Ricardo Noblat
Não pensei que viveria para ver o PMDB cobrar de um presidente da República a redução do número de ministérios.
Foi o que ocorreu ontem
Em entrevista a Fernando Rodrigues, colunista da Folha de S. Paulo, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), presidente da Câmara dos Deputados, disse que considerava um exagero a existência de 39 ministérios.
O PMDB, segundo ele, apoiaria a extinção de pelo menos 14 ministérios.
O governo ficaria mais enxuto. E mais ágil. Haveria economia de recursos.
""Eu não consigo vislumbrar nenhuma modificação na estrutura de governo feito pela presidente Dilma. Eu quero inclusive avaliar, quero perguntar melhor para o PMDB em que consiste essa proposta", respondeu, hoje, a ministra Ideli Salvati, da Articulação Política.
É um governo de amadores!
Henrique saiu do episódio como o cara do bem - preocupado com despesas desnecessárias, com cargos desnecessários e com a modernização do governo.
Ideli, como a cara do mal. Muito parecida com a cara que o PMDB sempre teve.
A proposta de Henrique não era para valer - nunca foi. Era apenas para jogar no colo do governo a culpa por um ministério tão inchado.
Deu certo.
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