Coturno
Como diz a gíria, tomou?
Está aí o primeiro resultado de achar que deputado e senador não pode ter voto secreto para casos específicos, como na análise de vetos presidenciais ou de escolha de membros da Justiça.
Quem vai votar contra o governo federal que pode travar todas as suas emendas e fazer inúmeras retaliações?
A partir de agora, a oposição será ainda mais coadjuvante. E por culpa de certa militância que, com todo o respeito, não entende nada de democracia e que exigiu o voto aberto para tudo. Um exemplo chulo: quando a vítima vai reconhecer um criminoso, o faz protegida por um vidro, sem poder ser vista pelo bandido. O vidro do Congresso foi retirado. Quebrado. Os bandidos agora podem reconhecer as suas vítimas.
Leiam matéria de Isabel Braga, em O Globo:
Na primeira votação de vetos presidenciais sem o voto secreto, mesmo em meio a uma perspectiva de crise com a base aliada na Câmara, o governo federal saiu vitorioso, garantindo a manutenção dos pontos vetados pela presidente Dilma Rousseff em três projetos.
Na votação mais polêmica, que tratava da criação da carreira nacional de médicos na lei que regulamentou o programa Mais Médicos, foram 113 votos pela derrubada e 204 a favor de mantê-lo. Em outra, com menor impacto financeiro e mais apelo popular, por beneficiar produtores de cana de açúcar do Estado do Rio, 200 deputados votaram contra o veto, mas não foi suficiente para derrotar o governo.
Para o vice-líder do PSDB, deputado Marcus Pestana (MG), autor da emenda vetada por Dilma no Mais Médicos, é mais um prova de que o voto aberto na apreciação de vetos presidenciais favorece o governo de plantão. O PSDB foi contra o fim do voto secreto nesses casos.
— Com o voto aberto, fica difícil o deputado da base ir contra o governo. No caso do veto à carreira dos médicos, ele é inadmissível. Foi o governo, o ministro (Alexandre) Padilha (Saúde), quem fez o texto (na votação do Congresso), mas ele roeu a corda, e a presidente Dilma vetou — criticou Pestana.
(...)
Na primeira votação de vetos presidenciais sem o voto secreto, mesmo em meio a uma perspectiva de crise com a base aliada na Câmara, o governo federal saiu vitorioso, garantindo a manutenção dos pontos vetados pela presidente Dilma Rousseff em três projetos.
Na votação mais polêmica, que tratava da criação da carreira nacional de médicos na lei que regulamentou o programa Mais Médicos, foram 113 votos pela derrubada e 204 a favor de mantê-lo. Em outra, com menor impacto financeiro e mais apelo popular, por beneficiar produtores de cana de açúcar do Estado do Rio, 200 deputados votaram contra o veto, mas não foi suficiente para derrotar o governo.
Para o vice-líder do PSDB, deputado Marcus Pestana (MG), autor da emenda vetada por Dilma no Mais Médicos, é mais um prova de que o voto aberto na apreciação de vetos presidenciais favorece o governo de plantão. O PSDB foi contra o fim do voto secreto nesses casos.
— Com o voto aberto, fica difícil o deputado da base ir contra o governo. No caso do veto à carreira dos médicos, ele é inadmissível. Foi o governo, o ministro (Alexandre) Padilha (Saúde), quem fez o texto (na votação do Congresso), mas ele roeu a corda, e a presidente Dilma vetou — criticou Pestana.
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Em outra votação, mesmo com 200 votos pela derrubada, foi mantido o veto a um artigo incluído em uma Medida Provisória, que garantia subvenção de R$ 12 a produtores de cana de açúcar do Rio por cada tonelada vendida às usinas e destilarias. O líder do PR, Anthony Garotinho (RJ), autor da emenda, disse que só beneficiaria os produtores, não usineiros, e cada um receberia cerca de R$ 2 mil reais, com um impacto de R$ 10 milhões para os cofres da União. O veto poderá criar mais tensão na relação do líder do PR com o Planalto.
Os senadores também mantiveram, por 47 votos a 8, o veto total de Dilma ao projeto de iniciativa do Senado sobre proteção do consumidor. O projeto incluiu a eficiência e o consumo de energia entre os dados que devem estar na oferta e apresentação de produtos ou serviços. Na justificativa do veto, a presidente ressaltou que o projeto tem objetivo meritório.
Os senadores também mantiveram, por 47 votos a 8, o veto total de Dilma ao projeto de iniciativa do Senado sobre proteção do consumidor. O projeto incluiu a eficiência e o consumo de energia entre os dados que devem estar na oferta e apresentação de produtos ou serviços. Na justificativa do veto, a presidente ressaltou que o projeto tem objetivo meritório.
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