Cracolândia, Rocinha, Alemão: O estímulo à desordem começa a render frutos. E vai piorar!
Homens da Guarda Civil Metropolitana prenderam duas mulheres nesta terça, acusadas de tráfico. Foram cercados pelos frequentadores do local e agredidos. Tiveram de recorrer a bombas de gás lacrimogêneo. As viaturas foram depredadas. Leio na Folha a “explicação” dada por Sidnei Calixto, que participou da agressão: “Eles [os guardas] partiram pra para cima sem a gente fazer nada. Passaram o meio da multidão com o carro e depois prenderam uma usuária. O povo ficou revoltado e começou a jogar pedra neles”.
Entendi. A “agressão” inicial dos guardas metropolitanos foi deter uma “usuária” — e o usuário, como se sabe, pode tudo hoje em dia — e “passar com o carro no meio da multidão”. Não pode! Afinal, o prefeito Fernando Haddad decidiu que aquela é uma área livre para o consumo de droga, certo? Mais do que isso: ele passou a financiar, na prática, o vício de uma parte dos frequentadores da Cracolândia; ele os estatizou. Como é a que a Guarda Civil Metropolitana ousa fazer o seu serviço?
Em janeiro, uma equipe do Denarc prendeu um traficante na Cracolândia. Os policiais foram atacados pelos frequentadores. Houve confronto. Fernando Haddad e o secretário municipal de Segurança Pública, Roberto Porto, que é chefe da GCM, tiveram a cara de pau de criticar a polícia. Mais: o Ministério Público Estadual decidiu investigar a operação. Ao reagir daquele modo, a Prefeitura decretava que a Cracolândia é intocável e que ali a polícia só entra com ordem daquilo que o tal Calixto chama “povo”.
Alemão
Moradores do Complexo do Alemão, no Rio, interditaram ontem um dos acessos ao local, meteram fogo em lixeiras e entulhos e ameaçaram explodir um caminhão de combustíveis. Era um protesto da “comunidade” — é assim que se fala em carioquês politicamente correto — contra a prisão de dois moradores, de um grupo de seis pessoas, suspeitas de participar da execução de policiais ligados às UPPs.
Moradores do Complexo do Alemão, no Rio, interditaram ontem um dos acessos ao local, meteram fogo em lixeiras e entulhos e ameaçaram explodir um caminhão de combustíveis. Era um protesto da “comunidade” — é assim que se fala em carioquês politicamente correto — contra a prisão de dois moradores, de um grupo de seis pessoas, suspeitas de participar da execução de policiais ligados às UPPs.
Vejam bem: leio na Folha que a confusão começou quando um dos “manifestantes” atirou para o alto. Entendo. Quando ele não aguenta mais de vontade de se manifestar — assim como quem tem a urgência de expelir um borborigmo —, saca a pistola e atira. O sujeito fugiu, com o auxílio da… comunidade!!!
Rocinha
No JN, vi imagens de policiais da UPP da Rocinha sendo humilhados e intimidados por “moradores”. Ninguém escondia a cara, não, entenderam? Um deles meteu o porrete no vidro da viatura, estilhaçando-o… É a comunidade!
No JN, vi imagens de policiais da UPP da Rocinha sendo humilhados e intimidados por “moradores”. Ninguém escondia a cara, não, entenderam? Um deles meteu o porrete no vidro da viatura, estilhaçando-o… É a comunidade!
Por alguma razão que escapa a qualquer entendimento racional, lógico e historicamente informado sobre, como posso chamar?, o progresso das sociedades e o processo de civilização, os nossos “pensadores” veem em manifestações dessa natureza uma espécie de grito dos oprimidos em busca da libertação.
Isso é só degradação da ordem. Não conduz à libertação dos oprimidos coisa nenhuma! Ao contrário: coisas assim oprimem os que, sendo moradores do Centro de São Paulo, se tornam reféns de traficantes e consumidores de crack e, sendo moradores da Rocinha e do Alemão, viram prisioneiros da bandidagem.
É impressionante o mal que essas novas esquerdas — que têm de ativas o que têm de ignorantes — fazem aos oprimidos em nome dos quais supostamente falam. E, sim, a imprensa é parte desse problema.
O crime conseguiu ganhar no Brasil o estatuto de revolta popular. Na origem, essa leitura, sem dúvida, tem uma marca: o PT, que representou a primeira grande degradação teórica do pensamento de esquerda no Brasil (ignoro a fase terrorista). Agora, a bandeira está sendo tomada pelo PSOL, que é o esquerdismo na fase do hospício.
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