sábado, 12 de julho de 2014

A DERROTA DAS DERROTAS

Sábias palavras, por Maria Helena RR de Sousa

Em 30 de outubro de 2007, dia em que a FIFA anunciou oficialmente que o Brasil sediaria a Copa do Mundo de 2014, na presença do presidente da República do Brasil e 13 de nossos governadores, Lula, como sempre palavra fácil, disse o que hoje pesa como chumbo:

“Então, eu quero dizer a vocês: estejam certos de que o Brasil saberá, orgulhosamente, fazer a sua lição de casa, realizar uma Copa do Mundo para argentino nenhum colocar defeito”.

Mãe Diná não faria melhor...

O jogo Brasil x Alemanha, que agora o governo federal quer chamar de apenas um jogo, quer dizer, nada para ser levado a sério, foi tão surpreendente que, a partir do terceiro gol, confesso, os gols invadiam tão suavemente nossas traves que eu perdi as contas...

Fui ficando calada, sem vontade de continuar a olhar para a TV mas incapaz de me mexer até me lembrar que, com essa derrota, a seleção brasileira não pisaria na grama do novo Maracanã.

Foi então que o choro veio e veio forte.

A Copa das Copas ficou marcada pela Derrota das Derrotas. Um blog chapa branca quer nos impingir a ideia que nossa Imprensa Livre é a culpada. Qual, o brasileiro não vai crescer nunca? Será sempre o menino que aponta o dedo para o outro? Pois então que olhem a capa da revista alemã Bild e também leiam o que diz a Lancenet.



Essa vitória é para a eternidade, diz a manchete do Bild

Em 1950, eu estava com 12 anos, fui a um único jogo da Copa, justamente Brasil x Espanha e me esbaldei de cantar a alegre marcha do Braguinha. Cada jogo era uma criança da família que tinha acesso à segunda cadeira e a final foi a vez de meu primo mais querido, infelizmente já falecido. Foi quando ele chegou em casa arrasado e chorando, que eu chorei também.

Mas aquele foi um jogo e nos jogos, tem quem ganhe e tem quem perca.

Porém desta vez não pareceu um jogo e sim cena de um filme, com os alemães de atores principais e os canarinhos no coro e sem trilha sonora que marcasse o ritmo.

Agora é levar a Copa das Copas até o fim. Acho deplorável esse jogo para o terceiro e o quarto lugares. É um nítido ‘caixinha!”. Mas já que existe, vou torcer pela Holanda. Botei o Brasil de castigo em meu coração.

E no domingo... ah! no domingo... Se o Cristo estiver com as cores do país do Papa Francisco, vá lá. Ele merece.

Mas eu vou torcer pela Alemanha. O Ratzinger também merece. E o time deles é um timaço!

P.S. - Cadê o Lula? Alguém sabe dele?

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