Dilma segue a máxima do companheiro Lula: para pobre, qualquer coisa serve. Médico bom é coisa da burguesia e de petistas poderosos — os burgueses do capital alheio
Por Reinaldo Azevedo
Vocês se lembram daquele vídeo sensacional, em que um garoto, chamado Leandro, aborda Lula e Sérgio Cabral? Revejam. Por que esse filme remete aos médicos cubanos? Conto já.
Viram?
O vídeo começa com um diálogo entre Lula e Leandro. Uma observação prévia: note-se, justiça se faça ao Apedeuta, que a sua conversa com o rapaz tem aquela rispidez paternalista, é meio grosseirona, mas é cordial. Quem fica bravo mesmo é Cabral. Mas isso é o de menos agora. Vamos ao que interessa neste post. Reproduzo o que dá para entender do diálogo entre o então presidente da República e o garoto.
Lula – Não, não, esquece! Que esporte, porra?
Leandro – É tênis!
Lula - E por que é que você não treina, porra?
Leandro – Porque aqui não tem jogo de tênis.
Lula – Mas tênis é esporte da burguesia, porra! Por que você não treina uma coisa… Natação?
Leandro – A gente não pode entrar na piscina.
Sérgio Cabral – Por quê?
Leandro – Porque não abre pra população.
Voltei
Leandro, sim, representa, vamos dizer, a mídia popular, não alguns vigaristas financiados por dinheiro público — com uma câmera na mão e ideias mortas na cabeça — que se apresentaram como supostos praticantes de um jornalismo sem filtro. Nem é jornalismo, e o que veiculam é filtrado pela ignorância e pela mistificação ideológica. Adiante.
Vejam lá a fala de Lula. Quando Leandro diz que quer jogar tênis, o Apedeuta dispara: “Isso é esporte para a burguesia”. Ah, bom! Pobre tem de se contentar com outra coisa. A lógica é a seguinte: quem não tem nada deve se dar por satisfeito quando recebe um pouquinho. Não é a primeira vez que Lula faz esse raciocínio especioso.
O programa “Mais Médicos”, da presidente Dilma, é mesmo uma graça. Os profissionais brasileiros precisam, obviamente, demonstrar que têm a formação necessária se dele quiserem participar. Os estrangeiros já residentes no Brasil, que cursaram medicina em outros países, tiveram de revalidar seu diploma para poder trabalhar. Caso decidam aderir ao programa, chegam, pois, com essa exigência satisfeita. Mas nada se cobrará, desta feita, à leva que vem de fora. Passarão a trabalhar no Brasil duas categorias de médicos.
Então vamos retomar a conversa de Lula com Leandro. Pobre querendo jogar tênis? Ora… Como os miseráveis estão sem médico mesmo, qualquer coisa serve. Está se consolidando, então, como política de estado, em que há os brasileiros com direito “a médico que presta” e os brasileiros que podem se virar com médico que não presta.
“Mas quem disse que os cubanos não são bons?” A pergunta é outra: “Quem disse que são?”. Ora, essa não é uma atividade em que o erro é irrelevante, não é mesmo? A culinária, por exemplo, é um ramo profissional que atingiu um impressionante grau de requinte e excelência. Mas convenham: as consequências de contratar um cozinheiro errado não são assim tão graves, não é?
“Ah, então deixa todo mundo sem médico!” Quem disse? Que se contratem mulheres e homens livres, depois de fazerem o devido exame para a revalidação de seu diploma. Exigência semelhante é feita em todo o mundo civilizado. O problema é de outra natureza. O programa que está em curso tem um evidente cunho eleitoreiro. As urnas é que estão ditando a urgência.
A confissão no “Entre Aspas”
No programa “Entre Aspas”, o senador petista Humberto Costa (PE), ex-ministro da Saúde, deixou escapar que o governo brasileiro está negociando a vinda dos cubanos há um ano e meio.
O objetivo, atenção!, nunca foi cuidar da saúde dos brasileiros, mas resolver os problemas de caixa de Cuba, país que só tem uma coisa para negociar com o mundo: carne humana. Os governos de esquerda da América Latina resolveram traficar cubanos com Fidel e Raúl Castro para dar uma folguinha à tirania.
Os protestos de rua fizeram com que o Planalto desse uma acelerada no programa. Espalhar a fantasia de que, agora, os “pobres têm medico” interessa à campanha de Dilma à reeleição e à de Alexandre Padilha ao governo de São Paulo.
“Mas que tipo de médico?” Ora, qualquer um! É para pobre mesmo! Pobre não tem de jogar tênis, certo? Médico bom é coisa da burguesia, como poderiam ensinar Lula e Dilma, os burgueses do capital alheio que decidiram se tratar no Sírio-Libanês.
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