Isso não existe, vence quem tem voto.
Eleitor petista não se omite, não se anula como quem segue oba-oba. Eles têm perseverança, convicção, sabem muito bem o que querem, lutam pela vitória, entre outras qualidades que faltam ao cidadão comum.
Se não aprendermos a reagir e se continuarmos caindo em suas armadilhas, não poderemos reclamar se o PT conseguir impor sua vontade. Se não votarmos em seus adversários, eles terão o poder absoluto, pois, assim, eles sempre serão eleitos com o voto de sua militância.
Leiam o que saiu no Diário do Comércio
Hora de reagir: é mais um golpe do petismo.
Escrito por Sérgio P. Muniz Costa
A resultante das manifestações que ocorrem no País não poderia deixar de ser política e a essa altura ela está por demais evidente.
O Executivo se arroga a convocar um plebiscito sem que ninguém saiba o que será perguntado à população, mas que vai acontecer de acordo com a vontade dele. Se o noticiado envolvimento de setores do governo com os primeiros incidentes nas ruas e se a pressão de cúpula exercida pelo Planalto sobre o Congresso, em sincronia com a pressão de base não fossem suficientes para concluir sobre a manipulação do movimento pelo PT, o ululante "a quem interessa?" não deixa dúvidas.
O que começou como ato popular por causas tidas como justas adquiriu uma dinâmica que agora prescinde de motivos e justificativas para espalhar o caos nas ruas e alimentar a pressão sobre as instituições e lideranças políticas. Protesta-se sem saber mais por quê. As manifestações que tomaram de início o cenário cívico das cidades se deslocou para as periferias, numa manobra estratégica que vai reposicioná-las nos espaços controlados pelo PT, onde há os maiores problemas de segurança pública, o que gera um potencial de agitação e violência muito maior. O que aconteceu na Maré, no Rio, é uma pálida amostra do que pode vir.
Em um cenário ampliado, assiste-se à tentativa petista de romper o impasse decorrente do esgotamento político, econômico e moral da fórmula lulista. A resultante disso, materializada na insatisfação crescente da população, na aproximação entre oposicionistas e setores que apoiam o governo e na inevitabilidade do desenlace do Mensalão, delineiam um revés em 2014 que o PT deseja evitar a todo custo.
Não é possível garantir a via que o PT profundo vai priorizar nos próximos passos: se a radicalização direta que leve a um vácuo de poder, ou a combinação da pressão de cúpula e de base que dá os seus primeiros frutos.
Hora de reagir: é mais um golpe do petismo.
Escrito por Sérgio P. Muniz Costa
A resultante das manifestações que ocorrem no País não poderia deixar de ser política e a essa altura ela está por demais evidente.
O Executivo se arroga a convocar um plebiscito sem que ninguém saiba o que será perguntado à população, mas que vai acontecer de acordo com a vontade dele. Se o noticiado envolvimento de setores do governo com os primeiros incidentes nas ruas e se a pressão de cúpula exercida pelo Planalto sobre o Congresso, em sincronia com a pressão de base não fossem suficientes para concluir sobre a manipulação do movimento pelo PT, o ululante "a quem interessa?" não deixa dúvidas.
O que começou como ato popular por causas tidas como justas adquiriu uma dinâmica que agora prescinde de motivos e justificativas para espalhar o caos nas ruas e alimentar a pressão sobre as instituições e lideranças políticas. Protesta-se sem saber mais por quê. As manifestações que tomaram de início o cenário cívico das cidades se deslocou para as periferias, numa manobra estratégica que vai reposicioná-las nos espaços controlados pelo PT, onde há os maiores problemas de segurança pública, o que gera um potencial de agitação e violência muito maior. O que aconteceu na Maré, no Rio, é uma pálida amostra do que pode vir.
Em um cenário ampliado, assiste-se à tentativa petista de romper o impasse decorrente do esgotamento político, econômico e moral da fórmula lulista. A resultante disso, materializada na insatisfação crescente da população, na aproximação entre oposicionistas e setores que apoiam o governo e na inevitabilidade do desenlace do Mensalão, delineiam um revés em 2014 que o PT deseja evitar a todo custo.
Não é possível garantir a via que o PT profundo vai priorizar nos próximos passos: se a radicalização direta que leve a um vácuo de poder, ou a combinação da pressão de cúpula e de base que dá os seus primeiros frutos.
Repete-se o golpismo quadrienal que o PT pratica desde que assumiu o poder: em 2005, no Mensalão; em 2009, com o pacote de medidas contra a imprensa, forças armadas e agronegócio; e, agora, com o emprego de seus satélites ideológicos radicais para agitação popular, como sempre, no ano anterior à eleição. É, golpe mesmo, mais um, mais grave e melhor elaborado.
A oposição liberal ao regime de 1964, que emergiu vitoriosa em 1985 e fundou a atual República, está sendo suprimida e, com ela, a democracia no Brasil. Cabe perguntar como chegamos a esse ponto e as razões resultam da história recente do País.
Um autoritarismo que se reconhecia como tal e que pregava a auto-extinção é julgado univocamente por um autoritarismo muito mais abrangente que pretende se eternizar no poder, e pior, sob o manto democrático.
A batalha pela história está sendo vencida pela esquerda revolucionária, que conseguiu calar seus companheiros de palanque das Diretas Já, apagou suas responsabilidades pela ruptura em 1964 e pelo posterior endurecimento do regime e, por fim, suprimiu da agenda nacional o potencial de livre iniciativa, autonomia e valorização da atividade produtiva surgida na década de 1970, substituindo-o pela quimera do Estado.
Neste momento, o maior risco, aquele que abre um caminho sombrio para o Brasil, é o eclipse das lideranças politicas comprometidas com a liberdade e a democracia no País. Não é só o PMDB a bola da vez, mas todos os partidos.
As lideranças políticas têm de vir a público nas tribunas, nas ruas, nos jornais, nas TV, rádios, em todos os espaços possíveis, para denunciar o que acontece. Se estamos falando em fim de conchavos e acordos de gabinetes que corroem a representatividade política no País, este é o primeiro passo da atitude que tem duas pernas e que há de impedir os efeitos do tsunami que já secou a praia: reação política e resiliência institucional.
Sérgio Paulo Muniz Costa é historiador
Nenhum comentário:
Postar um comentário