Oposição reage contra dois anos de trabalho forçado para médicos recém formados.
Líderes de oposição criticaram nesta segunda-feira as medidas anunciadas pela presidente Dilma Rousseff em relação à contratação de médicos estrangeiros, mas especialmente a decisão de obrigar estudantes de medicina, de escolas públicas e privadas, a atuarem na saúde pública por dois anos para obter o diploma. A oposição promete obstruir a votação das medidas que serão enviadas por meio de MP.
Para o líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado (GO), Dilma adotou medidas eleitoreiras e está tentando jogar o população contra os médicos, satanizando os médicos.
Ele afirma que nunca foi contra a contratação de médicos estrangeiros, desde que se submetam ao revalida. Ele diz que impor mudanças na grade curricular das universidades é inconstitucional, fere a autonomia das universidades.
— Agora ela exige que todos os estudantes de medicinas, de universidades públicas e privadas, depois de seis anos de curso ainda façam mais dois para o serviço público? E só os médicos? Se é para resolver o problema de saúde, e os enfermeiros, os técnicos? Todos são iguais perante a lei, as outras áreas também terão que fazer os dois anos? — criticou Caiado, acrescentando:— É um factoide. A presidente deveria ter responsabilidade, ter cumprido a promessas da área de saúde. Não pode satanizar os médicos no Brasil por incompetência de sua gestão. Ela quer criar uma comoção na população, jogar a população contra os médicos, como fez com o Congresso em relação ao plebiscito da reforma política.
O presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire, criticou o programa, que afirmou ser “eleitoreiro”.
— O programa tem muito mais um cunho eleitoreiro, com promessas para a reeleição. Isso, evidentemente, é um risco. Várias outras promessas ficaram apenas no discurso vazio e nada se concretizou. Estão no poder há dez anos e, lamentavelmente, não fizeram nada de significativo durante todo esse período. Ainda bem que nunca é muito tarde. O problema é que o governo do PT nunca faz amanhecer — disse.
O parlamentar também citou outro pacote anunciado pelo PT, em 2008, durante o governo Lula, batizado de Programa de Aceleração do Crescimento para a Saúde (o “PAC da Saúde”). — Tudo é feito sempre com muito estardalhaço, com muita propaganda, mas os resultados concretos não aparecem. Tudo é para 2014. É a promessa para a reeleição — afirmou Freire.
O líder do PPS, Rubens Bueno (PR), criticou o fato de as medidas virem em MPs. — A presidente precisou de 10 anos e meio de governo do PT para descobrir os problemas que uma mãe de família encontra no atendimento público de saúde? Depois de 10 anos e meio apresenta uma proposta singela e quer impor isso ao Congresso por meio de MP. Tenho um projeto que prevê o programa social para todos os estudantes de universidades públicas. Por que não discutir isso em vez de mandar MP — condenou Bueno.
(O Globo)
A verdade é que quem deveria saber, não utiliza, não sabe como funciona e não se importa. Na realidade, não quer nem saber. Moro em cidade grande. Preciso ir ao médico. Começa a maratona e isso não quer dizer que você vá conseguir. Vou no PS. Espero horas. O médico com aquele desânimo nem olha na nossa cara. Descrevo os sintomas. Ele "adivinha" o diagnóstico. Manda comprar remédio. Pronto. Passa-se dias. Volto. Insisto, depois dele dizer que não é nada. Manda comprar outro remédio, desta vez para o estômago (supõe que tenho refluxo). Compro o remédio. Não me sinto bem. Volto. Peço para me examinar. Não faz. Como insisto ele diz para eu procurar outro médico no PS. Não é mais problema dele. Duas horas depois o médico examina e diz: Hérnia. Faz encaminhamento. Vou ao posto de madrugada. Marco cirurgião em outro hospital. Vou no dia. Umas 3 horas depois me atende, examina e diz: não é hérnia. Não sabe o que é. Manda fazer ultrassom. Marco ultrassom. Vou, faço, espero e remarco. Lá vou eu de novo. Ele não sabe o que é. Manda fazer mais exames. Por fim, diz que vai me mandar a outro médico, pois não chega à nenhuma conclusão. Cada ida ao médico, fazer exame, tenho que ir ao posto marcar, buscar resultado, marcar médico, ir ao médico e assim se vão mais ou menos umas 30 idas para lá e para cá. Se não insistimos, eles não se preocupam. Consultas super rápidas, o mínimo de atenção, não nos dão satisfação. O que começou como nada na realidade é algo muito sério e que depois de mais de 1 ano e meio de idas e vindas, acabei sendo enviada para um hospital de referência de SP, que, apesar do médico dizer que tratava-se de algo raro e urgente, ele não poderia me passar na frente, uma vez que tem que seguir o trâmite e aguardar. Nisso lá se vão 1 ano e eu aqui, aguardando. Portanto, além de tudo, não é só infraestrutura, é comprometimento, é sensibilidade e carinho pelo paciente. Só quem precisa sabe. Se quisessem poderiam melhorar e muito, mas eles tem o que há de melhor na hora que quiserem e o povo que se contente com qualquer coisa.
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