sábado, 21 de junho de 2014

DISCURSO DO PT NÃO É CAMPANHA, É DECLARAÇÃO DE GUERRA

Depois da Copa, a guerra


Ruy Fabiano

O sinais são bem claros: Rui Falcão, presidente do PT, diz que as eleições de outubro serão as mais difíceis que o partido já enfrentou, enquanto Lula avisa que a campanha será uma guerra. Há outras declarações de petistas graduados no mesmo tom.

Mas essas resumem o que vem por aí. Há um nítido tom de ameaça de desestabilizar o país. Mesmo assim, Dilma Rousseff continua perdendo pontos nas pesquisas, não obstante estar abrindo a caixa de bondades para melhorar sua imagem.

A campanha, a rigor, não começou. Há manifestações nas redes sociais, mas o grosso do eleitorado só tomará conhecimento quando chegar à TV aberta. Por enquanto, na chamada periferia, onde está a maioria pouco se conhece do candidato da oposição.

O uso do singular decorre do fato de, até aqui, entre os candidatos competitivos, só há mesmo o do PSDB, Aécio Neves. A chapa do PSB, Eduardo Campos-Marina Silva, não pode assim ser classificada. Faz oposição a Dilma, não ao sistema que representa.

O discurso do PSB é mais ou menos o seguinte: Lula entregou um país em ordem para Dilma, que o estragou. Não por acaso, os dois integrantes da chapa foram ministros de Lula. Faz sentido defendê-lo. Só não dá para iludir. João Pedro Stédile, o chefão do MST, já declarou que, com o PSB, nada muda, mas com Aécio haverá forte reação dos movimentos sociais.
(...)

O partido, ao longo de seus mais de onze anos no poder, formou milícias armadas e, por meio do decreto 8.243 – que institui a Política Nacional de Participação Social, dando aos movimentos sociais, que são seus satélites, meios de influir nas decisões do Executivo -, pretende manter seus militantes dentro da administração pública.

Em síntese, perdendo, o PT promete infernizar a vida de quem ganhar; ganhando, promete dar início ao processo de ruptura até aqui evitado. Depois da Copa, a guerra.

Leia a íntegra em Depois da Copa, a guerra

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