nesta sexta-feira (26), nos arredores do palco montado em Copacabana para receber o sumo pontífice

CONFIRAM, TAMBÉM, AS LAMENTÁVEIS CENAS DA MARCHA DAS VADIAS E O SILÊNCIO (ou conivência) DO ESTADO AOS FATOS
Abaixo, texto com análise sobre esse tema:

Por: SÉRGIO PRATA.’.

A MARCHA DAS VADIAS ocorrida neste sábado em Copacabana, um evento que se iniciou em Brasilia, aliás, ambiente muito apropriado para tal marcha, não só pelas vadias, como também pelos vadios em geral, que ocupam as cadeiras do Congresso Nacional e da Esplanada dos Ministérios, foi um palco de cenas grotescas e de ofensa a todas as religiões, principalmente contra a religião católica, que se encontrava em vigília naquele local, que deveria ter seus símbolos respeitados pelas manifestantes, e não vilipendiados da forma que foi, sem ter tido nenhuma repressão por parte do estado.

Talvez incentivadas pelas MARCHAS GAYS que se espalharam pelo Brasil com cenas semelhantes, incluindo a prática de sexo em plena via pública, as mulheres que participaram desse evento ainda não se deram conta de que as manifestações não precisam ser apelativas e tampouco moralmente ofensivas para reivindicar direitos, igualando-as aos religiosos ultra-ortodoxos e radicais, em uma mistura vulgar com cenas típicas dos piores prostíbulos.

As lamentáveis práticas de vilipêndio que não foram devidamente reprimidas pelas forças policiais do estado da mesma forma que vem reprimindo as manifestações populares, deixou bem claro que o Governo do Estado do Rio de Janeiro resolveu afrontar a religião católica, que não tem se manifestado nem contra e tampouco a favor, seja do estado ou dos manifestantes.

Manifestantes usam imagens sacras como objetos sexuais . 
Logo em seguida quebram esculturas e cruzes.






IDEALISMO LEVIANO DO PT MATA

MÉDICO CONTA COMO ACIDENTADO MORREU EM SUAS MÃOS POR CULPA DO GOVERNO GAÚCHO

COMO UMA DECISÃO DE TARSO GENRO IMPEDIU QUE VIDA FOSSE SALVA NO RS
Esse Tarso Genro…
Email do médico gaúcho Rodrigo Jobim, que circula na internet, mais do que um desabafo é uma grave denúncia das consequências de uma atitude considerada irresponsável do governador gaúcho Tarso Genro PT), que decidiu romper contratos de concessão de rodovias para criar uma estatal dedicada exclusivamente à cobrança de pedágios, sem a contrapartida da manutenção e da assistência aos usuários.
Em seu depoimento, o médico Rodrigo Jobim informa que é cirurgião geral e cirurgião do trauma. “Trabalho em sala de emergência há 20 anos dando atendimento inicial e operando acidentados, baleados…”, conta ele, ao citar uma triste experiência que passou no dia 6 deste mês, um sábado.
Ele diz que retornava à noite de um plantão no Hospital Universitário de Santa Maria, cerca de 22h, e tinha acabado de passar pelo posto de pedágio de Venâncio Aires na RS-287 quando se deparou com um acidente, com colisão frontal entre dois carros pequenos. “Num deles uma senhora (com cinto de segurança) clinicamente bem, com algumas escoriações. No outro veículo, um óbito e outro agonizando (ambos sem cinto).
Entrei no carro e com auxilio de um paramédico fiquei mantendo a via aérea do paciente que agonizava e respirava com dificuldade e pensando: ‘..logo chega a ambulância do pedágio e terei condições de estabilizar a via aérea, pegar uma veia…etc..’, pois tinha recém passado pelo pedágio. Logo lembrei! Não havia mais ambulância
O Tarso conseguiu diminuir em “doirreal” e pôs a concessionária a correr. De R$ 7,20 para R$ 5,20. Houve até uma cerimônia com discurso etc.. Sem ambulância em condições na estrada tivemos que esperar os bombeiros que chegaram sem equipamento médico algum e demoraram muito mais que o aceitável e muito mais que a ambulância que sempre estava no pedágio”.
Jobim relata em sua mensagem que tudo continuava na mesma, na área do acidente, e o paciente piorando. “Chegou então uma viatura da Brigada (Polícia Militar gaúcha), também sem equipamento algum. Em seguida, chegou uma ambulância dos bombeiros, só com algumas luvas e mais nada! Colocaram então o paciente já em óbito na ambulância e o levaram, pois a chance daquele rapaz, se é que tinha, estava nas minhas mãos. Com a minha experiência e uma ambulância bem equipada, dava para fazer o suporte básico de vida ali mesmo, o que é o diferencial esta hora.”
“Obviamente que não é culpa dos bombeiros ou policias rodoviários e Brigada, que atuaram com profissionalismo e presteza que puderam”, pondera O médico Rodrigo Jobim. “Me diga então o que passa na cabeça de um político? É óbvio que sem ambulância fica mais barato! E mais: usem o cinto de segurança! Há um cronista em Porto Alegre que durante anos fez apologia do não uso do cinto pois cerceava sua liberdade.. Obviamente uma pessoa já senil naquela época”.