A militância quer, entretanto, que ela declare que não receberá doações de bancos e empreiteiras. No entanto, Neca Setúbal, uma das maiores acionistas do Itaú, é quem está financiando a fundação da Rede e angariando dinheiro junto a empresários para sustentar o novo partido.
Marina alega que o debate será aprofundado, ou seja, vai estimular uma série de conversas para que nada se resolva, pois isso não passa de uma estratégia de embromação, diga-se.
Quando concorreu à Presidência pelo PV, Marina recebeu doações de empresas que hoje estão na lista negra da Rede: R$ 400 mil da Ambev e R$ 100 mil da Bunge Fertilizantes.
As construtoras Andrade Gutierrez (R$ 1,1 milhão), Camargo Correa (R$ 1 milhão), Construcap (R$ 1 milhão) e o Itaú Unibanco (R$ 1 milhão) também deram contribuições para a campanha.
A ligação de Marina com o setor financeiro, no entanto, vai além dessa cifra. A ex-senadora é amiga de Neca Setúbal, herdeira do Itaú. É ela quem cuida de uma área essencial a qualquer partido: a captação de recursos.
Além das restrições a quem pode ou não fazer doações à Rede, o estatuto da futura legenda defende o financiamento público de campanha e prevê um teto fixo de captação de recursos, a variar de acordo com cada tipo de candidatura. Hoje, cada pessoa física pode doar o equivalente a 10% de seus rendimentos brutos do ano anterior à eleição. Já a pessoa jurídica, apenas 2% do faturamento bruto obtido no ano anterior ao pleito.
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