sábado, 13 de julho de 2013

HORA DE REAGIR: É MAIS UM GOLPE DO PETISMO

Atenção quem ainda acredita na besteira do Voto Nulo, a possibilidade de vácuo no poder, como mostra o texto abaixo, faz parte de um golpe de quem tem seus votos garantidos. 

Isso não existe, vence quem tem voto.

Eleitor petista não se omite, não se anula como quem segue oba-oba. Eles têm perseverança, convicção, sabem muito bem o que querem, lutam pela vitória, entre outras qualidades que faltam ao cidadão comum.

Se não aprendermos a reagir e se continuarmos caindo em suas armadilhas, não poderemos reclamar se o PT conseguir impor sua vontade. Se não votarmos em seus adversários, eles terão o poder absoluto, pois, assim, eles sempre serão eleitos com o voto de sua militância.

Leiam o que saiu no Diário do Comércio

Hora de reagir: é mais um golpe do petismo.

Escrito por Sérgio P. Muniz Costa


A resultante das manifestações que ocorrem no País não poderia deixar de ser política e a essa altura ela está por demais evidente.

O Executivo se arroga a convocar um plebiscito sem que ninguém saiba o que será perguntado à população, mas que vai acontecer de acordo com a vontade dele. Se o noticiado envolvimento de setores do governo com os primeiros incidentes nas ruas e se a pressão de cúpula exercida pelo Planalto sobre o Congresso, em sincronia com a pressão de base não fossem suficientes para concluir sobre a manipulação do movimento pelo PT, o ululante "a quem interessa?" não deixa dúvidas.

O que começou como ato popular por causas tidas como justas adquiriu uma dinâmica que agora prescinde de motivos e justificativas para espalhar o caos nas ruas e alimentar a pressão sobre as instituições e lideranças políticas. Protesta-se sem saber mais por quê. As manifestações que tomaram de início o cenário cívico das cidades se deslocou para as periferias, numa manobra estratégica que vai reposicioná-las nos espaços controlados pelo PT, onde há os maiores problemas de segurança pública, o que gera um potencial de agitação e violência muito maior. O que aconteceu na Maré, no Rio, é uma pálida amostra do que pode vir.

Em um cenário ampliado, assiste-se à tentativa petista de romper o impasse decorrente do esgotamento político, econômico e moral da fórmula lulista. A resultante disso, materializada na insatisfação crescente da população, na aproximação entre oposicionistas e setores que apoiam o governo e na inevitabilidade do desenlace do Mensalão, delineiam um revés em 2014 que o PT deseja evitar a todo custo.

Não é possível garantir a via que o PT profundo vai priorizar nos próximos passos: se a radicalização direta que leve a um vácuo de poder, ou a combinação da pressão de cúpula e de base que dá os seus primeiros frutos.

Repete-se o golpismo quadrienal que o PT pratica desde que assumiu o poder: em 2005, no Mensalão; em 2009, com o pacote de medidas contra a imprensa, forças armadas e agronegócio; e, agora, com o emprego de seus satélites ideológicos radicais para agitação popular, como sempre, no ano anterior à eleição. É, golpe mesmo, mais um, mais grave e melhor elaborado.

A oposição liberal ao regime de 1964, que emergiu vitoriosa em 1985 e fundou a atual República, está sendo suprimida e, com ela, a democracia no Brasil. Cabe perguntar como chegamos a esse ponto e as razões resultam da história recente do País.

Um autoritarismo que se reconhecia como tal e que pregava a auto-extinção é julgado univocamente por um autoritarismo muito mais abrangente que pretende se eternizar no poder, e pior, sob o manto democrático.

A batalha pela história está sendo vencida pela esquerda revolucionária, que conseguiu calar seus companheiros de palanque das Diretas Já, apagou suas responsabilidades pela ruptura em 1964 e pelo posterior endurecimento do regime e, por fim, suprimiu da agenda nacional o potencial de livre iniciativa, autonomia e valorização da atividade produtiva surgida na década de 1970, substituindo-o pela quimera do Estado.

Neste momento, o maior risco, aquele que abre um caminho sombrio para o Brasil, é o eclipse das lideranças politicas comprometidas com a liberdade e a democracia no País. Não é só o PMDB a bola da vez, mas todos os partidos.

As lideranças políticas têm de vir a público nas tribunas, nas ruas, nos jornais, nas TV, rádios, em todos os espaços possíveis, para denunciar o que acontece. Se estamos falando em fim de conchavos e acordos de gabinetes que corroem a representatividade política no País, este é o primeiro passo da atitude que tem duas pernas e que há de impedir os efeitos do tsunami que já secou a praia: reação política e resiliência institucional.

Sérgio Paulo Muniz Costa é historiador

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