quinta-feira, 1 de agosto de 2013

FICARIA MAIS EM CONTA SE FOSSE IMPORTADO UM NOVO MINISTRO DA SAÚDE

Se o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, tivesse ido conversar com o empresário Jorge Gerdau Johannpeter – que mantém sala no Palácio do Planalto para ajudar a Presidente Dilma a enxugar e tornar mais eficiente a máquina do governo (sem muito a comemorar até agora, é verdade) – não teria embarcado nessa canoa furada de propor a importação de médicos desempregados mundo afora.
Com seu impressionante currículo – no qual se inclui a presidência do Conselho Superior do Movimento Brasil Competitivo – Gerdau certamente  explicaria que o principal problema do setor comandado por Padilha não é tanto o da escassez de pessoal médico, mas o da má qualidade de gestão, em boa medida decorrente do excesso de funcionários burocráticos.
Como se vê em boa parte do governo, também na área da Saúde há  funcionários em penca para cuidar de papelada. Mas, ao mesmo tempo, não se consegue encontrar no meio de tanta gente quem consiga gerir de modo minimamente razoável o Sistema Único de Saúde.
Quem diz isso não sou eu, mas os milhares de médicos e funcionários do próprio SUS que estão aí, em greve, nas ruas,  para protestar contra a anomalia funcional com óbvios fins eleitoreiros.
Nos governos ineficientes, de cunho populista, prevalece o impulso do número, da quantidade, enquanto, no caso, o que está em jogo tem mais a ver com qualidade.
Já que as autoridades acham que a solução está em importar, talvez devessem considerar trazer um novo Ministro da Saúde, vindo de fora. Com a crise na Europa, talvez queira vir prestar serviço no Brasil o Ministro da Saúde de Portugal, Paulo Moita de Macedo.
Mas quem mais apreciaria o salário polpudo seria mesmo o ministro cubano. Afinal, o Minisro Padilha tem mantido um excelente relacionamento com o governo do país caribenho. Em dezembro do ano passado chegou mesmo a encontrar-se com o presidente Raul Castro. Na nota emitida ao final do encontro, assinalou-se terem os dois conversado sobre “as perspectivas de desenvolvimento dos vínculos de colaboração em matéria de saúde entre Brasil e Cuba, e a mútua disposição de continuar diversificando-os”.
Os médicos do SUS acham que seria uma boa ideia que essa cooperação envolvesse o envio de um novo Ministro da Saúde para o Brasil. Além do mais, ficaria muito mais barato para os já tão sofridos cofres públicos.

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