sábado, 10 de maio de 2014

A (IR)RESPONSABILIDADE DO ELEITOR QUE VOTOU COM O BOLSO EM 2010

Dilemas e temores do PT

Ruy Fabiano

Em abril de 2010, quando as pesquisas apontavam José Serra como favorito à Presidência da República, com cerca de 60% das intenções dos votos, o ex-deputado Saulo Queiroz (DEM), especialista na matéria, sentenciou: “Ele não ganha de jeito nenhum”.

Lembre-se que, na mesma ocasião, o presidente do Ibope, Carlos Montenegro, diante dos mesmos números, antevia a derrota de Dilma e a vitória de Serra. “Ela não chega ao segundo turno”, disse ele. Como profeta, perdeu de goleada para Saulo Queiroz.

Mas não se tratava de profecia, expediente que não costuma funcionar em política, mas da “lógica implacável dos números”, conforme explicava Saulo, que maneja suas prospecções com o engenho da estatística e a arte da política.

E é justamente o faro político, a capacidade de perceber o rumo dos ventos, que dá sentindo e consistência aos números. Serra, ainda farto em números, enfrentava um adversário poderoso, que não tardaria a depená-lo: a tendência pela continuidade.

O governo Lula surfava na bonança da economia mundial, o que levava o eleitorado, mesmo ciente de escândalos como o do Mensalão, a minimizá-los. O bolso, sempre o bolso, falava mais alto.

Os analistas, é bem verdade, já anteviam problemas futuros decorrentes da conduta perdulária do governo Lula, que preparava a herança maldita a ser entregue a Dilma. Mas o eleitor vota com a memória e percepção dos últimos seis meses.

Leia a íntegra em Dilemas e temores do PT

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