Veja a entrevista do Estadão com Andrea Matarazzo
Ligado ao ex-governador José Serra, vereador do PSDB citado no caso Alstom fala agora em deixar a vida pública.
Quem acompanha os comentários na internet sabe que a militância petista já estava doutrinada há tempos. Sempre fazem insinuações sobre a Alstom, o que já sinalizava que o partido tinha munição para para fazer esse tipo de sujeira que se vê agora no caso dos metrôs, que não atinge somente o estado de São Paulo, mas é o que tem destaque na imprensa. Os tucanos deveriam estar atentos a esses sinais e aprender a se vacinar contra o veneno petista porque eles não têm escrúpulos.
Tudo indica mais um crime, como foi o dossiê contra Ruth Cardoso, a quebra de sigilo do caseiro Francenildo e a maleta milionária dos aloprados contra José Serra em 2006. E tem certa imprensa que faz o desfavor de publicar vazamentos como se verdades fossem sem a devida comprovação.
Corretíssimo o trecho de texto de Ruy Fabiano sobre a publicação de boatos: "Passam-se adiante informações seletivamente vazadas de um processo que corre em segredo de justiça – e isso é crime -, razão pela qual a ele não têm acesso os acusados".
E é exatamente esse jogo sujo que desestimula os bons nomes à atividade política, deixando o caminho livre para a corja de bandidos instalada no poder e que vai ocupando todos os espaços de maneira soberana, como mostra matéria do Estadão:
*
Abatido e indignado é como o dono de um dos sobrenomes mais conhecidos da Câmara Municipal de São Paulo, o ex-ministro e ex-secretário Andrea Matarazzo (PSDB) se diz diante da acusação que lhe foi feita pela Polícia Federal de corrupção no inquérito do caso Alstom. Ao lado de seu advogado, o criminalista Antonio Claudio Mariz de Oliveira - que pediu o arquivamento da acusação contra o político -, Matarazzo, ligado ao ex-governador José Serra (PSDB), afirmou esperar que as acusações não sejam consequência apenas da briga política entre tucanos e petistas ou uma "caça ao tucano", como lembrou.
O que o senhor pode dizer sobre as acusações que lhe são feitas pela Polícia Federal?
Para os amigos não precisa explicar e para os inimigos não adianta. O que não quero é ficar na vala comum. Eu fui secretário de final de janeiro a agosto de 1998 e depois sai para o governo do presidente Fernando Henrique. Participei de quatro ou cinco reuniões de conselho das empresas. As empresas estavam em um processo de privatização. Todos os diretores que estavam lá eu herdei. Não conheço nenhum dos outros acusados, com exceção do Bernini (Eduardo José Bernini, presidente da estatal EPTE) e o Fingermann (diretor financeiro da EPTE). O contrato contestado era sobre uma subestação em função de uma linha do metrô. Esse assunto não era da alçada do conselho. Eu nunca o discuti, nunca vi, nunca passou pela minha mão. Dizer que discutiu isso comigo é ridículo e mentiroso. O secretário não sabe de tudo.
Nunca nenhum diretor da Alstom procurou o senhor?
Nunca. Ninguém se insinua comigo, pois não dou espaço.
Esse caso realimenta a briga entre PT e PSDB. Há uma dimensão política nesse caso. É como se houvesse uma...
...Uma caça aos tucanos. Você trabalha sério... Vinte anos de vida pública: nunca tive nada e acabo abatido em um negócio assim. Está errado. Não é assunto meu. Não tive participação ou conhecimento. Tecnicamente não era de minha alçada. Agora misturaram tudo: Siemens e Alstom. Quando fui depor, respondi tudo. Mas não achava possível que fosse ter continuidade (a acusação). É um horror. É uma coisa kafkiana. Estou arrasado.
O senhor acha então que seu caso faz parte do jogo político?
Eu espero que não, mas a sensação que dá é que querem colocar todo mundo na vala comum para zerar o jogo. Só que você não pode fazer isso com a reputação das pessoas sérias. Fiquei positivamente surpreso com o apoio que tive na Câmara dos Vereadores. Malandro não se incomoda com essas coisas. Eu fico pensando na forma mais indolor do suicídio. Para mim é inadmissível esse tipo de coisa. Inclusive me faz repensar se vale a pena permanecer na vida pública. É um preço caro demais. Se são esses os critérios eu não recomendaria a ninguém a vida pública, por mais fascinante que seja. É caro, injusto e sórdido. Estou indignado. Meu nome não foi construído na política.
Íntegra da entrevista AQUI.
Quem acompanha os comentários na internet sabe que a militância petista já estava doutrinada há tempos. Sempre fazem insinuações sobre a Alstom, o que já sinalizava que o partido tinha munição para para fazer esse tipo de sujeira que se vê agora no caso dos metrôs, que não atinge somente o estado de São Paulo, mas é o que tem destaque na imprensa. Os tucanos deveriam estar atentos a esses sinais e aprender a se vacinar contra o veneno petista porque eles não têm escrúpulos.
Tudo indica mais um crime, como foi o dossiê contra Ruth Cardoso, a quebra de sigilo do caseiro Francenildo e a maleta milionária dos aloprados contra José Serra em 2006. E tem certa imprensa que faz o desfavor de publicar vazamentos como se verdades fossem sem a devida comprovação.
Corretíssimo o trecho de texto de Ruy Fabiano sobre a publicação de boatos: "Passam-se adiante informações seletivamente vazadas de um processo que corre em segredo de justiça – e isso é crime -, razão pela qual a ele não têm acesso os acusados".
E é exatamente esse jogo sujo que desestimula os bons nomes à atividade política, deixando o caminho livre para a corja de bandidos instalada no poder e que vai ocupando todos os espaços de maneira soberana, como mostra matéria do Estadão:
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Abatido e indignado é como o dono de um dos sobrenomes mais conhecidos da Câmara Municipal de São Paulo, o ex-ministro e ex-secretário Andrea Matarazzo (PSDB) se diz diante da acusação que lhe foi feita pela Polícia Federal de corrupção no inquérito do caso Alstom. Ao lado de seu advogado, o criminalista Antonio Claudio Mariz de Oliveira - que pediu o arquivamento da acusação contra o político -, Matarazzo, ligado ao ex-governador José Serra (PSDB), afirmou esperar que as acusações não sejam consequência apenas da briga política entre tucanos e petistas ou uma "caça ao tucano", como lembrou.
O que o senhor pode dizer sobre as acusações que lhe são feitas pela Polícia Federal?
Para os amigos não precisa explicar e para os inimigos não adianta. O que não quero é ficar na vala comum. Eu fui secretário de final de janeiro a agosto de 1998 e depois sai para o governo do presidente Fernando Henrique. Participei de quatro ou cinco reuniões de conselho das empresas. As empresas estavam em um processo de privatização. Todos os diretores que estavam lá eu herdei. Não conheço nenhum dos outros acusados, com exceção do Bernini (Eduardo José Bernini, presidente da estatal EPTE) e o Fingermann (diretor financeiro da EPTE). O contrato contestado era sobre uma subestação em função de uma linha do metrô. Esse assunto não era da alçada do conselho. Eu nunca o discuti, nunca vi, nunca passou pela minha mão. Dizer que discutiu isso comigo é ridículo e mentiroso. O secretário não sabe de tudo.
Nunca nenhum diretor da Alstom procurou o senhor?
Nunca. Ninguém se insinua comigo, pois não dou espaço.
Esse caso realimenta a briga entre PT e PSDB. Há uma dimensão política nesse caso. É como se houvesse uma...
...Uma caça aos tucanos. Você trabalha sério... Vinte anos de vida pública: nunca tive nada e acabo abatido em um negócio assim. Está errado. Não é assunto meu. Não tive participação ou conhecimento. Tecnicamente não era de minha alçada. Agora misturaram tudo: Siemens e Alstom. Quando fui depor, respondi tudo. Mas não achava possível que fosse ter continuidade (a acusação). É um horror. É uma coisa kafkiana. Estou arrasado.
O senhor acha então que seu caso faz parte do jogo político?
Eu espero que não, mas a sensação que dá é que querem colocar todo mundo na vala comum para zerar o jogo. Só que você não pode fazer isso com a reputação das pessoas sérias. Fiquei positivamente surpreso com o apoio que tive na Câmara dos Vereadores. Malandro não se incomoda com essas coisas. Eu fico pensando na forma mais indolor do suicídio. Para mim é inadmissível esse tipo de coisa. Inclusive me faz repensar se vale a pena permanecer na vida pública. É um preço caro demais. Se são esses os critérios eu não recomendaria a ninguém a vida pública, por mais fascinante que seja. É caro, injusto e sórdido. Estou indignado. Meu nome não foi construído na política.
Íntegra da entrevista AQUI.
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