quinta-feira, 26 de setembro de 2013

O DESGOVERNO PETISTA USOU E ABUSOU DO LEGADO DE FHC, MAS ESTRAGOU TUDO

'Progresso no Brasil acabou', diz editor da The Economist



Michael Reid, editor de seção América da revista britânica, avalia que os protestos pelo país há dois meses mostraram a frustração com os serviços oferecidos pelo governo.

A capa da edição deste mês da revista traz a perguta "O Brasil estragou tudo?" e mostra o Cristo Redentor como um foguete desgovernado. A imagem faz referência à uma publicação de quatros anos atrás, que tinha como título "O Brasil decola".



Quatro anos após afirmar que o Brasil estava “decolando”, a revista britânica “The Economist” se pergunta, na reportagem de capa de sua edição de 28 de setembro para a Ásia e América Latina, se o país “estragou tudo”.

Em novembro de 2009, uma reportagem de capa de 14 páginas afirmava que o Brasil estava em alta, tendo sido um dos últimos a entrar na crise financeira mundial de 2008 e um dos primeiros a sair."Sua economia está crescendo novamente a uma taxa anualizada de 5%. E o crescimento deve acelerar nos próximos anos, quando novas grandes reservas de petróleo em águas profundas começarem a produzir e enquanto os países asiáticos ainda têm fome pela comida e minerais do solo vasto e rico do Brasil", diz a "Economist" à época.

Já na publicação deste ano a revista aponta que o crescimento econômico está travado, e se pergunta se a presidente Dilma Rousseff conseguirá “religar os motores”.Segundo a “Economist”, desde a reportagem de 2009, o país “voltou à Terra”. Com o crescimento de 0,9% registrado no PIB de 2012 e os protestos iniciados em junho, “os maiores em uma geração”, “muitos agora perderam a fé na ideia de que seu país estava em direção à órbita e diagnosticaram mais um voo de galinha”, diz a revista.

A publicação, no entanto, afirma que há desculpas para a desaceleração. “Todas as economias emergentes perderam ritmo. Alguns dos motores por trás do crescimento anterior do Brasil – os ganhos com o fim da hiperinflação e a abertura comercial, a alta dos preços das commodities e os grandes aumentos no crédito e no consumo – já terminaram de render”.

O Brasil, no entanto, fez muito pouco nos anos de crescimento, diz a revista, apontando que o setor público são um peso muito grande para a iniciativa privada, e que o país tem a estrutura tributária mais onerosa do mundo.“Esses problemas têm se acumulado ao longo de gerações. Mas Dilma Rousseff tem sido relutante ou incapaz de enfrentá-los, e criou mais problemas interferindo mais que o pragmático Lula. Ela assustou investidores para longe de projetos de infraestrutura e minou a reputação brasileira de retidão macroeconômica ao pressionar o presidente do Banco Central a cortar as taxas de juros”, diz a reportagem. 

(O Globo)

Nenhum comentário:

Postar um comentário