"A diferença entre a estreiteza e a amplitude esteve marcada nos discursos do papa e da presidente da República no Palácio Guanabara. Francisco, o pastor, foi modesto:
"Aprendi que para ter acesso ao povo brasileiro é preciso ingressar pelo portal de seu imenso coração. Por isso, permitam me que eu possa bater delicadamente a essa porta. Peço licença para entrar e transcorrer essa semana com vocês. Não tenho ouro nem prata, mas trago o que de mais precioso me foi dado: Jesus Cristo". Falou de amor e fraternidade.
Dilma, a governante, foi soberba e inoportuna ao tentar absorver para si e seus aliados políticos (não era hora nem lugar de exaltar o "trabalho" de prefeito e governador) a boa atmosfera da visita papal,
com um pronunciamento de exaltação aos feitos do governo federal aos quais buscou também associar ações da Igreja. Defendeu de novo a tese de que os protestos decorrem dos "avanços dos últimos dez anos". Falou de pretensão e egoísmo ao desconhecer esforços anteriores."
(Dora Kramer, Estadão)
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