A manifestante-invasora confessa: “Eu sempre venho ao shopping, assim como meus filhos, e a gente gasta muito dinheiro”. Sim, excelência invasora! Eu sempre soube!
Por Reinaldo Azevedo
Dois shoppings fecharam as portas nesta quinta para evitar os “rolezões” convocados por extremistas de esquerda do MTST: o Jardim Sul e o Campo Limpo. Mesmo assim, a turma resolveu fazer um “protesto” em frente aos dois estabelecimentos. Sim, havia pessoas portando tinta. Sujaram o lado de fora dos dois prédios. Os ministros Gilberto Carvalho e Luíza Bairros acham que eles têm de sujar é o lado de dentro. Ou é assim, ou se trata, na visão destes dois pensadores, de discriminação contra pobres e contra negros. A vigarice política assume proporções escandalosas.
No Shopping Campo Limpo, um dos que ficam na periferia de São Paulo, a fala de uma das “manifestantes” é por demais eloquente. Leiam o que ela disse, segundo informa a Folha Online:“É um absurdo eu não poder entrar no shopping hoje. Eu sempre venho, assim como meus filhos, e a gente gasta muito dinheiro. O direito de entrar no shopping é de todo mundo, não só dos ‘filhinhos de papai’”.
A declaração é de Renilda Pereira dos Santos. Ela mora na ocupação da Capadócia, na Vila Andrade, na Zona Sul.
Mas eu explico a razão. Esta senhora mora numa área invadida. As invasões são comandadas pelo tal MTST. Os que aceitam morar em invasões lideradas por eles se submetem às suas regras, às suas leis. Os invasores são obrigados a cumprir tarefas, seguindo as ordens da direção do movimento. Nesta quinta, era para fazer o rolezão nos dois estabelecimentos. E lá foram eles agitar as bandeiras vermelhas do MTST.
Reitero: shoppings nas áreas ricas ou pobres da cidade não discriminam ninguém. Trata-se de uma farsa. Os rolezinhos eram brincadeiras de adolescentes que foram, e com razão, coibidas porque põem em risco a segurança dos frequentadores e deles próprios. Os grupos de extrema esquerda, agora com o apoio de ministros da presidente Dilma, decidiram dar um caráter racial, social e político à coisa.
Pior: páginas da Internet ligadas aos black blocs anunciam a adesão aos rolezinhos. Na segunda-feira, escrevi aqui sobre os riscos. Militantes de esquerda, setores da própria imprensa e alguns pseudointelectuais do miolo mole, no entanto, resolveram acenar para o perigo. Dilma deveria dar um cala-boca em seus ministros. Se não o fizer, então estará ela própria flertando com a irresponsabilidade.
Shoppings são espaços de uso público, mas são áreas privadas. Os compradores que lá entram — inclusive estes que são coagidos pelos leninistas pés de chinelo a participar de rolezões — estão fazendo girar a roda da economia, garantindo o emprego de milhares de pessoas — muito especialmente dos mais pobres.
É espantoso que os mistificadores não recuem nem diante do óbvio perigo que manifestações dessa natureza comportam. Atenção! Ainda que fosse verdade — é uma mentira espetacular — que os shoppings são espaços privilegiados dos ricos, a invasão e a perturbação da ordem não são instrumentos adequados e eficazes de luta. Para encerrar, cumpre indagar de novo: “Qual é a pauta?”.
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