quinta-feira, 21 de novembro de 2013

MANTEGA NÃO REAGE E A CORRUPÇÃO ENTRA SEM BATER NO SEU GABINETE

JORGE OLIVEIRA

A documentação que ilustra a MATÉRIA do repórter Diego Escosteguy , na revista Época desta semana, é farta e volumosa. A corrupção anda tão solta no governo da Dilma que já entrou sem bater em praticamente todos os ministérios. Os escândalos são tão intensos que um vai apagando outro como se fossem fósforos queimados. Agora, o dinheiro ilegal, ao vivo e a cores, chegou sem pedir licença no Ministério do Guido Mantega antes mesmo que ele tivesse tempo de esclarecer o mais clamoroso dos casos de corrupção da sua Pasta: o da Casa da Moeda, administrada por um apadrinhado, que deu um desfalque de milhões de reais e até hoje ninguém sabe o paradeiro da grana e do autor da façanha que fez evaporar uma montanha de reais.
A última da série “Coisas do Brasil” está rolando esta semana, quando a revista publicou que dois dos principais assessores dos ministro foram apontados por uma secretária de aceitar suborno. Responsáveis por fiscalizar um contrato de mais de R$ 4  milhões de reais ( isso mesmo: R$ 4 milhões de reais!) para prestação de serviço de assessoria de imprensa, os dois boymantegas não fizeram nenhuma cerimônia em receber em dinheiro quase 60 mil reais das mãos da secretária num ambiente pouco usual para esse tipo de tramoia: o gabinete ao lado onde o chefão despacha.
A corrupção atingiu em cheio o coração do ministério porque envolve o economista Marcelo Fiche, chefe de gabinete do ministro, e Humberto Alencar, chefe de gabinete substituto, acusados pela ex-secretária da Partners Comunicação Empresarial, Ane Paiva, de biscatezinhos mensais de 15 mil reais. A encomenda, segundo relatou a secretária à revista, teria chegado às mãos de Humberto em dinheiro vivo para não deixar rastro. A Época publicou as revelações da secretária, mas os dois importantes assessores continuam circulando no ministério como se tivessem praticado um ato corriqueiro na repartição, a mais importante do governo.
A recomendação para que a grana chegasse às mãos dos principais assessores do ministro foi do próprio diretor da empresa Vivaldo Barbosa que, por telefone, orientava a secretária a levar a propina para os engravatados senhores. O Senado Federal está escandalizado. Os senadores tucanos Álvaro Dias e  Aloysio Nunes Ferreira pediram para a Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle convocar os dois auxiliares do ministro. Querem saber, como todos os brasileiros, por que eles recebiam mesadas milionárias de uma prestadora de serviço.
Na verdade, os assessores apenas dividiam as migalhas de um contrato milionário. Sabe-se, agora, depois do escândalo, que a Partners, sediada em Belo Horizonte, mantinha esse contrato milionário para promover o ministro na mídia. A empresa “fabrica” matérias favoráveis e contra-ataca com informações generosas as notícias desfavoráveis a Guido Mantega, lesando os cofres públicos em milhões de reais.  
É assim, beneficiando os apaniguados, que o governo petista vai jogando o dinheiro do contribuinte no lixo e batendo recorde atrás de recorde na arrecadação de imposto, festejado como uma proeza de um governo atabalhoado que sacrifica o trabalhador e o empresariado com tanto tributo.
A oposição ao governo no Senado Federal é fraquinha. Não aguenta o tranco dos petistas. Quando consegue interrogar alguém do governo atolado em escândalo sempre se mostra despreparada para o embate. Deveriam aprender com os petistas que, na oposição, descascavam o governo . O Zé Dirceu e o Zé Genoíno, ressalte-se, eram mestres nas provocações, coisa que os tucanos ainda estão engatinhando. Com a verve reconhecidamente afiada, não seria surpresa para ninguém que os dois agora virassem xerifes no presídio.
Afinal de contas, os dois Zés nasceram para líderes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário