(Na verdade, mais de cinquenta milhões de brasileiros já se tornaram dependentes, ou reféns, das "bolsas")
Um tema que sustenta a popularidade do desgoverno petista, desde a era lula, é o desemprego. Pecam os jornalistas, porém, quando divulgam os números oficiais sem o devido esclarecimento sobre as condições que propiciam os índices anunciados na propaganda governamental.
Além do conflito entre Institutos de Pesquisas e metodologias, o que tem, de fato, levado o brasileiro a crer no discurso do pleno emprego são artifícios, como o de aumentar a estimativa de trabalho informal para considerar que mais brasileiros estariam trabalhando e a mudança de mentalidade no setor, cuja rotatividade é evidente pelos bilhões pagos mensalmente em seguro-desemprego, o que indica demissões em alta ao mesmo tempo que cria uma falsa ideia de geração de novos empregos.
Outro aspecto importante que os analistas não abordam, e que gera informações equivocadas, é o fato de não considerar desempregado quem simplesmente não procura emprego. E isso vem se consolidando como o comportamento padrão de um povo que vem paulatinamente perdendo o senso de dignidade.
Segundo o Ipea, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o desemprego cresceu de 20.7% para 26.27% entre a população mais pobre na última década. Isso entre aqueles que ainda não desistiram de se manter às próprias custas.
Em uma de minhas postagens sobre personagens que realmente fizeram muito pelo Brasil, mas que a memória curta da maioria dos brasileiros e a pauta petista imposta como verdade única têm condenado ao ostracismo, lembro de um programa usurpado pelo PT, o BOLSA-ESCOLA - os petistas faziam rima com ESMOLA - que funcionava como "Bolsa de Estudos" para garantir a promoção do ser humano e o futuro das crianças assistidas pelo programa. O Bolsa-Escola complementava, entre outros, o BOLSA-ALIMENTAÇÃO, criado por José Serra.
No texto, comento que o atual modelo, o Bolsa-Família, ao contrário do que pretendia FHC, destrói a dignidade do cidadão e condena as futuras gerações à eterna condição de dependência. Mas o que importa para o governo é o voto dos milhões de brasileiros que desistiram de sonhar, pois cresce a parcela de JOVENS que não estudam nem trabalham, bem como mais de 66 milhões de trabalhadores desistiram de procurar emprego.
Tudo isso, portanto, favorece os índices do desemprego, pois quem não procura trabalho não entra nas estatísticas.
Para completar o raciocínio, fundamentado com links de documentos e de matérias jornalísticas, o jornal O Globo desse domingo mostra mais uma falácia dos dados apresentados pelo desgoverno, a suposta melhoria dos salários.
Sem considerar a política de valorização do salário mínimo, iniciada nos anos noventa, a "saída" de certos grupos do mercado de trabalho, justamente os que ganham menos, como é o caso dos jovens e dos que se acomodaram na situação de dependentes das "bolsas", "infla" as estatísticas e favorece o discurso do governo. Confiram:
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A taxa de desemprego no menor nível histórico e o aumento da renda em 2013 escondem um efeito estatístico que pode estar passando desapercebido.
A expansão do rendimento médio do trabalhador brasileiro tem ocorrido não apenas pelos reajustes salariais de quem está na ativa, mas também pela queda na participação dos jovens na força de trabalho. Como esse grupo tem salário mais baixo, o “envelhecimento” dos trabalhadores “infla” as estatísticas da renda média.
Levantamento feito pelo economista Fernando de Holanda Barbosa Filho, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV), mostra que a mudança na composição etária da força de trabalho teve peso de 33% no ganho médio de 2% da renda do trabalhador brasileiro apurado pelo IBGE nas seis maiores regiões metropolitanas do país em 2013, até novembro.
- O grupo dos jovens é o que ganha menos. Como eles estão entrando mais tarde na população economicamente ativa, essa renda média acaba ficando maior. Esse efeito da composição da força de trabalho agora está muito mais importante do que antes. Agora responde por um terço - afirma o economista.
Leia mais em Com menos jovens no trabalho, renda média do brasileiro sobe
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