A Folha de São Paulo, que vem atacando a Oposição com fúria nos últimos dias, com manchetes sensacionalistas, informa que a candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) será sabatinada na próxima segunda-feira (28) no evento da parceria entre Folha, UOL (ambos do Grupo Folha), SBT e rádio Jovem Pan.
Agora pasmem! Escandalizem-se! A sabatina será realizada no Palácio da Alvorada, residência oficial da presidente, em Brasília, e terá transmissão ao vivo no UOL e no site da Folha. Não haverá público. Não haverá território neutro. Será em horário de expediente. Obviamente, em território da presidente, também não haverá perguntas embaraçosas ou o insistente assédio dos entrevistadores, como nas entrevistas anteriores.
Os rivais da presidente na eleição, o ex-governador Eduardo Campos (PSB-PE) e o senador Aécio Neves (PSDB-MG) foram sabatinados nos últimos dias 15 e 16, respectivamente. Não foram entrevistados nas suas residências. Campos e Aécio foram sabatinados no Teatro Folha, em São Paulo. E foram duramente questionados pelos jornalistas, algumas vezes até de forma mal educada. Mas o problema também não é esse. O que de fato é relevante é que Dilma Rousseff, com a concordância dos órgãos de imprensa envolvidos, está cometendo um flagrante crime eleitoral.
Ao ser transmitido pela TV Folha, pela Jovem Pan e com cobertura ao vivo pela internet, a entrevista vira um ato público. A lei só permite que a residência oficial seja usada " para realização de contatos, encontros e reuniões pertinentes à própria campanha, desde que não tenham caráter de ato público". Se uma sabatina com a Imprensa, com transmissão ao vivo, não é ato público, o que seria?
Com a palavra as assessorias jurídicas dos partidos de Oposição. Com a palavra o "jornalismo ético" da Folha de São Paulo.
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