sábado, 6 de setembro de 2014

"PETROLÃO" PROVOCA BRIGA DE COMADRES

Envolvidas no "petrolão", Dilma e Marina trocam acusações.

Coturno


Tensos e apavorados com as denúncias de Veja, mostrando o envolvimento de Eduardo Campos (PSB) e Dilma Rousseff (PT) no "petrolão", propinoduto montado e agora delatado pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa, os dois lados começaram, hoje, a trocar acusações e se defenderem.

Em campanha em Brumado, no sudoeste da Bahia, Marina disse que a existência de um investimento sob investigação em Pernambuco não implica em responsabilidade de Campos, de quem a ex-ministra do Meio Ambiente era vice na chapa à Presidência, tendo assumido após a morte do político.

"O fato de ter um empreendimento feito no Estado [de Pernambuco] não dá o direito a quem quer que seja [de incluir Campos] na lista dos que cometeram qualquer irregularidade", afirmou a candidata, que divide a liderança das pesquisas eleitorais com a presidente Dilma Rousseff.
A ex-senadora criticou a gestão da Petrobras no governo do PT.

"Nesse momento, o Brasil e todos nós aguardamos as investigações que estão sendo feitas. Os desmandos da Petrobras estão ameaçando o futuro da [da empresa]. O atual governo tem que explicar a má governança que tem levando a empresa a uma quase uma total falência", disse.

A presidente-candidata Dilma Rousseff chamou de "especulação" as revelações de distribuição de propina a parlamentares e aliados do governo federal, detalhados com exclusividade na edição de VEJA deste fim de semana. Em ato de campanha em São Paulo, ela afirmou que "tomará as providências cabíveis" sobre o depoimento do ex-diretor de Refino e Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa, que aceitou negociar os termos de um acordo de delação premiada com a Justiça.

"Acredito que precisamos ter dados oficiais dessa questão. A própria revista que anuncia este fato diz que o processo está criptografado, guardado dentro de um cofre e que irá para o Supremo. Eu gostarei de saber direitinho quais são as informações prestadas nessas condições e te asseguro que tomarei as providências cabíveis. Não com base em especulação. Eu quero as informações. Acho que elas são essenciais e são devidas ao governo, porque, caso contrário, a gente não pode tomar medidas efetivas", disse Dilma.

E continuou acusando Marina Silva por querer parar o pré-sal. No horário eleitoral deste sábado, a candidata à reeleição à Presidência da República, Dilma Rousseff (PT), criticou a posição da adversária Marina Silva (PSB) sobre a questão do pré-sal. Nos primeiros minutos, o programa destaca o pré-sal como uma das conquistas da independência do Brasil, após a luta pela democracia e o combate às desigualdades.

Dilma afirmou que a questão é particularmente importante porque "surgem vozes" que ameaçam essa riqueza nacional. E, então, citou nominalmente a rival: "A candidata Marina Silva tem defendido o fim da prioridade ao pré-sal", o que significaria, em suas palavras, "abandonar ou desacelerar a exploração dessa imensa fonte de riquezas, com consequências terríveis para o desenvolvimento do Brasil."

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