Eduardo Campos: Se Dilma piscar, Lula será candidato; segundo governador, presidente avalia que Serra será candidato
Por Reinaldo Azevedo
Se o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), vai mesmo ser candidato ou não, isso ainda não dá para saber; se tem ou não chance de emplacar, idem. Realiza uma primeira etapa bem-sucedida: ele tem hoje uma forte presença na imprensa e junto ao empresariado — sabe gerar notícia e está devidamente estruturado para isso. Também se mostra um analista competente do quadro político.
Abaixo, há trecho de uma. A exemplo do que se escreveu neste blog, o governador também leu a entrevista que Lula concedeu a sindicatos como uma espécie de, bem…, de ameaça. Ao afirmar que está “de volta ao jogo”, o chefão petista emendou: “para a desgraça de alguns”. Campos também pergunta: “desgraça de quem?”. O governador revela parte de sua conversa com Dilma. Segundo diz, a presidente lhe teria feito um alerta: ““Você e o Aécio devem ficar espertos porque o Serra será candidato!” Por que Dilma faria uma observação dessa natureza a potenciais adversários? Para colaborar com eles? Não deve ser.
O possível candidato do PSB à Presidência avalia que a candidatura de Serra pelo PPS seria positivo para o campo dos adversários de Dilma, muito especialmente se Marina Silva, da Rede, não se candidatar. Leiam trecho de reportagem de Maria Lima no Globo Online.
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Na conversa de mais de uma hora que teve com a presidente Dilma Rousseff, na semana passada, quando foi lhe comunicar o rompimento do PSB com seu governo, o presidenciável Eduardo Campos ouviu dela um alerta: “Você e o Aécio devem ficar espertos porque o Serra será candidato!” Em sua passagem ontem por Brasília, ao analisar a conjuntura pós rompimento com os aliados, o governador pernambucano fez uma leitura da entrevista em que o ex-presidente Lula diz estar “no jogo”, para alegria de uns e desgraça de outros. E devolveu o alerta: “Se a presidente Dilma piscar, Lula volta”. “Desgraça de quem? Foi uma entrevista muito significativa, cheia de recados. Pra nós e para Dilma. Lula tem até março para se decidir. Se Dilma piscar, ele pega!”, avaliou Eduardo Campos, para quem a luta da presidente, hoje, é para cristalizar um patamar de 35% do eleitorado nacional e segurar uma ala do PT “que perdeu completamente a razão”.
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Na conversa de mais de uma hora que teve com a presidente Dilma Rousseff, na semana passada, quando foi lhe comunicar o rompimento do PSB com seu governo, o presidenciável Eduardo Campos ouviu dela um alerta: “Você e o Aécio devem ficar espertos porque o Serra será candidato!” Em sua passagem ontem por Brasília, ao analisar a conjuntura pós rompimento com os aliados, o governador pernambucano fez uma leitura da entrevista em que o ex-presidente Lula diz estar “no jogo”, para alegria de uns e desgraça de outros. E devolveu o alerta: “Se a presidente Dilma piscar, Lula volta”. “Desgraça de quem? Foi uma entrevista muito significativa, cheia de recados. Pra nós e para Dilma. Lula tem até março para se decidir. Se Dilma piscar, ele pega!”, avaliou Eduardo Campos, para quem a luta da presidente, hoje, é para cristalizar um patamar de 35% do eleitorado nacional e segurar uma ala do PT “que perdeu completamente a razão”.
Na avaliação dos socialistas, a presidente Dilma perde a cada dia o apoio de lideranças expressivas do PT de São Paulo, entre elas o ex-líder Cândido Vaccarezza e atual, Arlindo Chinaglia. União do PT, atualmente, só mesmo em torno da pré-candidatura do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, nome com o qual os petistas esperam tirar os tucanos do governo de São Paulo.
Eduardo Campos concorda com Dilma em um ponto: o ex- ministro José Serra , sem espaço no PSDB, será mesmo candidato pelo PPS, a presidente ou senador. Mas não veste a carapuça de que isso seja necessariamente ruim para a sua candidatura. Continua achando que um candidato competitivo a mais, no campo das oposições, ajuda a levar a disputa com a favorita para o segundo turno.
Isso porque, na avaliação feita com os aliados antes da reunião da Executiva nacional ontem, a candidatura de Marina Silva ainda é uma incógnita, caso seja inviabilizada a criação do partido Rede Sustentabilidade. O entorno de Campos avalia, entretanto, que como candidata à Presidência, Marina pode repetir o fenômeno Celso Russomano, em São Paulo: ter uma subida inicial vertiginosa, numa faixa do eleitorado que quer fugir da polarização PT x PSDB, mas quando a campanha começar para valer e a fragilidade e essência da candidata forem explicitadas, ela pode perder os apoios e voltar ao seu teto de 20 milhões de votos mais cativos.
“O voto de Marina não é um voto duro. É um voto mole, fácil de tirar num segundo momento”, avaliou o deputado Márcio França (PSB-SP), que o PSB negocia para integrar a chapa de reeleição do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).
Com o campo aberto, depois do rompimento com o governo Dilma e o expurgo dos dissidentes dilmistas do PSB, Eduardo Campos se prepara para uma nova etapa de sua pré-candidatura. Além da articulação mais direta agora para a recomposição de apoios perdidos no Ceará e no Rio de Janeiro, sábado ele grava as primeiras cenas para o programa semestral de rádio e TV do PSB, que irá ao ar no inicio de outubro.
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