No Coturno
Desde que nasceu, a EBC, Empresa Brasileira de Comunicação, é uma caixa preta. Ou melhor, uma caixa vermelha, repleta de estrelinhas carimbadas. Desde o filho do ex-ministro Franklin Martins, que participava de concorrências milionárias do órgão. Ou mesmo do pai que, segundo algumas línguas, aproveita-se da estrutura da empresa na África para alguns outros projetos familiares.
A EBC foi parida pelo Governo Federal em outubro de 2007, pela união dos patrimônios e do pessoal da Radiobras com os bens públicos da União que estavam sob a guarda da Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto (Acerp), que coordenava a TVE Brasil.
Naquele ano de 2007, os gastos do Governo Federal com a estrutura era de R$ 109 milhões por ano, sendo que o gasto direto com pessoal representava R$ 42 milhões. Os gastos com serviços de terceiros alcançavam R$ 29 milhões.
Em 2012, o orçamento da EBC já tinha mais do que triplicado, alcançando R$ 376 milhões. O custo de pessoal subiu para R$ 117 milhões e os gastos com terceirização atingiram a estupenda cifra de R$ 103 milhões.
Como é que os custos de pessoal subiram tanto se a EBC? Será que os funcionários de carreira receberam aumentos estrondosos? Não! Os jornalistas da EBC são os que recebem os piores salários do mercado, em torno de R$ 3 mil mensais. Alguns reais a mais do que o piso sindical. Mas então qual o motivo desta explosão de custos? Adivinhem! A transformação do órgão no maior cabide de empregos do Executivo, uma farra com dinheiro público que transformou a antiga Radiobras na Empresa Brasileira da Companheirada.
Um relatório de auditoria de 2011, o último publicado no Portal da EBC, mostrava que o órgão possuía 1.477 empregados, Não se trata, aqui, de questionar se o número é baixo ou alto. O escândalo é que apenas 834 empregados eram contratados via concurso público. Existiam 395 cargos de confiança, sem concurso, pendurados no grande cabide da Empresa Brasileira da Companheirada. Uma relação de um chefe CC para cada 2,1 funcionários de carreira. Se fossem contados os funcionários temporários, a relação subiria para 2,5 chefes CC para empregado.
Os números do site está desatualizados. No entanto, uma resolução publicada em abril aumenta ainda mais o numero de CCs na EBC. Mais companheiros serão admitidos e o total chegará a 429. A relação entre empregados e chefes continuará sendo escandalosa, de cerca de 1 para cada 3,5.
Mas não é só nisso que o PT esmaga os trabalhadores da antiga Radiobras, hoje EBC. O orçamento para pessoal, que paga funcionários concursados e CCs, é rigorosamente o mesmo. Como CCs recebem altos salários, a estratégia é esmagar os funcionários com estabilidade, pagando-lhes salários de fome.
Os cargos comissionados são criados para permitir a um dirigente de estatal indicar profissionais de sua confiança para coordenar áreas estratégicas. É natural, mas jamais podem chegar a 25% do total de um quadro funcional. Isso é um crime. Há, assim, um total aparelhamento da EBC, o que resulta no péssimo desempenho que ela vem tendo. Cargos de confiança são indicações políticas sem conhecimento da área e funcionários descontentes produzem menos e com menor qualidade. O resultado é a audiência pífia obtida pela EBC.
Aliás, o aparelhamento é feito não só por políticos, mas também por ONGs como o Movimento Negro Unificado, Comissão de Jornalistas pela Igualdade Social, do Sindicato dos Jornalistas do DF, Coletivo Pretas Candangas, Associação das Rádios Públicas do Brasil, Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária (ABRAÇO), Associação Mundial de Rádios Comunitárias (AMARC),Associação das Rádios Públicas do Brasil (ARPUB), Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação – Sindicato dos Jornalistas e Intervozes, esta última a mais poderosa em termos de influência. Cada uma destas ONGs têm os seus cargos carimbados dentro da EBC.
Cinco anos depois de criada, no governo Lula, a TV Brasil continua registrando audiência perto de zero. Relatório confidencial enviado a conselheiros da EBC (Empresa Brasileira de Comunicação) mostra que, em abril, a audiência média semanal domiciliar em SP não conseguiu passar de 0,12 --chegando a cair a 0,05 entre 15 e 21 de abril.
Se não cumpre o seu papel como empresa, a EBC atende a estratégia petista presente em todos os espaços da máquina pública: ser um cabide de empregos vergonhoso, quando deveria estar prestando um serviço público de qualidade, como o que foi exigido por milhões de manifestantes que invadiram as ruas no último mês de junho.
Desde que nasceu, a EBC, Empresa Brasileira de Comunicação, é uma caixa preta. Ou melhor, uma caixa vermelha, repleta de estrelinhas carimbadas. Desde o filho do ex-ministro Franklin Martins, que participava de concorrências milionárias do órgão. Ou mesmo do pai que, segundo algumas línguas, aproveita-se da estrutura da empresa na África para alguns outros projetos familiares.
A EBC foi parida pelo Governo Federal em outubro de 2007, pela união dos patrimônios e do pessoal da Radiobras com os bens públicos da União que estavam sob a guarda da Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto (Acerp), que coordenava a TVE Brasil.
Naquele ano de 2007, os gastos do Governo Federal com a estrutura era de R$ 109 milhões por ano, sendo que o gasto direto com pessoal representava R$ 42 milhões. Os gastos com serviços de terceiros alcançavam R$ 29 milhões.
Em 2012, o orçamento da EBC já tinha mais do que triplicado, alcançando R$ 376 milhões. O custo de pessoal subiu para R$ 117 milhões e os gastos com terceirização atingiram a estupenda cifra de R$ 103 milhões.
Como é que os custos de pessoal subiram tanto se a EBC? Será que os funcionários de carreira receberam aumentos estrondosos? Não! Os jornalistas da EBC são os que recebem os piores salários do mercado, em torno de R$ 3 mil mensais. Alguns reais a mais do que o piso sindical. Mas então qual o motivo desta explosão de custos? Adivinhem! A transformação do órgão no maior cabide de empregos do Executivo, uma farra com dinheiro público que transformou a antiga Radiobras na Empresa Brasileira da Companheirada.
Um relatório de auditoria de 2011, o último publicado no Portal da EBC, mostrava que o órgão possuía 1.477 empregados, Não se trata, aqui, de questionar se o número é baixo ou alto. O escândalo é que apenas 834 empregados eram contratados via concurso público. Existiam 395 cargos de confiança, sem concurso, pendurados no grande cabide da Empresa Brasileira da Companheirada. Uma relação de um chefe CC para cada 2,1 funcionários de carreira. Se fossem contados os funcionários temporários, a relação subiria para 2,5 chefes CC para empregado.
Os números do site está desatualizados. No entanto, uma resolução publicada em abril aumenta ainda mais o numero de CCs na EBC. Mais companheiros serão admitidos e o total chegará a 429. A relação entre empregados e chefes continuará sendo escandalosa, de cerca de 1 para cada 3,5.
Mas não é só nisso que o PT esmaga os trabalhadores da antiga Radiobras, hoje EBC. O orçamento para pessoal, que paga funcionários concursados e CCs, é rigorosamente o mesmo. Como CCs recebem altos salários, a estratégia é esmagar os funcionários com estabilidade, pagando-lhes salários de fome.
Os cargos comissionados são criados para permitir a um dirigente de estatal indicar profissionais de sua confiança para coordenar áreas estratégicas. É natural, mas jamais podem chegar a 25% do total de um quadro funcional. Isso é um crime. Há, assim, um total aparelhamento da EBC, o que resulta no péssimo desempenho que ela vem tendo. Cargos de confiança são indicações políticas sem conhecimento da área e funcionários descontentes produzem menos e com menor qualidade. O resultado é a audiência pífia obtida pela EBC.
Aliás, o aparelhamento é feito não só por políticos, mas também por ONGs como o Movimento Negro Unificado, Comissão de Jornalistas pela Igualdade Social, do Sindicato dos Jornalistas do DF, Coletivo Pretas Candangas, Associação das Rádios Públicas do Brasil, Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária (ABRAÇO), Associação Mundial de Rádios Comunitárias (AMARC),Associação das Rádios Públicas do Brasil (ARPUB), Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação – Sindicato dos Jornalistas e Intervozes, esta última a mais poderosa em termos de influência. Cada uma destas ONGs têm os seus cargos carimbados dentro da EBC.
Cinco anos depois de criada, no governo Lula, a TV Brasil continua registrando audiência perto de zero. Relatório confidencial enviado a conselheiros da EBC (Empresa Brasileira de Comunicação) mostra que, em abril, a audiência média semanal domiciliar em SP não conseguiu passar de 0,12 --chegando a cair a 0,05 entre 15 e 21 de abril.
Se não cumpre o seu papel como empresa, a EBC atende a estratégia petista presente em todos os espaços da máquina pública: ser um cabide de empregos vergonhoso, quando deveria estar prestando um serviço público de qualidade, como o que foi exigido por milhões de manifestantes que invadiram as ruas no último mês de junho.
Ainda está assim(agosto de 2014)?
ResponderExcluirSou concursado desde 2013 e nunca fui chamado graças ao cabidão sem concurso. Eles até que tentaram fazer o concurso mas não se classificaram bem no certame. Talvez seja por isso que não chamam os concursados, senão lhe tomam as vagas...