Sinceramente estou perdendo, isto é, já perdi a paciência, com a História contada pelos perdedores, via de regra quadrilheiros, assumidos canalhas, ou as duas coisas.
Em qualquer época, em qualquer lugar do mundo, em todos os tempos, a História é contada pelos vencedores e ponto final.
Aos vencidos resta meter a viola no saco e rezar para que a sua voz seja ouvida décadas ou séculos depois.
Mas, aqui as coisas funcionam de forma bem diferente. São os derrotados que contam a sua versão da história. E que versão!
Apenas para citar, de passagem, algumas outras peculiaridades deste Brasil, somos obrigados a conviver com situações absolutamente esdrúxulas como:
Apenas para citar, de passagem, algumas outras peculiaridades deste Brasil, somos obrigados a conviver com situações absolutamente esdrúxulas como:
- políticos que renunciam para evitar a perda dos mandatos pelas falcatruas, crimes mesmo cometidos e que, anos ou meses depois, voltam novamente eleitos para os antigos cargos, sem que exista qualquer lei que isso proíba;
- deputados e senadores condenados, ou processados, participando de Comissões de Constituição e Justiça para legislar em causa própria. Dá pra entender?
- presidentes que, embora nunca saibam de nada, esfacelam a imagem do país no exterior ao bostejar, aqui e lá fora, indecências como: “caixa dois é comum no Brasil”; “quem começou a crise foram os caras de olhos azuis e a crise é deles, pra nós vai ser só uma marolinha”; “há uma tempestade de dólares invadindo o país, não os queremos”; “está havendo escassez de dólares e o nosso governo vai retirar as barreiras que acabou de criar”; “o povo está nas ruas porque demos demais a ele e é por isso que ele quer mais”, “nunca antes neste país”, etc.
- o ministro da Fazenda não sabe onde se localiza seu próprio nariz;
- o da Educação distribui livros com erros primários e incentiva o assassinato do idioma, além de, na caneta, tentar mudar a duração de cursos universitários, sem qualquer estudo ou planejamento;
- dos outros trinta e sete pouco se fala ou se vê;
- furto, peculato, apropriação indébita, corrupção ativa e passiva são estranhamente denominados de “malfeitos”;
É de enlouquecer.
E tome de Dirceu, Collor, Renan, Genoino, Cachoeira e outros tantos, sem que apareça o nome do grande chefe, do artífice, do guru.
Tem muito osso pra pouco filé.
Isso tudo aí em cima saiu sem que eu percebesse, fruto, certamente, da minha teimosa indignação.
Na verdade onde eu queria chegar mesmo é na forma como é contada a historia da REVOLUÇÃO DE 1964, que os “salvadores da pátria”, esses mesmos que não sabem de nada, fazem questão de chamar de Golpe.
Minha paciência se esgotou quando a “Globo” (emissora que é acusada de estar a serviço do imperialismo – quanto atraso ) exibiu pela enésima vez, através do canal pago Globo News – Programa Miriam Leitão , dia 29/7/2013, às 19.30h., uma entrevista com um cidadão, visivelmente vaidoso por ter sido exilado (quem o exilou?), que, juntamente com seu filho, estava lançando um filme sobre o “golpe” de 1964.
Aliás, as palavras golpe e golpistas foram proferidas dezenas de vezes pelas duas figuras que pareciam empolgados com a pregação do seu evangelho e a qualidade de sua obra, exibindo, inclusive, a gravação de palavras proferidas pelo presidente Kennedy e seu Embaixador Lincoln Gordon, dentro da Casa Branca, em Washington.
Deve ser realmente impressionante a pesquisa dos dois entrevistados e riquíssimo o conteúdo do tal filme, a se considerar o número de reprises do citado programa.
Causa espanto que uma organização a serviço do imperialismo ianque admita uma coisa dessas.
Antes que esqueça aqui vai o nome das duas poses: o pai FlávioTavares e o filho Camilo Tavares. O Espírito Santo, que tem vergonha na cara, não apareceu.
Apenas para ilustrar, o jornalista Flávio Tavares participou do movimento armado em ações terroristas e outras manobras marginais sob a alcunha de Dr. Falcão, tendo sido detido e solto diversas vezes pela terrível ditadura vigente no país.
Também vale saber que, quando estudante, o referido senhor teve tempo e dinheiro suficientes para conhecer a União Soviética e a China.
Devo confessar que, diante de tanta empáfia por parte de entrevistadora e entrevistados, não tive saco para acompanhar toda a entrevista. E o pior: a parte que assisti não mereceu minha total atenção, já que, quase a cada palavra proferida eu me convencia de que vivera os meus 74 anos em outro mundo, inteiramente diferente daquele ali apresentado.
O que aconteceu em 1964 foi uma luta de bandidos, quase todos fardados, contra “anjos” absolutamente inocentes.
Toneladas de dólares foram despejadas pelos americanos no Brasil.
Nem uma simples vírgula sobre como os “anjos” eram mantidos pela União Soviética.
João Goulart, um gigante, forte, audacioso, patriota, um artífice das grandes reformas, um baluarte na defesa da ordem e dos preceitos constitucionais.
Badernas de marinheiros, soldados, sargentos, marítimos, ferroviários, rodoviários, nada disso aparece como importante. Era o povo pacificamente se expressando.
Nas Universidades não havia subversão, todos estudavam aplicadamente, lutando por um Brasil melhor, capitaneados pela pujante esquerda cujos valores morais a tudo suplantava.
Esses valores são hoje sobejamente por nós conhecidos.
De um desses “salvadores da pátria” cheguei a ouvir que, após o comício de 13 de março na Central do Brasil, o chefe (o Presidente) renunciaria e seria levado de volta ao poder pela força das baionetas que eles achavam estar a seu serviço.
Não estavam.
E mais, após a retumbante vitória as cabeças dos “reaças”, entre os quais eu estava incluído, seriam devidamente penduradas nos postes em frente a Faculdade. Gente fina.
Tomaram as porradas que mereciam (deviam ter tomado mais), tanto pelas más intenções como pela incompetência já então demonstrada.
Esta mesma incompetência, lapidada pelo tempo, voltam a demonstrar agora que chegaram ao poder.
Administrar, não sabem, mas são mestres na mentira, na embromação e na propaganda.
Quanto à luta armada, que eles chamam de golpe, seria melhor tratada como contra revolução, já que estava em andamento, aí sim, um golpe da “esquerda”.
Pelo que se tem propagado fartamente em todos os meios de comunicação, a Revolução de 1964, vencida pelos bandidos fardados, torturou e matou milhares de “anjos”.
Os ataques a quartéis, viaturas militares, roubos de armas, assaltos a bancos, sequer são mencionados. Cadáveres de soldados, sargentos e oficiais que pereceram no cumprimento do dever, são cinicamente ignorados.
Sem falar de inocentes civis vitimados pela ação irresponsável dos “bons”, ou “anjos” como agora se apresentam.
Informa-se ou deixa-se concluir que do lado mau, dos bandidos que venceram a guerra, não morreu ninguém. Não aconteceu uma reles amputação.
Inexplicavelmente no lado “bom”, dizimado em massa pela cruel ditadura, apareceram inúmeros “sobreviventes” que, hoje, além de polpudas indenizações, ainda podem contar com um ganho mensal, que, por justiça, deveria se chamar Bolsa Golpe (ou seria o Golpe da Bolsa?).
Essa História precisa ser bem contada e divulgada por gente competente, ou os nossos jovens serão contaminados (muitos já estão) pelas mentiras vezes e vezes repetidas por programas como o da Dona Miriam.
Será que, dos 20 anos de ditadura (aliás, ditamole, pois ditadura não permite habeas corpus como o concedido ao Sr Flávio em 1967), não se pode falar nada de bom? Tenham paciência!
Os especialistas em “herança maldita” devem saber que ditadura mesmo foi a do Sr. Getúlio Vargas, o “Pai dos Pobres”.
Mas, a pior de todas elas é a ditadura da burrice que os “anjos bons” estão, impunemente, impondo à nação brasileira.
Coincidentemente, logo após ter escrito estas linhas, um dos meus netos mostrou-me o texto abaixo que, então lembrei, um bom amigo já me havia enviado há tempos. Por oportuno, faço questão de reproduzi-lo.
*Militares, nunca mais!!!*
Millôr Fernandes (que nunca assumiu a autoria)
Ainda bem que hoje tudo é diferente - temos um PT sério, honesto e progressista. Cresce o grupo que não quer mais ver MILITARES NO PODER, pelas razões abaixo:
Militar no poder, nunca mais. Só fizeram lambanças!
Tiraram o cenário bucólico que havia na Via Dutra de uma só pista, que foi duplicada e recebeu melhorias; acabaram, aí, com as emoções das curvas mal construídas e os solavancos estimulantes provocados pelos buracos na pista.
Não satisfeitos, fizeram o mesmo com a rodovia Rio-Juiz de Fora.
Com a construção da ponte Rio-Niterói, acabaram com o sonho de crescimento da pequena Magé, cidade nos fundos da Baía de Guanabara, que era caminho obrigatório dos que iam de um lado ao outro e não queriam sofrer na espera da barcaça que levava meia dúzia de carros.
Criaram esse maldito do Pro-Álcool, com o medo infundado de que o petróleo vai acabar um dia. E, para apressar logo o fim do chamado "ouro negro", deram um impulso gigantesco à Petrobrás, que passou a extrair petróleo 10 vezes mais (de 75 mil barris diários, passou a produzir 750 mil); sem contar o fedor de bêbado que os carros passaram a ter, com o uso do álcool.
Enfiaram o Brasil em uma disputa estressante, levando-o da posição de 45ª economia do mundo para a posição de 8ª, trazendo, com isso, uma nociva onda de inveja mundial.
Tiraram o sossego da vida ociosa de 13 milhões de brasileiros, que, com a gigantesca oferta de emprego, ficaram sem a desculpa do "estou desempregado".
Em 1971, no governo militar, o Brasil alcançou a posição de segundo maior construtor de navios no mundo. Uma desgraça completa.
Com gigantesca oferta de empregos, baixaram consideravelmente os índices de roubos e assaltos. Sem aquela emoção de estar na iminência de sofrer um assalto, os nossos passeios perderem completamente a graça.
Alteraram profundamente a topografia do território brasileiro, com a construção de hidrelétricas gigantescas (TUCURUÍ, ILHA SOLTEIRA, JUPIÁ e ITAIPU), o que obrigou as nossas crianças a aprenderem sobre essas bobagens de nomes esquisitos.
O Brasil, que antes vivia o romantismo do jantar à luz de velas ou de lamparinas, teve de tolerar a instalação de milhares de torres de alta tensão espalhadas pelo seu território, para levar energia elétrica a quem nunca precisou disso. Implementaram, ainda, os metrôs de São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Recife e Fortaleza, deixando tudo pronto para atazanar a vida dos cidadãos e o trânsito nestas cidades.
Baniram do Brasil pessoas bem intencionadas, que queriam implantar aqui um regime político que fazia a felicidade dos russos, cubanos e chineses, em cujos países as pessoas se reuniam em fila nas ruas apenas para bater-papo, enquanto aguardavam para fazer compras, e ninguém pensava em sair a passeio para nenhum outro país.
Foram demasiadamente rigorosos com os simpatizantes daqueles regimes, só porque soltaram uma "bombinha de São João" no aeroporto de Guararapes, onde alguns inocentes morreram de susto apenas.
Os militares são muito estressados. Fizeram tempestade em copo d'água só por causa de alguns assaltos a bancos, sequestros de diplomatas ... ninharias que qualquer delegado de polícia resolve.
Tiraram-nos o interesse pela política, vez que os deputados e senadores daquela época não nos brindavam com esses deliciosos escândalos que fazem a alegria da gente, hoje.
Inventaram um tal de PROJETO RONDON, para que os nossos universitários conhecessem os problemas dos brasileiros desassistidos nos grotões da Amazônia, Centro-oeste e Nordeste; o FGTS, PIS e PASEP, só para criar atritos entre empregados e patrões.
Para piorar a coisa, ainda criaram o MOBRAL, que ensinou milhões a ler e a escrever, aumentando mais ainda o poder desses empregados contra os seus patrões.
Nem o homem do campo escapou, porque criaram, para ele, o FUNRURAL, tirando do pobre coitado a doce preocupação que ele tinha com o seu futuro.
Era tão bom imaginar-se velhinho, pedindo esmolas para sobreviver.
Outras desgraças criadas pelos militares: trouxeram a TV a cores para as nossas casas, pelas mãos e burrice de um oficial do Exército, formado pelo Instituto Militar de Engenharia, que inventou o sistema PAL-M.
Criaram a EMBRATEL; TELEBRÁS; ANGRA I e II; INPS, IAPAS, DATAPREV, LBA, FUNABEM.
Tudo isso, e muito mais, os militares fizeram, em 22 anos de governo.
Depois que entregaram o governo aos civis, estes, nos vinte anos seguintes, não fizeram nem 10% dos estragos que os militares fizeram.
Graças a Deus!
Há muito mais coisas horrorosas que eles, os militares, criaram, mas o que está escrito acima é o bastante para dizermos:
"Militar no poder, nunca mais" !!!.
*
VERDADE. A MÍDIA SÓ OFERECE ESPAÇO AOS PERDEDORES, TANTO É QUE CONSEGUIRAM CHEGAR AO PODER GRAÇAS AO MONOPÓLIO DA EXPOSIÇÃO E DA PALAVRA.
RESTA, ENTÃO, MOSTRAR ALGUMAS DECLARAÇÕES DESSES "ANJOS", ALGUNS ARREPENDIDOS, E OUTROS VÍDEOS SOBRE O TEMA PARA DEIXAR BEM CLARO QUE O QUE ESTÁ ESCRITO ACIMA TEM FUNDAMENTO:
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