quarta-feira, 30 de abril de 2014

COMO NOSSOS PAIS, OU SERIAM VOVOZINHOS?

Não é segredo que certos políticos são usuários de drogas e defendem a liberação indiscriminada, não para enfraquecer o tráfico e desestimular o consumo, como pensam equivocadamente alguns. Muito pelo contrário, o objetivo é banalizar a prática como se isso fosse boa coisa.


O governo do PT tem financiado eventos que defendem a descriminação do consumo de todos entorpecentes no Brasil. Confiram um deles AQUI.


A legislação também vem sofrendo interferências para se adequar aos interesses do partido.
E o contribuinte também tem sido esfolado por conta de MEDIDA do desgoverno que onera os cofres públicos para bancar a desgraça do vício e, por conseguinte, da violência, quadro que piora com o "COMÉRCIO" oficializado pelo prefeito petista em São Paulo.



O líder do PT na Câmara, deputado Paulo Teixeira (SP), acha que a política de "cerco" das autoridades às drogas é "perversa" e chegou a defender a liberação do plantio de maconha e a criação de cooperativas formadas por usuários.

Mateus Prado, membro da Executiva da Rede, partido de Marina Silva, e um de seus mais influentes assessores, cotado para o Senado em São Paulo, revela que a maconha corre solta nas veias do alto comando do partido. O vídeo acima foi publicado por Josias de Souza, em seu blog. O post pode ser lido aqui.

Que tipo de argumento pode convencer a sociedade, majoritariamente contra as drogas e suas consequências nefastas, que tais substâncias podem trazer algum benefício?

Por que nossa juventude ainda cai nas teias desse mal que destrói suas vidas e a de seus familiares?

O que os atrai para para esse mundo de bicho-grilo, tão brega quanto os vovozinhos que estão morrendo de overdose?

O que eu percebo no usuário de drogas é que o indivíduo perde a auto-crítica e isso pode passar a ideia de liberdade, liderança e inteligência acima da média, pois uma pessoa em estado de consciência alterado não se expressa com as mesmas preocupações e inibições que uma pessoa "de cara limpa". 
Esse tom muitas vezes é empregado na mídia e até nas escolas, o que funciona como um reforço positivo para os viciados e pode ser também um dos motivos para que mais pessoas busquem esse tipo de recurso a fim de tentar superar suas dificuldades, como baixa auto-estima ou timidez.

Acredito que os profissionais de saúde, educação, imprensa e formadores de opinião em geral deveriam ter mais cuidado com o tipo de abordagem sobre o tema, pois veja que tipo de consequências pode sofrer quem faz uso de substâncias supostamente inofensivas, como muitos alegam em relação à maconha:

Uso recreativo de maconha pode afetar áreas cerebrais da motivação e emoção
Equilíbrio e Saúde - Folha de S.Paulo

Jovens adultos que usaram maconha apenas recreativamente mostraram anormalidades em duas regiões do cérebro que são importantes para a emoção e para a motivação, segundo uma pesquisa publicada na revista científica “Journal of Neuroscience”.

O estudo é o primeiro a mostrar que o uso ocasional da maconha está relacionado com alterações cerebrais. Ele também mostrou que o grau de anormalidade cerebral está relacionado ao número de cigarros de maconha que uma pessoa usa por semana.

Quanto mais cigarros uma pessoas fuma, mais anormais são a forma, o volume e a densidade das regiões cerebrais.

“O estudo questiona a ideia de que o uso recreativo de maconha não leva a consequências ruins”, disse Hans Breiter, da Universidade Northwestern e um dos líderes da pesquisa.

Usando diferentes técnicas de neuroimagem, os cientistas examinaram o núcleo accumbens e a amígdala -regiões do cérebro ligadas à emoção, motivação e também ao vício- de 40 pessoas de 18 a 25 anos, 20 das quais eram usuárias casuais de maconha, e 20 que não fumavam.

“Essas são estruturas fundamentais no cérebro”, disse Anne Blood, da universidade de Harvard. “Elas formam a base de como as pessoas avaliam aspectos positivos e negativos sobre as coisas no ambiente e tomam decisões sobre elas.”

Os resultados da pesquisa se encaixam com estudos em animais que mostram que em ratos que recebem doses de THC (princípio ativo da maconha) seus cérebros formam novas conexões.

Segundo os pesquisadores, quando as pessoas estão no processo de tornar-se viciadas, seus cérebros formam essas novas conexões.

“Outros estudos são necessários para determinar se os achados se relacionam a estudos em animais que mostram que a maconha pode ser um gatilho para drogas mais potentes”, diz o pesquisador.

ALCKMIN COLOCA OS PINGOS NOS "IS"

Alckmin sobre a exportação de haitianos pelo Acre: “É preciso ter responsabilidade”

Governador Geraldo Alckmin sobre "exportação" de haitianos: "É preciso ter responsabilidade"
Governador Geraldo Alckmin sobre “exportação” de haitianos: “É preciso ter responsabilidade”

Em entrevista na noite desta terça ao programa “Os Pingos nos Is”, da Jovem Pan, que vai ao ar, todos os dias, às 18h, o governador Geraldo Alckmin afirmou que é uma irresponsabilidade o governo do Acre enviar imigrantes haitianos para São Paulo sem qualquer critério.
Não há exagero nenhum nisso, não. Mas moderação. O governo do Acre merece é ser denunciado em organismos internacionais de defesa dos direitos humanos. De resto o governador Tião Viana, do PT, ultrapassou todos os limites do bom senso. Resolveu, apenas para criar caso, processar, alegando danos morais, a secretária de Justiça e Defesa da Cidadania de São Paulo, Eloisa de Souza Arruda. Por quê? Porque ela considerou inaceitável a forma como os haitianos foram despachados para São Paulo.
Na entrevista concedida ontem ao programa, Alckmin também decidiu pôr os pingos nos is. O governador comentou como se deu a chegada dos haitianos a São Paulo: “Fomos totalmente pegos de surpresa. Não recebemos nenhum comunicado, nenhuma informação, nenhum aviso prévio, nem do governo do Acre nem do governo federal, que é responsável pela imigração. O responsável pelo visto de entrada, pelo visto de imigração, é o governo federal. A carteira de trabalho também é área federal. Simplesmente foram chegando ônibus, ônibus e ônibus aqui a São Paulo, uma coisa até desumana, porque as pessoas não têm local adequado para se instalar”.
Diante da acusação feita por Tião Viana de que as críticas à chegada dos haitianos eram uma manifestação de preconceito, Alckmin afirmou: “Está no nosso DNA um estado sem preconceito, um estado aberto, cosmopolita, um estado multirracial. Agora nós não podemos fazer é irresponsabilidade… Chegar pessoas, sem aviso nenhum. Não são cinco ou seis… São 500, 600, 800. Isso não é adequado. E o governo federal tem responsabilidade. É responsabilidade federal”.
É isso aí. E que fique claro! Pergunto: as entidades que defendem os direitos humanos não pensam, por exemplo, em denunciar Tião Viana para a Corte Interamericana de Direitos Humanos? 

Ou petistas têm licença para despachar imigrantes como quem se livra de um entulho?
Por Reinaldo Azevedo

PESSOAS DENTRO DA FARDA

Confesso que pouco assisto aos noticiários das redes de TV tamanha a repugnância que me causam certas análises e abordagens tendenciosas e oportunistas. Nada justifica a morte de alguém, quem quer que seja, entretanto, mesmo com todos os esclarecimentos sobre o que aconteceu com o DG global, fico chocada que sua mãe aceite ser usada por gente que está se aproveitando da desgraça de seu filho. 

Isso fica evidente quando profissionais que arriscam a vida pela sociedade são mortos com uma frequência inconcebível e, mesmo assim, são massacrados pela mesma mídia que idolatra pessoas envolvidas com criminosos. 

É o que mostra o texto brilhante de Ruy Castro, na Folha 

A 13 de março último, o aspirante a oficial da PM, Leidson Alves, 27 anos, foi morto com um tiro na cabeça por traficantes durante um patrulhamento no morro do Alemão. Foi o 19º PM morto neste ano no Rio, sendo 13 em emboscadas parecidas –alguns quando estavam de folga. A 7 de abril, ao voltar para casa, outro PM, Lucas Barreto, 23, foi capturado em São Gonçalo e levado para uma favela. Deram-lhe oito tiros, a maioria nas pernas, e o jogaram num matagal.
Desde então, não sei a quantas anda a estatística de PMs cariocas mortos ou feridos –não em combate, como de praxe no ofício, mas pelas costas, à traição. Nem sempre os jornais registram que o policial assassinado era jovem, recém-casado, filho exemplar ou pai de filhos. Artistas da Globo não vão a seus enterros. Não se sabe de missas por suas almas e, na verdade, ninguém está interessado. É como se não houvesse uma pessoa dentro da farda.
Nas últimas “manifestações” no Rio, elementos brandiram cartazes dizendo “Fora UPP” e “UPP assassina”. É fácil protestar contra as Unidades de Polícia Pacificadora. Quando um policial comete um excesso ou mata alguém, pode enfrentar processo, ser expulso da polícia ou ir preso. Mas ainda não se viu nenhum cartaz dizendo “Fora traficantes”. E, no entanto, contra a violência destes, não há recurso – a comunidade tem de aceitar calada os tapas na cara, o estupro de suas filhas e as execuções sumárias de quem eles considerem suspeitos.
É difícil acreditar que essa hostilidade à polícia parta de gente de bem nas comunidades. Os números mostram que, com as UPPs, as mortes diminuíram, os serviços aumentaram e sua economia cresceu.
Tais dados são lesivos, isto, sim, aos traficantes, às milícias, aos que vivem das migalhas do crime e a políticos que, para sobreviver, precisam que as UPPs fracassem.

COMPANHEIROS NÃO SE INCOMODAM COM "REGALIAS" DE DIRCEU

DEPUTADOS VÃO À PAPUDA E DESCARTAM ‘REGALIAS’ DE JOSÉ DIRCEU


comissao dh camara 02Deputado Nilmário Miranda (esq.), o presidente, e membros da comissão que inspecionaram a Papuda nesta terça-feira
Os deputados da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDH) que visitaram o Complexo Penitenciário da Papuda, para verificar a situação do ex-deputado José Dirceu, disseram que não há motivos para que o pedido de trabalho externo seja negado ao ex-ministro-chefe da Casa Civil da Presidência da República.
Veja - jose-dirceu-presidio
“A partir das informações que circulam, de privilégio de tratamento diferenciado, nós arguimos horas a fio [a direção do presídio] e não se comprovou que exista favorecimento a ele [Dirceu]”, disse, após a visita, a deputada Luiza Erundina (PSB-SP).
Condenado na Ação Pena 470, processo do mensalão, a sete anos e 11 meses de prisão, Dirceu, que cumpre pena em regime semiaberto, reivindica o direito de trabalhar fora da penitenciária. Por decisão judicial, a tramitação do pedido foi suspensa devido à suspeita de uso de celular dentro da prisão. Segundo a suspeita, Dirceu teria falado ao celular dentro da prisão, no dia 17 de janeiro, com James Correia, secretário da Indústria do governo da Bahia.
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Erundina (PSB) não viu favorecimento a Dirceu, na Papuda
“Não constatamos nenhum tipo de regalia ou de privilégio. O direito ao trabalho externo, que é inerente à pena dele, está sendo negado em decorrência de supostas regalias”, disse o deputado Nilmário Miranda (PT-MG), autor do pedido para avaliar as condições de cumprimento da pena de Dirceu. Segundo ele, não há regalias na comida, nas visitas, na cela, em visitas de advogados, nada que diferencie dos outros presos, e o deputado assegura que o ex-ministro “não usou telefone”.
De acordo com a comitiva – formada também pelos deputados Arnaldo Jordy (PPS-PA), Jean Wyllys (PSOL-RJ) e Mara Gabrilli (PSDB-SP) – Dirceu trajava camisa, bermuda e tênis branco, está mais magro e fazendo trabalho interno na Papuda: limpando o pátio e auxiliando na biblioteca, como já havia noticiado o jornalista Claudio Humberto, colunista do Diário do Poder. O ex-deputado disse que tem estudado bastante, se especializando em diversas áreas do direito, e se mostrou contrariado com a demora na apreciação do pedido para trabalhar fora.
dep mara gabrili
Mara Gabrilli (PSDB) achou a cela maior que as demais
Apesar de concordarem com o fato de que não há motivos para impedir o trabalho externo de Dirceu, os deputados divergiram sobre a atenção dada ao ex-ministro no presídio. A deputada tucana Mara Gabrilli avaliou que a cela dispensada a Dirceu é “maior e mais iluminada” que as celas dos demais presos, que também cumprem pena no regime semiaberto. Com 22m², a cela ocupada por Dirceu era uma cantina modificada, que também dispõe de televisão, micro-ondas e chuveiro quente. Os deputados disseram que Dirceu assistia a um jogo de futebol quando recebeu a visita da comitiva.
(...)

DIRCEU NA PAPUDA LEMBRA A "PRISÃO" DO BARBA

Por Marcela Mattos, na VEJA.com:
Nesta terça-feira, uma comissão de deputados federais de diferentes partidos fez uma visita ao mais destacado detento da Penitenciária da Papuda, no Distrito Federal, o ex-ministro José Dirceu. O objetivo do grupo, formado majoritariamente por aliados do petista, era tentar atestar que o petista não detém regalias na cadeia e pressionar a Justiça a liberá-lo para trabalhar fora da Papuda durante o dia. Mas não foi o que ocorreu. Ao chegar ao presídio, os parlamentares encontraram o detento 95.413 em uma cela privilegiada, eufórico diante de uma televisão de plasma que exibia a vitória do Real Madrid sobre o Bayern de Munique pela Liga dos Campeões da Europa. “Estou assistindo ao Real dar uma surra no Bayern”, disse o mensaleiro, sorridente, ao receber a comitiva em sua cela. O time espanhol goleou o rival alemão por 4 a 0.
Segundo relato do deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA), a cela do petista é a maior do complexo, equipada com micro-ondas, chuveiro quente, televisão e uma cama diferente das demais. Dirceu foi colocado em um espaço de 23 m² no Centro de Internamento e Reeducação (CIR), cujas celas têm padrão de 15 m² e reúnem até quatro detentos. O local servia de cantina, mas passou por uma reforma para receber o ex-ministro.
“A cela do Dirceu é completamente diferente das outras que a gente viu, não há dúvidas. Vimos pessoas com deficiência física que deveriam ficar separadas porque os presos pegam parte da cadeira de rodas para fazer armas. Mas elas seguem misturadas, dormem em colchões piores e tomam banho em chuveiro frio”, afirmou a deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP), que é cadeirante.
Os deputados de oposição reclamaram que o coordenador-geral da Sesipe (Subsecretaria do Sistema Penitenciário), João Feitosa, impôs uma série de restrições durante a visita: “Ele queria nos mostrar a cantina, as melhores celas e que seguíssemos o roteiro definido por ele. Disse ainda que não poderíamos ir a outros setores por falta de acessibilidade para a deputada Mara”, disse Jordy. Após a insistência, foram liberados três dos cinco parlamentares para visitar outras alas da penitenciária — inclusive a própria Mara Gabrilli, que negou ter enfrentado dificuldades durante o trajeto. Além de Jordy e Mara Gabrilli, integraram a comitiva os deputados Nilmário Miranda (PT-MG), Luiza Erundina (PSB-SP) e Jean Wyllys (PSOL-RJ).
(...)

A VISITA DA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS A DIRCEU NA PAPUDA

Um Engov antes e um depois, leitores!

Por Reinaldo Azevedo
Leitor, tome um Engov antes.
Agora dá para entender por que as esquerdas queriam tanto comandar a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, né? A dita-cuja esteve lá na Papuda, verificando as condições em que José Dirceu, este mártir da República, está preso. Deve estar sofrendo horrores, não é mesmo? Reportagem da VEJA já demonstrou os privilégios de que desfruta o mensaleiro.
Há mais de 500 mil encarcerados no Brasil se formos considerar os presídios e as cadeias, que abrigam irregularmente presos condenados. Mais de 70% vivem em condições consideradas inadequadas para quem está sob a guarda do estado. Em alguns casos, como Pedrinhas, no Maranhão, do companheiro (deles) José Sarney, o presídio é sinônimo de inferno. Mas a comissão não tem tempo para essa gente, não.
Também não se ocupa em saber como vivem os 20 mil haitianos que já imigraram irregularmente para o Brasil. E que agora estão sendo despejados em São Paulo pelo governo petista do Acre.
Mas, vejam vocês, os diligentes companheiros foram à Papuda ver como sofre José Dirceu. A propósito: contra a vontade dos “companheiros”, consta que a deputada tucana Mara Gabrilli resolveu integrar o grupo. Pois é… Eles não queriam que Mara fosse de jeito nenhum. Por quê? Eu relembro.
Mara afirmou no último dia 9, durante audiência pública na Comissão de Segurança da Câmara, que o atual ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, “pegava recursos extorquidos de empresários” em Santo André durante o governo do ex-prefeito da cidade Celso Daniel, assassinado em 2002. Carvalho estava presente à audiência, para a qual foi convocado pelos deputados da comissão. Mara Gabrilli disse que o próprio pai teria sido extorquido e que Carvalho era conhecido como o “homem do carro preto”. Disse então: “O senhor sempre foi conhecido como o homem do carro preto, e eu não falo isso porque eu li, eu falo isso porque eu vi. O homem do carro preto era o homem que pegava os recursos extorquidos de empresários e levava para o [ex-presidente do PT] José Dirceu”.
José Dirceu vem a ser o coitadinho que está sendo paparicado pela comissão.
Se for o caso, leitor, tome um Engov também depois.

"NÃO DÁ PARA LEVAR A SÉRIO"

Editorial do Estadão

Não se deve levar a sério quem não leva a sério a si mesmo. Diante das nuvens que ameaçam carregar de sombras o cenário eleitoral, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu abrir a caixa de ferramentas e “partir para cima” de quem ou o que quer que seja que represente risco para o projeto de perpetuação do PT no poder.
Tem aproveitado todas as oportunidades para exercitar sua conhecida e inexcedível desfaçatez. Na noite de sábado passado, em entrevista à TV portuguesa, chegou ao cúmulo, ao interromper a entrevistadora que queria saber o nível de suas relações com José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares e sair-se com uma inacreditável novidade: “Não se trata de gente de minha confiança”.

Fernandinho Beira-Mar e Marcola não vão opinar também?

Manifesto do PR em favor de Lula nasceu numa cadeia.Por Reinaldo Azevedo

O manifesto do PR em favor da candidatura de Lula à presidência da República nasceu, na prática, na cadeia, mais propriamente no Centro de Progressão Penitenciária do Distrito Federal. Já explico. Que coisa o PR! Esse ninho de patriotas realmente não surpreende! Vinte dos 32 deputados federais do partido decidiram assinar um manifesto em que defendem que Luiz Inácio Lula da Silva volte a ser o candidato do PT à Presidência da República, em substituição a Dilma Rousseff. Mas sabem como é o patriotismo… O partido não rompeu com a presidente, não.

O PR tem o titular de um ministério bilionário, o dos Transportes, que está a cargo do baiano César Borges. Ocorre que parlamentares afirmam que Borges não atende, vamos dizer assim, às necessidades do partido. Quais necessidades? Adivinhem! É gente que segue a cartilha moral do ex-presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, um dos mensaleiros que estão na cadeia. Mesmo atrás das grades, com direito a sair para trabalhar, ele continua a ser uma das figuras mais influentes do PR. Há muito tempo já, parte da vida pública brasileira não é mesmo um caso de política, mas de polícia.
Vocês devem se lembrar que o partido dominava de cabo a rabo o Ministério dos Transportes, quando era chefiado por Alfredo Nascimento, que caiu em 2011, quando reportagem da VEJA evidenciou que a pasta era um ninho de corruptos. Dilma decidiu fazer então aquela tal faxina — que não passou de mera espanada na poeira da superfície — e nomeou alguns técnicos para a pasta.
Embora muitos parlamentares digam que Borges é ministro de Dilma, não do partido, a verdade é que ele é, sim, sensível aos apelos políticos. No começo deste mês, por exemplo, o então presidente do partido no Pará, Anivaldo Vale, pai do deputado Lúcio Vale, foi nomeado para a secretaria-executiva do ministério, com o apoio da bancada. É o segundo cargo mais importante dos Transportes. Nomes para o malfadado Dnit, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, passaram pelo crivo de Costa Neto, o presidiário.
E agora voltamos, então, ao mensaleiro e ao começo dessa conversa. Quem liderou o manifesto em favor de Lula foi o deputado Bernardo Santana (PR-MG), que é justamente um dos principais interlocutores daquele tal… Valdemar! Assim, é justo constatar que o apelo explícito para que o ex-presidente dê uma rasteira na atual presidente, por enquanto, parte mesmo é do presídio. Considerando o que Lula andou falando em Portugal sobre o mensalão e os mensaleiros, a gente há de convir que a coisa faz sentido, não é mesmo?
Vejam a que ponto chegamos: um condenado pela Justiça, um presidiário, assina um manifesto em favor da volta de um político à disputa — no caso, Lula! Só falta agora a gente saber o que pensam Fernandinho Beira-Mar e Marcola.

TCU VAI INVESTIGAR PADILHA

COMPRA SEM LICITAÇÃO DE MARCA-PASSO CUSTOU O TOTAL DE R$ 80,6 MILHÕES

diário do poder

alexandre padilha

Os corações do ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha e de mais de 300 mil portadores de marca-passo no país vão bater mais rápido a partir de agora. O Tribunal de Contas da União (TCU) vai fazer uma auditoria no Ministério da Saúde para investigar a legalidade de um contrato de R$ 80,6 milhões firmado em dezembro de 2013 com duas empresas multinacionais dos Estados Unidos, a Medtronic e a Scitech.
O plenário do Senado Federal aprovou nesta quarta-feira, 30, o Requerimento 276/2014 do senador Pedro Simon (PMDB-RS) pedindo que o TCU investigue os contratos de Parceria Público Privada (PPP) firmadas entre a Fundação para o Remédio Popular (FURP), do Ministério da Saúde, e as duas empresas multinacionais para fornecimento de marca-passos e stents coronários e arteriais ao Sistema Único de Saúde (SUS).
Os contratos, com validade de cinco anos, foram firmados com dispensa de licitação ainda na gestão de Alexandre Padilha, candidato do PT a governador de São Paulo. Um detalhe do processo, que chamou a atenção do senador Pedro Simon, é que não houve convite público para apresentação de projetos e nem licitação para seleção de empresas privadas, nacionais ou não. As duas multinacionais, de origem norte-americana, atuam em mais de 120 países. Uma delas, a Scitech, possui uma fábrica de montagem em Goiás, na cidade de Aparecida de Goiânia, cidade de 500 mil habitantes na região metropolitana da capital goiana. A matriz brasileira da Scitech fica no polo empresarial da cidade, na esquina das ruas 6 e 18, quadra 21, lote 1 a 44.
Transferência improvável - Especialistas do setor farmacêutico estranham que empresas privadas foram escolhidas antes que existisse o próprio processo administrativo relativo ao Projeto Executivo da Parceria Público Privada. Contudo, as PPPs dessa natureza somente podem ocorrer quando precedidas de estudos técnicos de viabilidade e licitação pública lançada por iniciativa de órgão, via Chamamento Público para apresentação e escolha de projetos.
No contrato firmado entre as empresas e a FURP alega-se que haverá transferência de tecnologia. Um executivo do setor observa, porém, que “é improvável que uma empresa estrangeira transfira a tecnologia do núcleo do marca-passo para atender apenas à demanda de cerca de 20 mil unidades de produto disponibilizadas anualmente. O normal é haver apenas a importação de componentes prontos, como o microcircuito, a carcaça e outros componentes, realizando no Brasil o que se chama de ‘assembly’, ou simples montagem do equipamento no Brasil, com poucos componentes locais”.
As parcerias deixam sobressaltados aos mais de 300 mil portadores de marca-passo no País. A preocupação transmitida ao senador Pedro Simon é saber como o SUS, cujo atendimento é notoriamente falho e dá assistência precária aos portadores de marca-passo, lidará com estes dois fornecedores exclusivos. “Daí a importância e necessidade imperiosa de uma investigação e auditoria urgente sobre esses contratos pelos técnicos do TCU”, acentua o senador Pedro Simon.

BRASIL EM MARCHA À RÉ

Marcos Cintra - Instituto de Engenharia

Não é apenas na economia que o Brasil está andando para trás. Isto ocorre também na gestão pública, onde o aparelhamento e o uso político patrocinado pelo governo arrebentaram com a Petrobrás, empresa que já foi um ícone nacional. O país está importando gasolina mais cara no exterior e não ajusta o preço internamente. Esse desalinhamento gera perdas que limitam a capacidade de investimento da estatal, que tecnicamente está falida. Além disso, há a nebulosa negociação de uma refinaria em Pasadena, nos EUA, que gerou prejuízo de mais de US$ 1 bilhão para a petroleira.

Na saúde a situação também é de penúria. O SUS repassa valores irrisórios por procedimentos médicos e, segundo o Conselho Federal de Medicina, entre 2005 e 2012, foram reduzidos quase 42 mil leitos hospitalares na esfera pública brasileira.

Em relação aos médicos a impressão popular é que há falta deles, mas o país tem mais médicos que o mínimo recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O problema é a má distribuição deles, situação que o governo demagogicamente quer resolver trazendo profissionais de Cuba, cujo idioma os pacientes não entendem, para atuar em unidades de saúde onde faltam equipamentos e materiais básicos de primeiros socorros. Vale lembrar que, cada profissional cubano custa R$ 10 mil para o contribuinte brasileiro e esse dinheiro tem como destino o país de Fidel e Raul Castro. O que efetivamente cada médico cubano recebe equivale a US$ 1245 por mês.

A educação também é outra vergonha. O país ficou entre os últimos colocados no PISA, programa que avalia a qualidade de ensino em várias nações. Além disso, ainda há mais de 30 milhões de brasileiros em situação de analfabetismo funcional e em 12 anos o número de jovens com idade entre 15 e 17 anos fora do ensino médio saltou de 7,2% para 16,2%.

Na ética o retrocesso tem a ver com o julgamento envolvendo os mensaleiros. Parte do Superior Tribunal Federal (STF) livrou da prisão políticos corruptos da cúpula petista. A condenação em regime fechado no passado foi um marco na história do país e indicou que algo poderia começar a mudar no Brasil, Mas, a nomeação de novos membros daquela instituição pela presidência da República fez imperar novamente a impunidade que tanto macula a sociedade brasileira.

Em termos de ordem pública há a vergonhosa baderna promovida por grupos de desocupados que se acham no direito de agredir pessoas e promover furtos e roubos em shopping centers e em parques públicos. Soou como deboche saber que a presidente da República convocou reunião para debater “rolezinho” com o ministro da Justiça. Não há tema mais relevante para o governo? Arrisco a afirmar, categoricamente, que o tal “rolezinho” é apenas uma das consequências da indecente educação pública no Brasil. Há também as gangues denominadas “black bloc”, que imitam iniciativa parecida em outros países, e que de modo selvagem destroem veículos, lojas e bens públicos em nome de algo que eles mesmos não sabem definir exatamente.

Seria lamentável se o país estivesse patinando em relação aos pontos citados. Mas, a situação é ainda mais grave e preocupante porque há uma percepção de involução no tocante a aspectos envolvendo civilidade, instituições públicas e gestão governamental. O Brasil está andando em marcha à ré.
*

Marcos Cintra é doutor em Economia pela Universidade Harvard (EUA), professor titular e vice-presidente da Fundação Getulio Vargas

TRAFICANTES CREDENCIADOS PELO PT

FLAGRANTE: Com crachá de programa do prefeito Fernando Haddad (PT) traficantes atuam LIVREMENTE na cracolândia em SP.

Na Haddadolândia, traficante de crack tem crachá e uniforme da Prefeitura e usa os hotéis pagos com dinheiro público para fornecer pedras aos viciados. Parabéns, Supercoxinha!

Por Reinaldo Azevedo
A Cracolândia, ou Haddadolância — como passei a chamar o território livre para o tráfico e o consumo de drogas em São Paulo, criado e agora financiado pela gestão de Fernando Haddad —, é um crime moral (e desconfio que em sentido estrito também) cometido a muitas mãos. E boa parte da imprensa as tem sujas também, é bom deixar claro, porque defende um programa delinquente. Peço que vocês assistam a este vídeo veiculado pelo “SBT Brasil”, apresentado por Joseval Peixoto e Rachel Sheherazade. Volto em seguida.
Então vamos lá:
1: traficante usa crachá da Prefeitura e se finge de consumidor;
2: o acesso aos hotéis em que moram os viciados é livre;
3: o preço da pedra sobe às sextas, quando a Prefeitura faz o pagamento aos viciados contratados, que não são obrigados a se tratar;
4: o tráfico é feito à luz do dia; não teme nada nem ninguém.
Nota-se o esforço da reportagem e dos próprios âncoras para, digamos assim, compreender a natureza do programa da Prefeitura. Mas será que ele tem salvação? É evidente que não!
Desde que o programa “Braços Abertos” foi criado, alertei aqui — e outros também o fizeram — que só mentalidades perturbadas tomariam as seguintes providências:
a: criariam hotéis exclusivos para viciados;
b: aumentariam a quantidade de dinheiro circulante entre eles;
c: ofereceriam benefícios sem exigir nada em troca;
d: tornariam o tratamento volitivo.
O resultado seria um só: a região, que já estava mergulhada no inferno, viraria um paraíso para os traficantes de drogas. E foi o que aconteceu. Eles circulam livremente pelas ruas e pelos hotéis, agora em absoluta segurança. Atenção! Eu já acho a chamada “política de redução de danos” um escandaloso equívoco técnico. Mas isso que faz a Prefeitura petista é outra coisa: trata-se de incentivo a uma atividade criminosa. Nem o “socialista” Haddad consegue extinguir as leis do mercado.
Quando o Denarc resolveu prender um traficante na Cracolândia, vocês se lembram a gritaria da Prefeitura, especialmente de Haddad e de seu, digamos assim, secretário da Segurança Urbana, Roberto Porto, um rapaz que tem amigos poderosos na imprensa, mas que não consegue disfarçar nem assim sua escandalosa incompetência. Faz a linha “coxinha voluntarioso”, a exemplo de seu chefe.
A Haddadolândia, aliás, é um bom exemplo de área em que a droga é legalizada. Se vocês querem saber como fica a coisa, passem por lá. Ali é a terra sonhada por alguns idiotas fantasiados de libertários: já não há pecado nem perdão.
A verdade insofismável é que a Prefeitura de São Paulo passou a ser a financiadora indireta do tráfico de crack em São Paulo. Não só isso: ao transformar aquela área numa zona livre para a venda e o consumo de drogas, passou a fornecer também a segurança com a qual os traficantes sempre sonharam para exercer a sua atividade.
O conjunto da obra é de uma arreganhada imoralidade. Vamos ver quantas gerações serão necessárias para que São Paulo se livre de um desastre chamado Fernando Haddad, a mais perversa das criaturas inventadas por Lula.
E ele já tem outra na manga do colete: Alexandre Padilha — aquele cujo ministério assina convênio com laboratório de fachada, especializado em lavar dinheiro.
Não votei em Haddad, é óbvio. Mesmo assim, fico um tanto envergonhado. Afinal, ele é prefeito da cidade em que moro. Sempre que me lembro disso, é como se eu não tivesse me esforçado o bastante para que não acontecesse.
Sei de onde vem esse sentimento… Até algumas pessoas que votaram nele achavam que seria um mau prefeito. Mas nem os adversários mais convictos imaginaram que pudesse ser tão ruim.

SAUDOSISTAS DO BARBA OU DO MENSALÃO, EIS A QUESTÃO

Na VEJA.com:
Constrangida por aliados que já defendem abertamente o “Volta, Lula” e índices de aprovação de governo derretendo, a presidente Dilma Rousseff afirmou na manhã desta quarta-feira que será candidata com ou sem o apoio dos partidos que integram sua base no Congresso Nacional.

Se existe uma qualidade que Lula não tem é a lealdade que Dilma implora dele.

No Coturno


Dilma Rousseff está praticamente implorando a lealdade de Lula. Em queda nas pesquisas, apela para uma qualidade entre as tantas que o ex-presidente não tem, quando se trata de caráter. Vejam como Lula trata os companheiros mensaleiros, por exemplo. Acaba de declarar que eles não são da sua confiança. Não vai demorar muito para que faça o mesmo em relação à sua criatura.

Segundo Dilma Rousseff, a sua relação com Luiz Inácio Lula da Silva é pautada pela "lealdade". Essa confiança mútua barraria, na avaliação de Dilma, qualquer chance de que Lula volte a se candidatar à Presidência em detrimento da atual ocupante do cargo, que pretende buscar a reeleição.

Enquanto o movimento "Volta, Lula" ganha força entre membros do PT e de partidos aliados, ela fez estas declarações, ontem, a cronistas esportivos, Reforçou, mesmo diante de todas as evidências, que não há fato que possa romper sua aliança com o antecessor. "Nada me separa dele e nada o separa de mim. Sei da lealdade dele [Lula] a mim, e ele da minha lealdade a ele", afirmou.

Dilma está completamente enganada, o que não é uma novidade. Só uma coisa pode frear Lula. O risco de, ao voltar, perder a eleição por ter mentido para a população mais pobre deste país, no qual ele é mestre em enganar, que acreditou quando ele disse que Lula era Dilma e Dilma era Lula. Lealdade? Pergunta para o José Dirceu, Dilma.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

MENSALÃO: LULA AINDA NÃO FOI CONDENADO, MAS ESTÁ SENDO INVESTIGADO

FotoLula, o rei do besteirol investigado em inquérito da PF, diz em Portugal que não houve mensalão. Ou: Mais uma bobagem para sua insuperável coleçãoPor Reinaldo Azevedo
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva concedeu na sexta uma entrevista à TV portuguesa RTP, que foi ao ar no sábado (leia post na home). Mesmo para quem está acostumado a despropósitos; mesmo para quem já disse que não haveria problemas de poluição na Terra se o planeta fosse quadrado; mesmo para quem anunciou que cruzaria o Atlântico para chegar aos Estados Unidos; mesmo para quem já afirmou, na presença do então presidente americano George W. Bush e das respectivas primeiras-damas, que pretendia encontrar o “ponto G” da relação entre os dois países; mesmo para quem já chamou Muamar Kadhafi de “irmão”; mesmo para quem já disse que, na Venezuela, “há democracia até demais”; mesmo para quem já recomendou a Obama que copiasse o nosso SUS; mesmo para quem já comparou a luta por democracia no Irã à reação de descontentamento de uma torcida quando seu time perde o jogo; mesmo para quem já fez pouco caso da eleição de um presidente negro nos EUA, afirmando que quer ver é a eleição de um operário; mesmo para quem já afirmou que o Bolsa Família deixava o povo preguiçoso (antes de ele próprio se fingir de dono do Bolsa Família); mesmo, em suma, para quem é autor de uma impressionante coleção de besteiras, a verdade é que Lula, na entrevista à TV portuguesa, se excedeu, foi além da conta, num misto de cinismo, de estupidez e de falta de apreço pela verdade.
Segundo Lula, “o mensalão teve 80% de decisão política e 20% de decisão jurídica”. Mais: disse achar que “não houve mensalão”. Afirmou que não ficaria debatendo decisão da Suprema Corte e anunciou pela undécima vez que “essa história vai ser recontada”. Para ele, tudo não passou de uma tentativa malsucedida “de destruir o PT”. Então vamos ver.
Não houve uma só condenação sem provas no processo do mensalão, como todo mundo sabe. Só três dos ministros que condenaram mensaleiros — Celso de Mello, Marco Aurélio e Gilmar Mendes — não foram indicados para a Corte ou pelo próprio Lula ou por Dilma. O ex-presidente e seu partido, portanto, não podem nem mesmo se dizer vítimas de um “tribunal formado por adversários”. O homem que falava era aquele que teve a publicidade da campanha paga no exterior, em moeda estrangeira, numa conta que o marqueteiro Duda Mendonça mantinha fora do país. Origem do dinheiro? Ninguém sabe. Em duas operações, ficou claro que o Banco do Brasil, por intermédio do fundo Visanet, foi lesado em R$ 76 milhões. Mais do que evidências de pagamento, houve as confissões. O próprio então presidente chegou a dizer em 2005 que houvera sido traído.
É verdade que uma nova história está sendo contada. Pelos petistas. E não passa de uma coleção vergonhosa de mentiras, omissões, mistificações, distorções — escolham aí o substantivo. Prefiram todos. O mais espetacular, e os portugueses não têm obrigação de saber disso, é que um inquérito, aberto pela Polícia Federal, investiga a participação do próprio Lula no mensalão. Foi aberto a pedido do Ministério Público Federal em abril do ano passado. E o caso diz respeito justamente a… Portugal.
O então presidente do Brasil teria intermediado a obtenção de um repasse de R$ 7 milhões de uma fornecedora da Portugal Telecom para o PT, por meio de publicitários ligados ao partido. Os recursos teriam sido usados para quitar dívidas eleitorais dos petistas. De acordo com Marcos Valério, operador do mensalão, Lula intercedeu pessoalmente junto a Miguel Horta, que era o presidente da companhia portuguesa, para pedir os recursos. As informações eram desconhecidas até 2012, quando Valério — já condenado — resolveu contar parte do que havia omitido até então. Isso significa que o homem que concedeu a entrevista ainda pode vir a se tornar um réu do mensalão.
Lula exibiu outra característica notável de sua personalidade política — coisa que, até hoje, o deputado André Vargas, por exemplo, agora sem partido, ainda não entendeu. No PT, o chefão máximo é sempre inocente. Queimam-se fusíveis para preservar Lula de uma descarga elétrica fatal. Indagado sobre a sua proximidade com os mensaleiros presos, não teve dúvida: “Não se trata de gente da minha confiança”. Entenderam?
Mais: Lula repetiu à TV portuguesa uma concepção de honestidade já muitas vezes revelada por ele próprio aqui no Brasil. Prestem atenção! “O importante é que, quando uma pessoa é decente e honesta, as pessoas enxergam é nos olhos. Não adianta dizer que o Lula pratica qualquer ato ilícito porque o povo me conhece”.
Com isso, o ex-presidente está a afirmar que existe no Brasil a categoria dos homens inimputáveis, daqueles que serão sempre inocentes, mesmo que sejam culpados. E, obviamente, ele próprio é um exemplar dessa espécie superior. Assim, não importa o que o homem público faça ou deixe fazer. O que interessa é essa relação de confiança olhos-nos-olhos. Se a população decidir que é inocente, inocente é. É o fim da picada. Já seria uma coisa estúpida porque esse tipo de comportamento permitiria, claro!, que muito bandido passasse por inocente. Afinal, quem disse que o olho revela o criminoso? Mas pode acontecer algo ainda pior: um inocente que não caia nas graças do povo — ou que caia em desgraça — também poderia ser considerado culpado sem ser, certo? Corolário da máxima luliana: ele e seus amigos são sempre inocentes, mesmo quando são culpados; seus adversários são sempre culpados, mesmo quando são inocentes.
Lula também, note-se, está vivendo em outro país; está fora da realidade. Para espanto dos fatos, afirmou: “Acho engraçado algumas revistas estrangeiras dizerem que o Brasil não está bem. Em se tratando de responsabilidade fiscal e de macroeconomia, não tem nenhum país melhor do que o Brasil. O milagre econômico vai se manter, e o Brasil vai continuar crescendo”.
Até a ideia de um “milagre econômico”, o petista copia da ditadura, não bastasse o ufanismo tosco que o PT passou a incentivar. O país tem uma das mais altas taxas de juros do mundo e também um dos menores crescimentos do mundo para países na sua faixa. O déficit nas contas externas no primeiro trimestre é o maior desde 1970: US$ 25 bilhões. O déficit projetado no ano é de US$ 80 bilhões, que deve ser o segundo maior do planeta. Um dos graves problemas do país é justamente a balança comercial. No ano passado, o resultado negativo do setor industrial ficou na casa dos US$ 105 bilhões. Não fosse o agronegócio, com um superávit de mais de US$ 80 bilhões, o país estaria lascado. Segundo Lula, no entanto, nada há no mundo como o Brasil.
Ufanismo tosco, megalomania e desapreço pela verdade. Até agora, convenham, ele tem tudo para achar que essa fórmula dá certo, não é mesmo? Parece, no entanto, que camadas crescentes da população começam a se dar conta do engodo.

A GRANDE FAMÍLIA PETISTA



O Estado de S.Paulo

Nem é preciso fazer escavações profundas. Arranhe-se apenas a superfície do sistema petista de poder e, certo como a noite que se segue ao dia, se encontrará um escândalo, uma maracutaia, uma armação, uma negociata, um vexame, um ato mal explicado ou inexplicável à luz da ética pública. E não se diga que é intriga da oposição em ano eleitoral.

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Para ficar apenas na safra da semana, ora é uma auditoria da Petrobrás que afirma que em 5 de fevereiro de 2010 alguém foi autorizado verbalmente a sacar US$ 10 milhões de uma conta da Refinaria de Pasadena, na qual a empresa ainda tinha como sócia a Astra Oil. A revelação foi publicada pelo Globo. Quem autorizou, quem sacou, o porquê do saque e o que foi feito com a bolada, isso a Petrobrás não conta. Diz, burocraticamente, que o procedimento seria "uma atividade usual de trading" e nele "não foram constatadas quaisquer irregularidades".

Ora, para variar, são as sucessivas apurações da Polícia Federal (PF) sobre a amplitude da rede de conveniência recíproca em que se situam as ligações do deputado André Vargas, do PT paranaense, com o doleiro Alberto Youssef. O cambista foi preso no curso da Operação Lava Jato, que expôs um esquema de branqueamento de dinheiro, por ele comandado, da ordem de R$ 10 bilhões. O monitoramento, com autorização judicial, das comunicações do já agora réu Youssef trouxe à tona uma história de tráfico de influência que reduz a mera nota de rodapé o pedido de Vargas ao parceiro para que lhe arranjasse um jatinho para levá-lo numa viagem de férias ao Nordeste - descoberto, o favor custou ao favorecido o cargo de vice-presidente da Câmara, ao qual teve de renunciar.

A traficância, essa sim, era coisa graúda. Prometendo a Vargas que, se fizesse a parte dele, os dois conquistariam a "independência financeira" - palavras textuais do doleiro captadas pela PF -, ele acionou o deputado para que o Ministério da Saúde, então chefiado pelo também petista Alexandre Padilha, contratasse com o laboratório Labogen, de que Youssef é controlador oculto, o fornecimento de uma partida de medicamentos contra a hipertensão. O negócio renderia R$ 31 milhões em cinco anos. Quando a tratativa foi noticiada pela Folha de S.Paulo, Padilha imediatamente tirou o time de campo. Deu-se o dito pelo não dito, nenhum contrato foi assinado, nenhum real desembolsado.

Mas Padilha, pré-candidato ao governo paulista, era muito mais do que, digamos, o polo passivo do arranjo. Relatório da PF praticamente sustenta que, em novembro passado, ele ofereceu a Vargas um nome para dirigir o Labogen. Numa mensagem de celular lida pelos federais, o deputado identifica o apadrinhado para o doleiro e lhe dá o número de seu telefone, antes de arrematar: "Foi Padilha que indicou". Dois dias antes, Vargas tinha escrito a Youssef: "Falei com Pad agora e ele vai marcar uma agenda comigo". Naturalmente a PF não pode afirmar com todas as letras de que Padilha, ou Pad, se tratava. Mas quem mais poderia ser?

Afinal, o indicado pelo interlocutor de ambos para ser o executivo da Labogen, Marcus Cezar Ferreira de Moura, o Marcão, tinha sido nomeado pelo ministro, em 2011, coordenador de promoção e eventos da Saúde. No ano anterior, ele trabalhara na reta final da campanha de Dilma Rousseff. Só achando que o ministro era um rematado nefelibata, o suprassumo da ingenuidade, para imaginar que ele considerasse o Labogen um laboratório sério. A sua folha de pagamento não soma mais do que R$ 28 mil. A polícia apurou que foi uma das firmas de fachada usadas por Youssef para remeter ilegalmente ao exterior US$ 444,7 milhões.

Vargas, a PF também averiguou, não é o único petista das relações do doleiro. Outros citados, por ora, são os deputados Cândido Vaccarezza e Vicente Cândido, de São Paulo. Um admite ter se encontrado com o cambista no prédio onde ele e Vargas moram. O outro diz que o conheceu - em Cuba, ora vejam - em 2008 ou 2009. Em suma, formam todos uma grande família com parentes de sangue e por afinidade que às vezes brigam, mas em geral se ajudam a conseguir poder, prestígio e riqueza. Há mais de dez anos o solar da família fica em Brasília. Na sua fachada se lê: "Tudo pelo social".

PROTESTOS LEGÍTIMOS, OUTROS NEM TANTO

Quando surge alguma onda de manifestações, dificilmente há o questionamento necessário na hora do cidadão decidir se adere ou não.
O cidadão tem todo o direito de ser protagonista da história e de participar de movimentos que realmente sejam causadores de mudanças necessárias para o bem da humanidade. Mas há uma diferença fundamental entre a participação consciente e a submissão a grupos de interesse. Nesse último caso, temos apenas massas que são usadas e, quando não servem mais, descartadas

Leiam matéria de O Globo:

Após três dias sem energia elétrica, moradores do município de Palmeirais — a 108 km de Teresina, no Piauí — atearam fogo em um prédio da Eletrobras. O município ficou sem comunicação por causa da falta de energia e muitas pessoas se revoltaram contra a estatal.

Leia mais em No Piauí, cidade fica 3 dias sem energia e prédio da Eletrobras é incendiado
Ônibus incendiados em Osasco. Parece coisa de país em guerra? Mas estamos em guerra (Foto: Marcelo Sayão/Efe)

Por Reinaldo Azevedo

Na madrugada desta terça, bandidos incendiaram 34 ônibus que estavam na garagem da empresa Urubupungá, em Osasco, em São Paulo. Desde o começo do ano, já são 117 os veículos incendiados na Grande São Paulo. Essa modalidade de crime, se vocês prestarem atenção, se espalhou Brasil afora. Deu enchente? Queimam-se ônibus. Faltou água? Queimam-se ônibus. A polícia prende ou mata um traficante? Queimam-se ônibus. Há uma reintegração de posse? Queimam-se ônibus. A imprensa, especialmente a TV, mostra aquela linda fogueira e ainda costuma, vamos dizer assim, entender as razões de bandidos, que são chamados de “manifestantes”. Não há polícia que dê conta. Ainda que fosse possível pôr um PM em cada veículo, ele nada poderia fazer. A ação costuma mobilizar bandos.
(...)
Leia também: Copacabana em chamas. 
Ou: A soma perigosa de todos os equívocos. 
Ou: Os fundadores na antropologia da violência. 
Ou ainda: Imprensa, pare de chamar bandidagem de “comunidade”

Parece uma foto da Síria, mas é Copacabana, no Rio (Foto: Christophe Simon - AFP)
Parece uma foto da Síria, mas é Copacabana, no Rio (Foto: Christophe Simon – AFP)

"ÔNIBUS QUEIMADO NÃO LEVA A LUGAR NENHUM"

ADNEWS


Manifestações e protestos sempre foram comuns. Nos últimos tempos, entretanto, os ônibus acabam sendo o primeiro alvo para atrair a atenção, seja de outras pessoas, para que participem das ações, ou mesmo das autoridades locais e até da imprensa. No segundo semestre de 2013, mais de 50 veículos de diversas linhas em toda a cidade de São Paulo foram incendiados e totalmente destruídos. Somente no primeiro trimestre deste ano, os números já praticamente iguais.

Diante deste cenário, cada vez mais comum, e com o objetivo de provocar reflexão e conscientizar as pessoas, além de orientar a população para que denuncie qualquer ato de vandalismo contra o transporte público, a agência Rae,MP, criou uma campanha para o SPURBANUSS, CMT e FECOOTRANSP, com o mote “Ônibus queimado não leva a lugar nenhum”. A produtora responsável pelo filme é a Story Films, do diretor Celso Rosa.

O trabalho, com direção criativa de Mauro Kelm, poderá ser acompanhado entre os dias 24 de abril e 30 de maio em toda a região metropolitana de São Paulo. Peças publicitárias foram estrategicamente criadas para potencializar a ação, que conta ainda com inserção de filme de 30 segundas na mídia televisiva em horário nobre, incluindo o Jornal Nacional, da TV Globo, e emissoras como Record, Band, SBT, Rede TV! e Gazeta.

A campanha conta também com inserção de spots de 30 segundos nas rádios Nativa FM, Band FM, TOP FM, Gazeta FM, 105 FM, Transamerica, Transcontinental FM, Metropolitana e Tropical FM. Na mídia impressa os anúncios estarão presentes nos jornais especializados, a fim de atingir o público-alvo. São eles: Destak, Metro SP, Jornal do Trem e Folha do Ônibus. A campanha será reforçada com anúncios nos relógios de rua da cidade e inserção em Bus Mídia TV.

Confira o filme:

AÇÃO CRIMINOSA, PORÉM 100% POLÍTICA

Brasil tem 227 ônibus incendiados em 2014

Só na cidade de São Paulo, maior foco de casos, número registrado nos quatro primeiros meses do ano – 70 – ultrapassa todas as ocorrências de 2013


Um ônibus de transporte coletivo foi incendiado por volta das 5h30 desta segunda-feira em São José, na Grande Florianópolis

Nos quatro primeiros meses de 2014, ao menos 227 ônibus foram incendiados no Brasil em 38 cidades. Pelo menos doze capitais registraram o mesmo tipo de ocorrência. Com 127 casos contabilizados até a última sexta-feira, o Estado de São Paulo concentra o principal foco da onda de vandalismo que prejudica a mobilidade urbana. Só na capital, o número de coletivos queimados no último quadrimestre ultrapassa o total de ocorrências registradas durante todo o ano de 2013, foram 70 e 53, respectivamente. O Estado do Rio de Janeiro aparece como a segunda frota mais afetada – 31 ônibus – e Minas Gerais e Pernambuco surgem na sequência com 15 e 14 veículos atingidos. Apenas na cidade de Caruaru, em Pernambuco, no último dia 7, um incêndio criminoso atingiu uma garagem e destruiu 12 coletivos em uma só noite.
As imagens de coletivos em chamas, ou transformados em cinzas em meio à carcaça de ferro, têm sido cada vez mais recorrentes no noticiário desde junho do ano passado, quando foi deflagrada a série de manifestações pelo país que degringolou para um triste festival de depredação do patrimônio público. A gota d’água, porém, parece ter acontecido na madrugada da última terça-feira, quando 34 ônibus foram destruídos pelas chamas após ataque a uma garagem em Osasco, na região metropolitana de São Paulo. O atentado seria uma represália à morte de um traficante que atua na cidade. Foi a maior quantidade de coletivos atingidos de uma só vez, mais até do que o atentado que destruiu exatamente a metade da frota de ônibus de Caruaru, no último dia 7. A polícia pernambucana ainda investiga as causas do incêndio.
O fogo ateado aos coletivos serve aos mais diferentes propósitos: chamar atenção para manifestações por motivos diversos, como falta d’água, e morte de moradores de favelas. Nas mãos dos bandidos, os incêndios são usados como represália a mortes de comparsas ou a perda de privilégios de líderes de facções dentro de presídios. Esse foi o motivo que levou ao caso mais chocante de incêndio a ônibus que culminou na morte da menina Ana Clara Santos Sousa, de 6 anos, em São Luís (MA), no início de janeiro.
(...)
Além da impunidade dos vândalos, o ônus de tantos caos de incêndios a coletivos acaba na conta paga pela população. De acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SP Urbanuss), cada ônibus destruído demanda até cinco meses para ser reposto ao custo de 500.000 reais. Durante esse tempo todo, é a população que sofre com maior tempo de espera nas linhas e a consequente lotação dos ônibus que sobram. 

“O inimigo é mais forte do que nós e está nos derrotando”, diz Francisco Christovam, presidente do sindicato, que veicula desde quinta-feira uma campanha intitulada “Ônibus queimado não leva a lugar nenhum”, que busca incentivar a população a denunciar autores de atos de vandalismo.
Com a proximidade da Copa do Mundo, eleições e o acirramento das tensões nas ruas, é certo o aumento do número de ataques a ônibus. “Esses atos produzem perdas seríssimas no sistema econômico e torna a população ainda mais insatisfeita com o poder público; e essa perda de autoridade do Estado pode ser usado como instrumento político”, diz Nelson Gonçalves, professor do curso de Tecnologia em Segurança e Ordem Pública da Universidade Católica de Brasília (UCB). 

VIOLÊNCIA NO BRASIL É UM ESPANTO





El País

Quando faltam apenas seis semanas para o começo da grande festa esportiva que representa o campeonato mundial de futebol no Brasil, o ministério de Assuntos Exteriores alemão divulgou um novo relatório sobre um tema muito sensível: a segurança que o país oferece aos milhares de turistas que chegarão à nação para aproveitar a grande festa e, ao mesmo tempo, torcer pelos seus times.

O relatório do ministério, em sua seção “serviços ao cidadão”, que é lida com atenção por todas as grandes agências de turismo do país e pelos turistas que compram pacotes de férias, oferece uma imagem desoladora do Brasil: uma nação onde não as leis não são respeitadas e onde o turista corre o risco de ser vítima de ladrões, sequestradores ou simplesmente de se envolver em confrontos entre a polícia e grupos criminosos, como aconteceu recentemente no Rio de Janeiro.