Capitalismo Moderno, por Ricardo Guedes
O sistema econômico mais eficiente é o que equilibra o mercado, com ganhos adequados de lucros e salários, com o Estado no amparo de políticas sociais para os menos favorecidos, deixando o Estado a seus cidadãos o desenvolvimento pleno de suas vocações e atividades econômicas.
Adam Smith advogava o livre mercado como solução econômica para os povos e nações, mas a sequência prática do liberalismo econômico levou à formação de oligopólios e monopólios que acabam por limitar o maior desenvolvimento das sociedades.
Marx prescrevia a abolição da propriedade privada dos meios de produção como base de uma econômica solidária e socializante, mas a prática dos exemplos ocorridos não resultou em sucesso.
Keynes representa uma primeira aproximação do Estado com a economia de mercado, onde o Estado provê uma política de pleno emprego através de investimentos públicos, deixando ao mercado a sequência da economia.
E Shonfield, em Capitalismo Moderno, introduz a noção do planejamento por parte do Estado dentro das vocações econômicas da população como método eficiente de desenvolvimento e estabilidade econômica.
Ou seja, temos que aumentar o Estado onde ele deve ser aumentado, e diminuir o Estado onde ele deve ser diminuído.
Assim é a Suécia, a Alemanha, o Japão, a Coréia do Sul, e muitos outros países, em maior ou menor grau, dentro do contorno de suas respectivas culturas.
O Estado deve ser aumentado na garantia dos direitos básicos do cidadão, das liberdades, da segurança, dos serviços básicos de educação e saúde, do marco normativo jurídico e econômico, em conjunto e em convergência com a cultura e a vontade do povo.
O Estado deve ser diminuído em sua interferência na economia, na facilitação das empresas e dos cidadãos em encontrar e desenvolver suas atividades e vocações, na diminuição do aparato do Estado que sufoca os cidadãos e os agentes econômicos, na política de impostos mínimos para o máximo de eficiência econômica da sociedade.
Entre o Estado máximo e o Estado mínimo, planejamento compatível com as vocações da população e infraestrutura para o trânsito de pessoas e escoamento de produtos são fatores necessários.
Assim são hoje os países de sucesso.
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Ricardo Guedes, Ph.D. em Ciências Políticas pela Universidade de Chicago, é Diretor-Presidente do Instituto de Pesquisa Sensus.
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