Um site ligado à campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff criticou nesta quinta-feira (9) a "desorganização" do futebol, aponta a CBF como a responsável por esse problema e afirma que a cúpula da entidade é comandada por "figuras" que revoltam os torcedores há décadas. O "Muda Mais", que se intitula um "site de apoio" à reeleição da presidente e estampa a coligação "Com a Força do Povo", é ligado ao PT e à campanha de Dilma, como revelou a Folha em maio.
O site pede mudanças na CBF. "A organização do futebol brasileiro está ultrapassada e presa ao nome de poucas figuras que revoltam o torcedor faz algumas décadas. Impera na CBF um sistema que em nada lembra uma instituição democrática e transparente. É preciso mudar", afirma. No texto, que apresenta o programa de governo do PT para o futebol, há críticas ao presidente da CBF, José Maria Marin, e ao ex-presidente da entidade Ricardo Teixeira.
No caso de Marin, por exemplo, o site associa indiretamente a atuação do presidente da CBF durante a ditadura militar à morte do jornalista Vladimir Herzog. "Marin foi deputado estadual pela Arena e em 1975 proferiu um discurso contra a TV Cultura, que por muitos é visto como um dos desencadeadores da morte de Vladimir Herzog, ex-diretor de telejornalismo da Cultura, encontrado morto 16 dias depois".
Ao citar Teixeira, o texto faz ataque duplo ao atual presidente e ao seu antecessor. "Não é de agora que o futebol brasileiro sofre com a desorganização da CBF". "Em um quarto de século apenas duas figuras - nada amistosas - comandaram a Confederação que rege o futebol no país do futebol. Calendários estapafúrdios, más condições de trabalho aos atletas e uma série de outras demandas levaram os próprios jogadores a reagir e criar o Bom Senso FC [Futebol Clube]", completa.
Por fim, o texto apresenta a proposta eleitoral de Dilma para o futebol. "Queremos mudar mais. O plano de governo apresentado pelo PT no dia 5 afirma: "É urgente modernizar a organização e as relações do futebol, nosso mais popular esporte", finaliza. A Folha tentou, sem sucesso, contato com o diretor de comunicação da CBF, Rodrigo Paiva.
(Folha Poder)
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