O brasileiro costuma se deslumbrar com celebridades. Tudo o que dizem se torna verdade incontestável, mesmo que não se entenda o seu discurso, como acontece com o que diz Marina Silva, a queridinha da mídia, simplesmente porque não tem conteúdo algum para ser entendido.
Na campanha de Dilma, a fala de uma dessas celebridades teve forte impacto na decisão do eleitor, um discurso que foi tão "verdadeiro" quanto sua recente declaração fazendo pouco caso de um escritor. Mas dessa vez foi desmascarado.
Leiam o que escreve Reinaldo Azevedo.
Trechos abaixo:
Os fatos obrigam Chico Buarque a se desculpar. Mas ele continua errado, na gramática e no mérito
É um vexame atrás do outro, sem fim. Chico Buarque, chefe do DCB (Departamento de Censura a Biografias), do Ministério da Esquerda Chique e Endinheirada, enviou uma carta ao jornal O Globo em que se desculpa com Paulo Cesar Araújo, o biógrafo de Roberto Carlos cujo livro foi censurado. Mas o fez à sua maneira, com a arrogância costumeira. Para lembrar: em artigo publicado pelo jornal, o sambista afirmou que jamais havia conversado com Araújo, embora seu nome constasse da lista de entrevistados pelo autor de “Roberto Carlos em Detalhes”. Escreveu com todas as letras: “Lamento pelo autor, que diz ter empenhado 15 anos de sua vida em pesquisas e entrevistas com não sei quantas pessoas, inclusive eu. Só que ele nunca me entrevistou”.
A sorte é que Araújo é um profissional prudente. Guardara fotos do encontro. Mais do que fotos: tinha o vídeo, que tornou público. Sim, havia entrevistado Chico, e ambos falaram sobre Roberto Carlos, a Jovem Guarda etc. Não tivesse a prova, Araújo, a esta altura, estaria lascado. Afinal, na ordem das coisas, no mundo empíreo das estrelas, quem é a de maior grandeza? Quem, no Brasil, pode discorrer com propriedade sobre qualquer assunto, a começar de política externa? Quem, no Brasil, tem licença para defender uma ditadura que prende pessoas por crime de opinião? Quem é o dono da palavra e da verdade? Se Araújo não tivesse documentado o encontro, sua credibilidade teria ido para o ralo. Passaria para a história como mentiroso.
(...)
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