A concorrência em São Paulo e o cartel em Brasilia.
por Alberto Goldman
Em 2008 a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos ( CPTM ) licitou a compra de 320 vagões para modernização de suas linhas. A disputa foi acirrada. A primeira colocada, a CAF, espanhola, apresentou preço bem inferior à Siemens, alemã. Esta, inconformada, tentou anular a proposta da primeira colocada, com recurso administrativo que foi negado. Depois tentou o mesmo na Justiça, entrando com mandado de segurança. A justiça não reconheceu seus pretendidos direitos.
A ação do Estado foi perfeita. Tentou convencer a Siemens de que não aceitaria o seu preço, bem superior à concorrente, em hipótese alguma. De que na hipótese dela obter decisão favorável da Justiça, a concorrência seria anulada e a compra novamente licitada, o que atrasaria o início de todo o programa de modernização.
Nessa linha atuou o presidente da CPTM à época, Sergio Aveleda. Foi respaldado pelo Secretário de Transportes Metropolitanos José Luiz Portella e pelo seu adjunto, João Paulo de Jesus e esses, em seguida, respaldados por declarações do próprio governador José Serra.
Se isso foi pressão, como afirma um ex executivo da Siemens, em matérias hoje republicadas pelo jornal ” O Estado de São Paulo “, muito bem, fizeram o que tinham de fazer. Foi uma ação anticartel, em defesa do interesse público.
Diferente da ação de Dilma Roussef e seus auxiliares que, no caso da licitação do presal do campo de Libra, trabalharam abertamente para a formação do cartel vitorioso, único concorrente no leilão.
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