Faz tempo que não vejo uma autoridade religiosa se sensibilizando com nosso povo enganado e sofrido.
Só se vê, como está escrito, mensagens de devoção e piedade, como se isso bastasse.
Ou pior, publicações que mais parecem louvações às maravilhas que se propagam como verdadeiras, sem se importarem (seus autores) com a triste realidade que desmente o triunfalismo dos discursos oficiais:
*
Pe. Zezinho
Vem de longe, desde os padres apostólicos do primeiro e segundo século a proposta da justiça social. Irineu de Lion, do segundo século, fala em Salus animae, Salus Carnis e Oeconomia Salutis. Não basta crer e professar. É preciso servir e transformar. Cuida-se do homem como um todo. Um seguidor de Jesus fará de tudo para que ao seu redor todos tenham o mínimo necessário para viver. Quem tem e pode mais deve providenciar e propiciar este mínimo para todos. Lembro-me que nos anos 70 compus uma canção para a Campanha da Fraternidade que reproduzia esta doutrina: – Quero ser pro meu irmão a imagem dele, meu irmão que ainda não tem o necessário pra ter paz. Quero ser pro meu irmão a resposta dele que vivo mais feliz e às vezes tenho até demais. Eram os difíceis anos 70 de repressão militar e de assaltos a bancos a serviço de ideologias marxistas. O ódio havia se transformado em doutrina.
Mudou o cenário político, mudou a mentalidade dos empresários e dos sindicatos, mudou a visão dos trabalhadores, a sociedade vota com mais conteúdo, mudou em parte o cenário social, tem-se mais e é possível ser mais, mas estamos longe, muito longe ainda de oferecer ao povo o básico e o necessário. Se olharmos para as nossas periferias, ainda que do nosso carro e do anel rodoviário, veremos precariedade. A maioria mora mal, ganha mal e come mal. A previdência não prevê nem provê o mínimo necessário para quem trabalha. A corrupção endêmica, o jeitinho de sempre, os acima da lei, movimentos sociais com mais ideologia do que com rumo, partidos ainda fisiológicos demais, figuras políticas ainda egocêntricas demais, religiões e pregações ainda alienadas e alienantes e uma centena de problemas urgentes nunca resolvidos continuam a nos atravancar.
É gigantesca a montanha do quanto ainda resta por fazer para que o Brasil possa se olhar no espelho e declarar-se nação adulta. O adolescentismo ainda governa o nosso país imediatista demais quando deveria esperar e lento demais quando deveria correr.
Fico triste quando vejo apenas livros de devoção e piedade nas estantes de alguns seminaristas ou leigos. Se soubessem mais ficariam bem mais inquietos e teriam muito mais respostas. Qualquer católico que sonhe repercutir na sociedade precisa saber o que é indispensável para alguém viver em paz. O mínimo necessário não é questão de “talvez; quem sabe”…. É questão de sobrevivência da democracia e das próprias igrejas onde comungam!
Vem de longe, desde os padres apostólicos do primeiro e segundo século a proposta da justiça social. Irineu de Lion, do segundo século, fala em Salus animae, Salus Carnis e Oeconomia Salutis. Não basta crer e professar. É preciso servir e transformar. Cuida-se do homem como um todo. Um seguidor de Jesus fará de tudo para que ao seu redor todos tenham o mínimo necessário para viver. Quem tem e pode mais deve providenciar e propiciar este mínimo para todos. Lembro-me que nos anos 70 compus uma canção para a Campanha da Fraternidade que reproduzia esta doutrina: – Quero ser pro meu irmão a imagem dele, meu irmão que ainda não tem o necessário pra ter paz. Quero ser pro meu irmão a resposta dele que vivo mais feliz e às vezes tenho até demais. Eram os difíceis anos 70 de repressão militar e de assaltos a bancos a serviço de ideologias marxistas. O ódio havia se transformado em doutrina.
Mudou o cenário político, mudou a mentalidade dos empresários e dos sindicatos, mudou a visão dos trabalhadores, a sociedade vota com mais conteúdo, mudou em parte o cenário social, tem-se mais e é possível ser mais, mas estamos longe, muito longe ainda de oferecer ao povo o básico e o necessário. Se olharmos para as nossas periferias, ainda que do nosso carro e do anel rodoviário, veremos precariedade. A maioria mora mal, ganha mal e come mal. A previdência não prevê nem provê o mínimo necessário para quem trabalha. A corrupção endêmica, o jeitinho de sempre, os acima da lei, movimentos sociais com mais ideologia do que com rumo, partidos ainda fisiológicos demais, figuras políticas ainda egocêntricas demais, religiões e pregações ainda alienadas e alienantes e uma centena de problemas urgentes nunca resolvidos continuam a nos atravancar.
É gigantesca a montanha do quanto ainda resta por fazer para que o Brasil possa se olhar no espelho e declarar-se nação adulta. O adolescentismo ainda governa o nosso país imediatista demais quando deveria esperar e lento demais quando deveria correr.
Fico triste quando vejo apenas livros de devoção e piedade nas estantes de alguns seminaristas ou leigos. Se soubessem mais ficariam bem mais inquietos e teriam muito mais respostas. Qualquer católico que sonhe repercutir na sociedade precisa saber o que é indispensável para alguém viver em paz. O mínimo necessário não é questão de “talvez; quem sabe”…. É questão de sobrevivência da democracia e das próprias igrejas onde comungam!
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