HÁ UMA GRITARIA CONTRA A JUSTIFICÁVEL PRESSÃO DA OPINIÃO PÚBLICA QUE AINDA ACREDITA NA JUSTIÇA, MAS É O JORNALISMO CHAPA-BRANCA QUE NÃO APENAS PRESSIONA, MAS TENTA IMPOR NA MARRA A DECISÃO QUE PODE FAVORECER OS MENSALEIROS.
VAMOS VER PRA QUE LADO PENDE A CONSCIÊNCIA DO MINISTRO DO SUPREMO.
Em discursos no Congresso, parlamentares pedem "firmeza" ao STF, como fizeram os senadores Alvaro Dias (PSDB), Pedro Taques (PDT), Ana Amélia (PP) e Pedro Simon (PMDB), para quem o ministro "vai votar pelo país inteiro".
Pedro Taques diz que "o decano não definiár apenas o destino de onze réus, mas da própria corte, com sua decisão."
FHC: “NÃO HÁ CRIME SEM CASTIGO”. "Todo mundo sabe o que aconteceu e é muito difícil que apague a história"
Para FHC, "o mais importante que aconteceu nesse julgamento é que [ficou claro que] não há crime sem castigo. Qual o tipo de castigo é um problema que, a meu ver, já não é de tão alta transcendência".
Ontem mesmo o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) declarou em entrevista que espera que a primeira decisão do Supremo seja mantida, sem que se altere o mérito da questão, e "já com as penalidades impostas". "Espero que a decisão final permita ao Supremo que ele seja aplaudido pela população. Eu creio que ao final o povo vai ter razões para aplaudir, e não para se frustrar", declarou o tucano.
O senador Pedro Taques (PDT-MT), que é ex-procurador da República, afirmou, em pronunciamento proferido em Plenário que não cabem embargos infringentes dos condenados no processo do chamado 'mensalão'.
- Na quarta-feira que vem, um ministro, sozinho, um ministro escoteiro, isolado, vai decidir os destinos não só daqueles condenados, mas ele vai discutir e vai decidir os destinos do próprio Supremo Tribunal Federal. Qual Supremo Tribunal Federal nós teremos na República Federativa do Brasil a partir desse julgamento? – questionou Taques.
Na avaliação do senador, o fato de terem sido condenados por unanimidade pelo STF torna inconstitucional a adoção do duplo grau de jurisdição.
O senador Pedro Simon disse que a eventual aplicação dos embargos infringentes será "uma piada". O senador ressaltou que os julgamentos "foram democráticos e os advogados tiveram amplas oportunidades" para fazer a defesa dos acusados. Também assinalou que, "até ontem, o Supremo Tribunal Federal dava a voz final, mas, agora, de repente, ficamos sabendo que essa corte não dá a última palavra, e sim os embargos infringentes".
A senadora Ana Amélia (PP-RS) espera que o Supremo Tribunal Federal seja firme no combate à corrupção e não aceite os recursos apresentados pelos réus do processo do mensalão.
Para a senadora, o que está em questão não é apenas o julgamento dos envolvidos no mensalão, mas a confiança dos brasileiros na Justiça e a expectativa pela conclusão do caso, que envolve corrupção e uso indevido de recursos públicos.
A senadora avaliou que o ministro, até lá, estará sob forte pressão, "tendo de um lado a opinião pública pedindo a condenação dos réus e, de outro, militantes e simpatizantes do Partido dos Trabalhadores, "torcendo pelo abrandamento das penas e pela postergação desse julgamento".
(Informações da Agência Senado)
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