A ONDA DA RAZÃO CONTRA A ENGANAÇÃO

Jornais e revistas divulgam o chororô de Marina Silva e, descaradamente, se solidarizam com a candidata numa torcida frenética e nada isenta por sua vitória. 

A ex-petista tem se melindrado por conta dos ataques que vem sofrendo da campanha de Dilma, como também tem atacado a campanha de Aécio simplesmente porque o tucano tem prestado alguns esclarecimentos ao eleitor, o que revela a falta de estrutura emocional de Marina para assumir o cargo mais importante da República.

Aécio Neves lembra que ela era petista e só saiu do partido porque o dono, seu Lula, escolheu Dilma e não Marina para esquentar o trono do rei para sua volta triunfal em 2018. Quer esconder esse fato dos brasileiros. Mas a verdade é que agora são duas as candidaturas que aumentam a possilbilidade de perpetuação da raiz petista (e da companheirada) no poder.

Oras, a ausência de escrúpulos é o segredo do sucesso das campanhas do PT, ou seja, há uma rede que espalha boatos e assassina reputações sem o menor pudor, assim como os próprios candidatos do partido não economizam nas calúnias contra seus adversários, como sempre fez Lula e também Dilma, que declarou que "faz o diabo" para vencer eleições.

E SÓ AGORA MARINA SE IMPORTA COM ISSO?

Chega a ser irônico que Marina jamais tenha se incomodado todas as vezes em que seu partido destruía a reputação de adversários, e também a de pessoas dignas de fora da política, como Ruth Cardoso, vítima do dossiê produzido por Dilma, ainda no governo Lula. Mas decide chorar quando ela é o alvo.

Não vejo Marina como inocente nessa história, pois ela também demoniza o PSDB, o único partido de oposição, enquanto preserva o PT. Apenas se faz de vítima quando reage às acusações de Dilma, mas sem atacar seu ex-partido, como faz quando sustenta mentiras inventadas pelo PT contra os tucanos.

O mais triste é que o povo brasileiro as mantém na dianteira na corrida eleitoral. O eleitor age como se eleição fosse um reality show, ganha quem fizer mais intrigas.

Por isso, lideram quem "faz o diabo", sem o menor peso na consciência, e quem lança veneno, mas se acha superior e por isso julga que ninguém tem o direito de contrariá-la. Enquanto isso, a seriedade fica fora do espetáculo.

Competência, biografia e sucesso como gestor público, equipe eficiente, entre outros aspectos que seriam importantes num país civilizado, ah, isso é política ultrapassada.

A mais recente artimanha arquitetada pelos marqueteiros de Marina é o apelo à origem humilde e à condição de negra e evangélica.

Oras, quem não pretende votar em Dilma nem em Marina, é o meu caso, não está nem um pouco preocupado se quaisquer das candidatas nasceu pobre ou rica, não quer saber qual é sua religião nem a cor da pele.

O QUE DISCORDAMOS É DA IDEOLOGIA DE AMBAS.

E também não caímos nesse tipo de chantagem, que foi o grande trunfo do Barba para chegar ao poder. 

O mais grave, porém, é a intenção de promover uma dissolução de partidos, seja os extirpando, como tem feito o PT, que tem cooptado os quadros mais polêmicos dos partidos com o propósito evidente de eliminar desmoralizando; seja atraindo os bons nomes para que nada se aproveite no que fica. O resultado é praticamente o mesmo.

A declaração do tucano Tasso Jeriessati deixa isso bem claro: "Esse é um erro grave que a Marina está fazendo. Ela não vai conseguir sair pinçando e destruindo os partidos. Fazendo uma misturada geral, tirando de um ou de outro, ela vai destruir o Parlamento. Isso é perigosíssimo e nós sabemos no que dá", afirmou Jereissati.

Destruir o direito ao contraditório, na minha opinião, indica desprezo à democracia.

Que tal o Aécio Neves começar a chorar também? 
Afinal, tem motivos de sobra para isso.
Se chantagem emocional dá voto...